Bianca

22 3 0
                                    

Bom acordo e as meninas ainda estão dormindo. Levanto e desço para fazer o café. Faço panquecas, ovos com bacon, torradas e um suco de laranja fresquinho. Coloco a música bem alta para acordar essas meninas, coloco "Power" do Little Mix bem alto e grito: "Bora acordar, cambada!"

Samantha: "Endoidou, garota! Desliga isso. É sábado, posso dormir até as 3h da tarde."

Jenne: "Meu Deus, pleno sábado, e a Bia dando uma de doida varrida. Misericórdia, tá parecendo meu irmão."

Maya: "Meu Deus, Bia, se você desligar isso, eu faço o que você quiser."

"Não é hora de levantar! Já fiz café e fiz o que cada uma gosta. Levantem logo, preguiçosas!"

Saio da sala e vou em direção ao meu quarto para pegar uma roupa para tomar banho. Pego um short jeans preto, um crop top preto também, e vou tomar banho. Terminado o banho, coloco minha roupa e prendo meu cabelo. Desço as escadas e vou para a cozinha. As meninas estão terminando o café delas. Assim que Maya me vê, diz:

Maya: "O que deu em você hoje para acordar cedo?"
"Nada, ué. Não posso levantar cedo?" - Sorrio.

Jenne: "Acho que alguém acordou de bom humor. Geralmente você acorda de cara fechada."

Samantha: "Já até sei o que houve para ela ter acordado assim."

"E o que houve, Samantha?"

Samantha: "Hoje é sábado, não é?"

Jenne: "É sim."

Samantha: "Pode ser uma das duas coisas que vão acontecer hoje. Primeiro, hoje é o dia do 'trabalho de grupo' que a Bia vai fazer com o Saul e o Alex. Ou segunda opção, a festa que nós vamos hoje à noite na casa do Antoni. Mas provavelmente são os dois, porque o Saul vai estar em ambos."

"Nossa, você é realmente boa na adivinhação. Estou animada para a festa. Vamos todas juntas, e é mais uma oportunidade para mim ver o Saul. Mesmo que a festa seja na casa do Antoni e o Steven esteja lá." - Falo, desanimando um pouco. "Eu realmente não gosto do Steven." Volto a mim quando Maya diz:

Maya: "Até porque a Bia só se anima quando se fala do Saul. Fora isso, e, posso dizer, de desânimo vive se colocando para baixo. E olha que ela é bonita. Imagina se não fosse, aí já era, né?"

Jenne: "Ah, não, esse garoto! Acorda, Bianca! Ele não gosta de você, e você vive se humilhando, correndo atrás dele. E olha que ele nem é bonito. Desse jeito, você tem que se valorizar, mulher! Pelo amor de Deus! Ele te trata feito cachorro. Ele te escorraça, você sai, aí ele estala os dedos, você volta. Se valoriza, menina, pelo amor de Deus! Se eu escutar de novo você falando desse garoto, eu juro que da próxima vez eu vou te meter a porrada para ver se entra na sua cabeça que você tem que parar de gostar dele. Existem outros garotos 10 vezes melhores que ele por aí!" - Falo quase gritando.

"Tá, Jenne, mas sabe que eu gosto dele de verdade, já faz uns dois anos mais ou menos, e não paro de gostar dele. Não tem muito o que fazer."

Jenne: "Amiga, eu sei disso, mas presta atenção, aquele garoto é um escroto, babaca, que não merece a pessoa que você é. Uma pessoa incrível, meiga, carinhosa. Pode ser grossa, pode, pode ser sincera demais, pode. Mas é a pessoa mais maravilhosa que eu conheço. Até o Steven é melhor que aquele escroto que se acha a última Coca-Cola do deserto."

Maya: "Concordo com a Jenne. Se eu fosse você, desprezava ele."

Samantha: "Gente, não adianta falar com ela sobre o Saul. Ela acha ele perfeito. Vai entrar por um ouvido e sair pelo outro. Fora que ela vai ficar chateada com ele, vai chorar, e a gente que vai catar os caquinhos."

