Steven cooper

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"Estou no clube com alguns amigos, sentados na arquibancada e conversando, quando vejo a Bianca entrando no clube. Não sei por que, mas sempre que a vejo, sinto vontade de provocá-la. Me viro para o Mete e digo: 'Olha ali, não é a ruiva esquisita?' Ele responde logo em seguida: 'Sim, por que está perguntando? Vamos lá zuar ela um pouco.' Na mesma hora, levantamos da arquibancada e fomos em direção à biblioteca, onde ela estava.

Assim que a vejo, grito: 'Olha lá, se não é a ruiva esquisita de óculos.' Logo, ela responde: 'Olha se não é o água de salsicha e o macarrão descolorido. Achava que vocês estavam no zoológico. Não sabia que eles deixavam macacos saírem para brincar.' Ela zomba de nós. Com raiva do que ela disse, acho que era hora de o neném estar na cama. Ela fica vermelha como um tomate, mas ela fica bem fofa quando está irritada, por isso gosto de perturbá-la.

Logo, ela responde: 'Vai se fuder, Steven. Me deixa em paz. Não sou idiota nem nada.' E, claro, eu não iria perder a chance de continuar perturbando ela. Olho para o Mete e rio: 'Olha, Mete, o neném quer ficar em paz. O que você acha disso, Mete?' Ele ri e responde: 'Acho que devemos continuar a atazanar a vida dela. Adorei a ideia.'

Olho para ela de cima a baixo. Ela até está bonitinha, penso. Mas logo falo: 'Olha, esquisita, decidiu usar saia hoje? Será que ela quer que alguém note ela?' Ela revira os olhos fazendo deboche. Será que é verdade mesmo o que a Rubi me contou? Rubi era amiga da Bianca, mas elas pararam de se falar porque, segundo Rubi, elas gostavam do mesmo garoto, o Saul Cancelieri. O garoto estudava com elas, mas ele gostava de Rubi e não de Bianca, mesmo que a Bianca fosse mais bonita que a Rubi.

Me pego pensando que ela fica sexy quando está com vergonha. Logo, balanço minha cabeça dispersando meus pensamentos. Olho para ela e pergunto: 'Então, você não gosta do Saul, né?' Ela me olha surpresa e começa a gaguejar. 'Me deixa em paz, garoto. Isso não é verdade.' Enquanto isso, o rosto dela fica mais vermelho ainda de vergonha pelo que está falando. Parece que ela realmente gosta daquele idiota que pouco se importa com ela.

E eu? Por que estou pensando nisso? Só vivo para estressá-la, o que é muito divertido. Viro para o Mete e digo: 'Olha, Mete, é verdade sim. Ela está com vergonha.' Caímos nas gargalhadas enquanto ela tentava sair da biblioteca. Quando seguro ela pelo braço, vejo que ela está com o livro em mãos. 'Nossa, a nerdzinha está lendo mais uma vez.' Olho para o Mete e falo: 'Acho que a nerdzinha quer bater uma.' Ele ri, esperando eu me responder.

Eu falo: 'É melhor a gente sair daqui. Acho que a nerdzinha quer bater uma.' Ela me olha com a cara mais irritada, de raiva, me empurra e diz: 'Seu idiota babaca, sai de perto de mim. Primeiro, que eu nunca faria isso. Segunda, dá para vocês me deixarem em paz e seguir a vida de vocês, me ignorarem completamente, como faziam antigamente? Hoje em dia, vocês só sabem me perturbar.'

Ela termina de falar rápido, gritando para gente, sem fôlego e olhando bem nos olhos dela. Dou um sorriso malicioso e viro para o Mete: 'Ela deve ser virgem ainda, provavelmente nem beijou na boca.' Ele começa a cair na gargalhada. Ela olha para mim com uma cara de fúria, vergonha, espantada, tudo ao mesmo tempo, como se não soubesse aonde enfiar a cara.

Eu percebo que fui longe demais pela primeira vez. Ela joga um livro em mim e sai correndo dali. Eu fico pensando que não devia ter falado aquilo para ela. Ela deve estar se sentindo muito mal agora. Olho para o Mete, que está rindo horrores do que eu tinha falado. Me pergunto por que fui tão longe assim, só para vê-la irritada, estressada. Eu não queria deixá-la mal de verdade, mas fazer o que, né?

Agora saímos, mas agora não sai do meu pensamento. Ela realmente nunca ficou com ninguém, nunca dormiu com ninguém. Será que eu poderia ser a primeira pessoa? Balanço minha cabeça, disperso os meus pensamentos, olho para o Mete, tentando esquecer o que eu estava pensando, e digo: 'Vamos embora. Já fizemos o que tínhamos que fazer aqui. Não tem mais graça continuar dentro desse lugar chato, cheio de livros. Não tem nada para fazer.'

O Mete balança a cabeça em concordância, e eu digo: 'Quer ir para minha casa jogar videogame? Baixei um novo jogo no meu PS5.' Ele responde: 'Vamos embora.'
Saimos da biblioteca em direção à minha casa. No caminho, com a mente inquieta, tento afastar os pensamentos sobre Bianca. Chegamos à minha casa, e Mete se joga no sofá.

"Vamos logo jogar esse videogame", ele diz, ansioso. Enquanto nos acomodamos, não consigo evitar lembranças da reação de Bianca na biblioteca. Eu me pergunto se fui longe demais ao provocá-la.

Conecto o videogame e começamos a jogar. No entanto, mesmo com a distração do jogo, minha mente volta à imagem de Bianca. Ignoro esse pensamento e me concentro na partida, mas é difícil não relembrar suas expressões e reações.

Enquanto jogamos, Mete comenta: "Cara, você realmente pegou pesado com a Bianca lá na biblioteca. Ela ficou bem irritada". Eu concordo, percebendo que talvez tenha ido longe demais. "É, acho que exagerei. Não era minha intenção deixá-la tão mal."

Mete ri, "Mas é sempre assim entre vocês dois, não é? Vocês vivem se provocando". Concordo com um sorriso, mas algo dentro de mim questiona se há mais do que provocação nessa relação.

Terminamos de jogar, e Mete decide ir embora. Antes de sair, ele comenta: "Cara, talvez seja hora de pegar leve com a Bianca. Às vezes, não é só brincadeira." Fico pensativo com suas palavras enquanto ele se despede.

Sozinho, reflito sobre o que Mete disse. Será que eu realmente deveria pegar leve com Bianca? Por que esses pensamentos sobre ela continuam me perturbando? Ignoro as dúvidas e tento afastar esses sentimentos confusos enquanto volto para os jogos, buscando uma distração para acalmar minha mente agitada.

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