Capítulo 4 - O risco

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Tikki, transformar! - Mari se transforma em Ladybug e sai por aí prédios a fora.

A visão que tinha era bizarra. A linda cidade luz, sempre muito agitada e cheia de alegria, estava quase sem ninguém . Depois do noticiário pela manhã, poucos se atreveram a sair de casa e correr o risco de ser contaminado.

- Nossa, eu nunca vi nada parecido - disse ela pendurada de ponta cabeça por seu ioiô

"Olha, é a Ladybug!" Disse um menininho puxando o braço da mãe e indo até a heroína.

- Olá, garotinho. Precisa de algo?

- Ladybug, você precisa tirar essa doença de Paris!

- O que?! - Ela exclamou ao ouvir o pedido inusitado

- Use suas joaninhas milagrosas para curar todos os enfermos da cidade. Por favor!

A joaninha riu da inocência da criança e disse

- Sinto muito, mas não posso. Minhas joaninhas só são capazes de reparar danos feitos por um super vilão, não por uma doença. Esse trabalho fica com a ciência médica.

O sorriso de esperança no rosto do garoto foi aos poucos dando lugar a uma expressão de frustração e tristeza. A pobre criança começou a entrar em prantos, se agarrando nos braços da mãe, que tentava acalma-lo.

Ladybug ficou em choque. Olhou para a mãe do garoto esperando um pedido de desculpas pela situação constrangedora, quando notou que a mesma também parecia estar aborrecida com ela.

- Como voce se diz defensora de Paris sendo inútil desse jeito?! - esbravejou a mãe

- Tá maluca minha senhora?!

- Vamos filho - Disse a mulher afastando o birrento da garota como se ela fosse o pior ser humano da Terra

Enquanto isso, o sorveteiro André cantarolava sua canção na ponte dos cadeados, com o objetivo de atrair alguma alma penada naquela cidade vazia e adoçar o dia de alguém naqueles tempos sombrios.

Foi quando ouviu o barulho do ioiô de Ladybug. A heroína havia pousado no local e parecia um pouco atordoada

- Ladybug, que surpresa boa! - Ela não respondeu - Você está bem?

- Nem um pouco - Disse a garota muito chateada com o tratamento que havia recebido daquela mulher. Foi quando notou algo a frete de seu rosto. Era o braço esticado de André que lhe oferecia uma casquinha de sorvete com as cores de seu traje

- Pegue, vai fazer você se sentir melhor

Ladybug sorriu com a gentileza dele
- Muito obrigada. Está uma delícia

- Não tem de que, mocinha - ele acaricia os cabelos da jovem. Foi quando ela notou algo estranho o braço do sorveteiro

- André, o que é essa mancha no seu braço? - Ela derruba o sorvete no chão e se afasta

- Ah, isso? Não sei, já acordei com ela hoje de manhã - Ele parecia não se importar

- Isso é um dos sinais da nova praga!

- Não acredito que seja o caso

- André, você não deveria estar trabalhando, pode estar colocando seus clientes em perigo, inclusive eu! - Ela grita agarrando o ioiô em um poste e saindo o mais rápido possível, deixando o pobre homem muito triste.

Em casa...

Não dá pra acreditar. Como alguém se dispõe a sair de casa desse jeito ? - Disse Marinette se esfregando com uma esponja. A menina já estava no terceiro banho

- Calma Marinette! Você vai se machucar desse jeito - Grita Tikki que estava assistindo tudo por cima da garota

- Não correr o risco de contrair isso Tikki!

- Você não vai contrair! - Ela grita novamente como se tivesse total certeza do que estava falando

- Como você sabe? Ah, olha! Já tem uma mancha vermelha no meu braço

Tikki revira os olhos e debocha
- Será que é porque você quase arrancou a pele de tanto se esfregar?

- Tem razão - concluiu pensativa

"Marinette, tem uma visita pra você!" Gritou Sabine em sua porta"

- Quem é?! - pergunta com desconfiança

- Sou eu Marinette - disse Adrien com sua típica voz angelical que amoleceu o coração da jovem

- Entre meu amor

Adrien mal tinha entrado e já foi logo caindo sobre os braços de sua namorada. O loirinho estava em prantos, mal conseguia pensar direito, apenas chorar e soluçar.
"Ah, Marinette" dizia apertando as mangas da blusa dela, em um tom desesperador

- Lindo, acalme-se - Ela tentou apaziguá-lo, sem sucesso.
O menino passou um bom tempo assim. Quando pareceu estar um pouco mais calmo, Marinette pediu que ele fosse tomar um banho quente pra relaxar, e foi preparar um chá para o amado.

- Pronto, agora você se sente melhor ? - ela pergunta entregando um pires com uma xícara de chá para o loiro que estava sentado em sua cama com uma manta sobre os ombros

- Na medida do possível

- Você não conseguiu falar nada desde que chegou. Aconteceu algo com a Nathalie?

- Princesa, eu estou muito assustado.

- Com o que?

- Com tudo. Essa doença é a coisa mais terrível que eu já vi em toda minha vida. Tenho medo de contraí-la e acabar como a Nathalie.

- Olha, se você quiser, amanhã posso ir visitá-la com você

- Não! Você não iria querer ver o estado dela, é extremamente perturbador e você ia acabar se traumatizando.

Marinette sentiu um gelo passar por todo o corpo
- Entendo

- Amor, por que todo mundo que eu gosto tem que ir embora? Porque eu tenho que perder todos que eu amo?

Mari sorriu pra ele e o abraçou - Você não vai me perder, isso eu garanto. Eu nunca vou ter que partir da sua vida.

- Promete?

- Prometo.

Eles se beijaram e Adrien dormiu na casa da namorada aquela noite. está com ela fazia com que eles se sentisse mais seguro

MIRACULOUS: A PRAGA DO HEROIOnde histórias criam vida. Descubra agora