"Vocês são muito pessimistas. E aí, vão se arrumar aqui para a festa ou vão se arrumar em casa?"

Samantha: "Eu tenho que ir porque preciso adiantar os planos de aula. Mas a gente se encontra lá."

Maya: "Eu tenho grupo de estudos e tenho que ver se meus avós não colocaram fogo na casa. Nos vemos mais tarde."

Jenne: "Eu me arrumo aqui. Não tô nem um pouco a fim de ir pra casa ver a cara do meu irmão babaca."

"Então tá bom. Jenne, tem um irmão gêmeo. Ele não é tão bonito quanto a minha amiga, mas ainda é gatinho."

"Amiga, você pode ficar lá no meu quarto que eu vou lá na cafeteria me encontrar com os meninos para a gente discutir sobre o trabalho, tá? Se minha mãe chegar, digo a ela que só fui ali rapidinho e já tô voltando."

Jenne: "Por mais que eu adore a ideia de um café expresso de lá, acho que você não deveria se animar muito por causa dele."
"Relaxa, tô bem. Não tô muito animada não."

Jenne: "Se você tá dizendo, né. Fazer o que."
Jenne me ajuda a arrumar as coisas e a fazer nosso almoço, mas eu nem acabo comendo. Jenne sobe e vai pro meu quarto, e eu vou para a cafeteria. No meio do caminho, recebo uma mensagem do Saul.

WhatsApp

Saul: "Bia, vou me atrasar um pouco, mas vai pedindo o café pra gente aí. E o Alex não vai poder vir, então vai ser só a gente, tá bom?"

Bia: "Ok."

Fecho a mensagem e coloco o telefone na bolsa. "Que legal, só eu e ele."Tipo um encontro, né? Será que ele pediu pro Alex não vir pra ficar sozinho comigo? Eu devo tá ficando doida em pensar que o Saul faria isso", termino meus pensamentos quando vejo que estou chegando no café. Entro, espero minha vez na fila e peço dois cafés, depois me sento na mesa para esperar me chamarem, quando vejo Saul entrando pela portaEle me cumprimenta com um sorriso e se junta a mim à mesa.

Saul: "E aí, Bia? Desculpe pelo atraso."

Bia: "Sem problemas, Saul. Já pedi os cafés. O Alex não vai poder vir, né?"

Saul: "É, ele teve um imprevisto de última hora. Mas acho até melhor assim, assim podemos nos concentrar melhor no trabalho."

Concordo com um aceno de cabeça, tentando controlar a ansiedade que começa a surgir. Estar sozinha com Saul, mesmo que seja para trabalhar, me deixa nervosa.

Saul: "Então, sobre o trabalho, acho que devemos focar na parte da pesquisa hoje. O que acha?"

Bia: "Sim, acho uma ótima ideia. Podemos começar revisando os artigos que encontramos e discutindo as melhores abordagens."

Enquanto conversamos sobre o trabalho, tento manter a mente focada, mas é difícil não sentir uma certa tensão no ar. A presença de Saul ao meu lado mexe comigo de uma maneira que não consigo explicar.

Depois de algumas horas de discussão produtiva, finalmente terminamos nossa reunião e cada um segue seu caminho. No entanto, a sensação de estar tão perto de Saul ainda ecoa em minha mente enquanto volto para casa.

Chego em casa e encontro Jenne e Maya se arrumando para a festa. O pensamento de ver Saul novamente naquela noite me enche de expectativas e nervosismo.

Jenne: "E aí, como foi a reunião com o Saul?"

Bia: "Foi bem, conseguimos avançar bastante no trabalho. Agora estou ansiosa para a festa."

Maya: "Tenho certeza de que vai ser ótimo. E quem sabe você não tem a chance de conversar mais com o Saul lá?"

Sorrio, tentando esconder a emoção que sinto ao imaginar essa possibilidade. Independentemente do que aconteça, sei que será uma noite inesquecível.

Continuamos nos arrumando e logo estamos prontas para sair. Enquanto nos dirigimos para a festa, minha mente fica divagando sobre o que o destino reserva para mim naquela noite.

oposto até a alma Onde histórias criam vida. Descubra agora