Há três meses antes, Pac estava em um dos melhores hotéis do mundo na Inglaterra. Ele já tinha ficado em hotéis grandiosos, mas sem dúvidas aquele era o mais caro de todos.
E nem se falava da comida, nomes complicados a direito de milhares de talheres que naquele ponto se sua vida Pac deveria saber a diferença entre os garfos desportos na mesa. Provavelmente aquele cafe da manha era mais caro que um ano de salário do seu primeiro emprego. Ou seja, o ápice da alta sociedade.
E agora, três meses depois, Pac estava comendo pão de sal da padaria mais próxima com ovo e Toddy, não era o maior fã de café. As duas canecas de leite quente combinando sua estampa, "tal pai e tal filho". Com mesma colher que preparou os copos levou aos lábios com uma boa doce do achocolatado.
Pac tinha experimentado do bom e melhor da alta sociedade, mas nada se comparava a isso. O gosto de casa e a simplicidade de certas coisas.
Ou como dizia muitas pessoas com que trabalhava com uma careta no rosto, ele tinha espírito de pobre.
Veja bem, ele tinha dinheiro para ter uma vida luxuosa, mas simplesmente não era seu estilo de vida. Pac era músico, mas ainda tinha crescido com aquela vida simples. Então não se importava se poderia comprar uma geleia do sul da Itália rara de morangos azuis, ele ainda iria preferir um pão com ovo e Toddy de manhã. Tinha coisas melhores para investir seu dinheiro.
— Richas, seu cafe– a criança que desenhava na bancada deixou seu caderno dando atenção ao pão na sua frente.
Richas era outro artista, devia ta na família. Todos seus pais em suma eram artistas. Pac era músico, Mike apesar de programador era um gênio na área de jogos, Bagi era roteirista e atriz, Cellbit diretor de cinema, Roier e Felps atores. Se Richas quisesse se torna a ovelha negra da família, era só virar médico, mas Pac duvidada que o garoto fosse fazer isso. Arte simplesmente estava atrelado no sangue naquela família muito disfuncional.
O garoto sorria com rosto cheio de farelos e um bigode de achocolatado. Pac rio pegando o celular, o copo em sua boca escondia um sorriso singelo em seus lábios.
— Ta conversando com o Fit?– a bebida travou na garganta de Pac na mesma medida que o sorriso de Richas aumentava.
— O quê? D...de on...de onde você tirou isso?
— Não seiiiiiii– Se Roier não ganhasse um Oscar pela sua atuação em Quarentena no ano seguinte, Richarlyson merecia. O nível de drama que aquela criança tinha era capaz de conquistar o augir da dramatologia.
— Pra sua informação pestinha, não, não era ele que eu tava falando.
Era mentira e Richas sabia disso pela forma que ela revirou os olhos e voltou a comer no seu prato do Ben 10. Pac voltou a própria comida ignorando a filha e depois responder o meme que Fit tinha mandado.
Fazia um tempinho que eles tinha começado a se falar. No começo era apenas mensagens técnicas e profissionais. E isso provavelmente teria se mantido assim, teria se Pac não tivesse confundido os contados de Fit e Mike lhe mando uma mensagem meia hora antes de uma apresentação no mês anterior.
Pac quase morreu ali mesmo no banheiro do teatro quando Fit ligou no para seu número. O músico engoliu a voz de choro antes de aceitar a chamada.
— Des...desc..ulpa..desculpa. Eu mandei a mensagem errada...
— Crise de ansiedade? Não precisa pedir desculpas. Só segue minha voz, ok? Depois você vai se apresentar pra todo mundo aí e fazer eles engolirem suas palavras, eles não sabem do que estão falando.
Surpreendente Fit era muito bom naquilo. Ajudou Pac a se acalmar e não desmoronar.
Cinco minutos antes, o músico corria para seu refúgio chamado banheiro naquele teatro. Era sua primeira a presentação no Brasil depois de uma turnê na Europa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Melodias-Hideduo
Fiksi PenggemarOnde q!Pac procura um luthier para consertar o violino da sua família. Ou onde q!Fit se apaixona pelo pianista famoso que sempre visita sua oficina.