30° CAPÍTULO

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ELIZA 

Fiquei esperando James voltar, como ele havia prometido, mas ele não voltou e acabei pegado no sono, a madrugada foi chata e cansativa, me deram um remédio para enjoo, pois essa criança não quer me deixar bem, vomitei a janta toda e graças a isso vou ter que ficar no soro por mais tempo. 

Hoje eu vou fazer um primeiro ultrassom que eu possa ver o bebê, estou ansiosa, na verdade nem sei se quero ver, qualquer coisa eu fecho meus olhos e não vejo nada. A medica disse que já fizeram, mas precisam fazer novamente para saber se ele ainda está aqui, vivo e bem. 

Meu café da manhã chega e eu chamo a enfermeira para que ela tire o soro de mim, para que se caso o bebê não queira comer, eu possa correr para o banheiro, e não fazer a meleca que fiz ontem aqui no quarto.  

Pão com manteiga, mamão, suco de laranja, café com leite, gelatina. Esse é meu café da manhã, ao sentir aquele delicioso cheiro de café meu estomago dói de fome, já que não comi nada ontem. Começo a comer tudo tão rápido que em minutos a comida da bandeja já sumiram. 

Sinto um sono desagradável por causa do peso da comida que faz em meu estômago, pelo menos o café ficou. 

Pego o meu celular e vejo uma mensagem de James.

"Bom dia, já estou aqui do seu lado, mas hoje tenho muita coisa para fazer, ontem minha mãe não me deixou voltar :( , mas assim que puder eu passo ai para te ver. Beijo se cuida." 

Sorrio com a mensagem, minha mãe não deixou, engraçado ouvir isso de um rapaz de quase vinte anos, respondo um breve "Ok" e um te amo. Queria que ele participasse do ultrassom, será que seria pedir demais? Escrevo a mensagem duas vezes e apago, não vou chama-lo não, se o filho fosse dele.

Sinto meu estômago embrulhar, a boca salivar com frequência, meu estômago está cheio de borboletas alvoroçadas, eu sei o que é isso. Levanto correndo da cama e vou direto para o vazo sanitário. Fico ali, por uns vinte minutos colocando meu precioso café da manhã para fora. Ter um bebê não é muito fácil. 

 - Eliza? - uma voz masculina me chama. 

 - Estou no banheiro, já vou. - Lavo minha boca o rosto, escovo meus dentes e saio. 

 Alex me espera sentado na poltrona ao lado da minha cama. Logo ele abre um largo sorriso e se levanta para me abraçar. 

 - Como está pequena? - ele adicionou esse apelido em mim, logo que viramos amigos de verdade. 

 - Tirando esses enjoos, e a fome que esse bebê não me deixa comer, estou ótima. - Ele sorri e me ajuda a voltar para cama. 

 - São só os primeiros três meses, logo isso passa. 

 - Tomara, não sei de quanto tempo estou, minha barriga nem apareceu ainda, só meus seios que aumentaram muito. - Ele solta um gargalhada e senta na poltrona. 

- Eu sinto muito por não ter te ajudado mais. 

- Alex, você salvou a minha vida, a nossa vida. - digo colocando a mão na barriga. - Se dependesse da minha melhor amiga e do meu ex namorado, não saberia o que teria acontecido comigo. 

- Eu só fiz o que amigos de verdade fariam.

- E eu agradeço muito, mesmo sabendo que você me deu um banho fico muito agradecida por isso - Vejo que ele fica vermelho com o que eu digo, ele sorri tímido. 

 Meu celular apita, uma mensagem de Kelly. 

 "Oi, queria saber como você está, seu pai me passou o endereço de onde você está e vou passar ai com a minha mãe, espero que esteja bem. Pedro pergunta bastante de você." 

Alem do LimiteOnde histórias criam vida. Descubra agora