Bianca

5 1 1
                                    

Entro na festa e procuro minhas amigas. Encontro a Jenne e conto a ela o que aconteceu.

"Jenne, amiga, não posso acreditar que aqueles idiotas fizeram isso com você. Vou acabar com a cara daquela vagabunda e do idiota que estava com ela."

"Não, Jenne, não precisa. Eles são idiotas, sim, mas ainda gosto dele", respiro fundo e solto o ar.

"Jenne, Bia, eu sei que você não gosta de confusão, mas aquela vagabunda de cabelo oxigenado merece. E você deveria parar de se fazer de trouxa, amiga. Ele te humilha e depois fala contigo normalmente. Isso não é saudável."

"Eu sei, Jenne, mas fazer o que? Estou apaixonada."

Vejo Saul e Rubi entrarem novamente na festa. Jenne fecha a cara quando eles se aproximam de nós na pista de dança. Jenne continua dançando e eu faço o mesmo, até que Rubi esbarra de propósito em mim. Minha vontade era de pisar no pé dela, mas resisti e continuei ignorando e dançando, mas ela não me deixa em paz.Claro, aqui está a continuação do texto:

---

Rubi continua provocando, esbarrando em mim repetidamente, como se estivesse buscando uma reação. Respiro fundo, tentando manter a calma, mas a raiva começa a borbulhar dentro de mim.

"Jenne, eu não aguento mais isso", murmuro entre os dentes cerrados.

Ela olha para mim com uma mistura de preocupação e compreensão. "Bia, não deixe ela te afetar. Ela não vale a pena."

Mas é mais fácil falar do que fazer. Cada esbarrão de Rubi é como um golpe direto na minha paciência. Finalmente, chega um ponto em que não consigo mais ignorar.

"Chega, Rubi!" A minha voz ecoa pela pista de dança, chamando a atenção de todos ao nosso redor.

Rubi parece surpresa pela minha reação, mas também satisfeita por finalmente ter conseguido uma resposta.

"O que foi, Bia? Está incomodada com alguma coisa?", ela provoca, com um sorriso malicioso nos lábios.

É nesse momento que sinto uma raiva que nunca senti antes mas mesmo assim fico calada quando sinto olhares de todos em mim , mas Jenne aparece e fala

"Jenne, ela está incomodada com você e suas palavras porque você não tem o menor senso do ridículo", respondo, defendendo minha amiga.

"Rubi, ela nem coragem tem de me responder, precisa da ajuda da amiguinha", provoca Jenne.

Maya aparece do nada e corta a discussão: "Maya, amigas, plural. Ela é a garota mais corajosa que eu conheço."

"Samantha, acho que antes de falar dos outros, Rubizinha, devia olhar para si mesma. Seu cabelo está ridículo, ressecado e cheio de pontas duplas. Devia cuidar dele antes de falar da Bianca, sabia?", rebate Maya.

Fico sem reação ao ver a discussão se desenrolar à minha volta. Quando Mete e Steven se juntam a elas, Mete diz: "Mete, olha, Steven, a Rubi está de mau humor porque você não quis ficar com ela."

"Steven, que feio, Rubi, descontar nos outros só porque não quis transar com você. Você é ridícula mesmo, e ainda é rodada", responde Steven.

"Saul, não fala assim da minha namorada, seu babaca!", defende Rubi.

"Steven, eu que sou o babaca? Sendo que foi a sua namorada que pediu, não, implorou quase para eu transar com ela. Como não quis, está descontando na Bianca", revela Saul.

"Saul, seu escroto, está falando dela, mas você faz o mesmo, ou estou enganado?", retruca Steven.

"Steven, mas aí é que está. Sempre fiz e sempre farei, porque sou eu e sempre fui assim com a Bianca. Só que sua namoradinha dizia ser amiga dela e a apunhalou pelas costas, falando mal dela e ainda ficando com o garoto de quem ela gostava. Então, não me chame de babaca, seu idiota", justifica Saul.

Observo toda essa briga e os olhares direcionados a mim, sem ter reação alguma. Aproveito a discussão para sair dali, pois toda essa briga estava me deixando angustiada.

Enquanto me afasto da confusão, sinto um nó se formando no meu estômago. Toda aquela tensão e drama são demais para lidar de uma vez só. Preciso de um momento para respirar e colocar meus pensamentos em ordem.

Encontro um lugar tranquilo no canto da sala e me sento ali, tentando ignorar o tumulto ao meu redor. Fecho os olhos por um momento, tentando bloquear o barulho das discussões que continuam ecoando na minha mente.

"Você está bem?" Uma voz suave me tira do meu torpor. Olho para cima e vejo Maya olhando para mim com preocupação.

"Não sei", murmuro, sentindo-me perdida no meio de toda aquela confusão.

Ela se senta ao meu lado e coloca uma mão reconfortante no meu ombro. "Vem, vamos dar um tempo juntas. Você precisa relaxar um pouco."

Sem dizer mais nada, Maya me guia para fora da sala barulhenta e nos dirigimos para o jardim. O ar fresco e a quietude do lado de fora são um alívio bem-vindo.

Sentamos em um banco sob a luz suave das estrelas, e por um momento, tudo parece mais calmo. Maya me ouve enquanto desabafo sobre tudo o que aconteceu, sem julgamentos ou interrupções.

À medida que despejo meus sentimentos, sinto um peso sendo levantado dos meus ombros. Talvez as coisas não estejam tão ruins quanto pareciam alguns minutos atrás. Com a ajuda de Maya, consigo ver as coisas com mais clareza e perceber que tenho o poder de mudar minha própria narrativa.

Agradecida pela sua amizade e apoio, sorrio para Maya, sentindo-me mais leve do que em muito tempo. Talvez, no final das contas, tudo vai dar certo.

Depois de passar um tempo conversando e desabafando com Maya no jardim, decido que é hora de voltar para dentro da festa. A atmosfera mais tranquila lá fora me deu a clareza necessária para enfrentar o que quer que esteja por vir.

Maya e eu nos levantamos do banco e retornamos para a pista de dança. A música alta e as luzes vibrantes nos recebem de volta, e logo estamos nos movendo ao ritmo da batida, deixando nossos problemas para trás.

Enquanto dançamos, sinto-me mais leve e mais confiante do que antes. A presença de Maya ao meu lado é reconfortante, e por um momento, esqueço todas as preocupações que me assolaram antes.

De repente, sinto uma presença próxima demais. Abro os olhos e vejo um garoto se aproximando de mim, com um sorriso pretensioso nos lábios. Fico desconfortável com a proximidade repentina, mas antes que eu possa dizer algo, Steven surge ao meu lado, como se soubesse instintivamente que eu precisava de ajuda.

"Hey, cara, acho que você está um pouco perto demais, não acha?", diz Steven, sua voz firme e autoritária.

O garoto parece surpreso com a intervenção de Steven, mas recua um pouco, parecendo um pouco constrangido. Agradeço mentalmente a Steven por sua rápida resposta e me afasto um pouco, buscando um espaço mais seguro na pista de dança.

oposto até a alma Onde histórias criam vida. Descubra agora