Capítulo 20 - O plano maligno

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Alguns dias se passaram e a notícia do momento era: A praga de Paris chegou a outros cantos do planeta

A doença que assolava os parisienses havia se tornado uma pandemia, transformando o mundo todo em um verdadeiro caos. Em decorrência da variante, pessoas de todos os países morriam em massa todos os dias e, apesar de ter casos em todo o planeta, os países mais afetados foram: Brasil, França, Inglaterra, Estados Unidos, Itália, Colômbia, Argentina, Canadá, México, Japão e China.

É claro que não se falava em outra coisa.  Fugir das notícias sobre a praga era praticamente impossível, pois estavam na TV, internet, jornais e até mesmo na boca dos tais "loucos" que andam na rua com uma placa anunciando o fim do mundo. Ninguém costuma dar ouvidos a essas pessoas, mas a situação estava tão crítica que até eles ganharam certa credibilidade.

Com isso, as ameaças a Ladybug e Chat noir triplicaram, a diferença é que agora não estavam só em Paris , e sim no mundo todo. Civilizações de todo o planeta exigiam o sacrifício de Ladybug como forma de pagar por sua irresponsabilidade.
O ódio era tamanho que chegaram a ser considerados as pessoas mais odiadas da Terra naquele momento.

Adrien e Marinette já não conseguiam mais lidar com aquela situação. Estavam depressivos, ansiosos, tendo crises de pânico frequentes, não dormiam nem comiam direito, não saiam de casa, não abriam as redes sociais, além de estarem extremamente paranoicos e desconfiando de tudo e todos.
Por isso, não se transformavam há um bom tempo, pois sabiam que na primeira oportunidade seriam capturados e mortos. Era triste.

Enquanto isso, na prefeitura....

Oliva estava ao telefone com sua aliada de Nova York, contando vantagem sobre como seu plano havia sido bem sucedido

"Você acha que já podemos partir para segunda parte do plano?" – questionou a moça no outro lado da linha

Oliva: Eu não acho, eu tenho certeza!

"Tá, mas como exatamente você vai fazer isso?"

Olivia: Eu já pensei em tudo.  Te ligo depois – desligou o celular e se dirigiu a um canto isolado do prédio, onde ninguém ia e poucos lembravam de sua existência. Ela precisava de privacidade para fazer o que tinha em mente

Olivia subiu aquelas escadas escuras ouvindo apenas o barulho de seu salto e um grande eco. Ela tinha uma expressão totalmente maligna que dava arrepios.
Chegando, abriu a porta do local, que rangeu como se não fosse aberta a séculos. Tava tudo muito empoeirado e sujo, cheio de baratas e teias de aranha. Era medonho.

No interior da sala não havia nada além de móveis velhos encostados na parede, uma claraboia bem alta, refletindo apenas a luz da lua, e borboletas . . . muitas borboletas!

O cômodo foi tão esquecido
que não havia se quer energia elétrica, pois não era utilizado há décadas. Porém, aquela não era a primeira vez que Olívia estava lá. Já estava frequentando o lugar há algum tempo, porém sempre escondida de todos para não criar nenhuma desconfiança.

Certificando-se de que não havia sido seguida por ninguém, a mulher passou a retirar seus acessórios, começando por seu óculos, depois o jaleco e até mesmo seu cabelo, que na verdade era uma peruca. Seus lindos olhos verdes também não haviam vindo de fábrica com a doutora, pois eram meras lentes de contato.

Naturalmente, sua aparência não tinha absolutamente nada a ver com o que ela mostrava ao mundo. Seu cabelo natural era curto e castanho, os olhos eram cor de mel, e ela nunca teve a necessidade de usar óculos. 

Basicamente, Doutora Olívia nunca existiu. Aquela mulher era apenas uma persona criada pela mente perturbada e maníaca de uma garota de 18 anos chamada Cerise, também conhecida como Lila Rossi.

A menina simplesmente havia conseguido se aproveitar da situação para prejudicar Ladybug, por quem tinha jurado vingança desde o dia em que havia sido humilhada pela mesma. Ela sempre soube que a doença provinha do cataclismo e a cura de Ladybug pois tinha  acesso ao livro de feitiços dos heróis desde que roubou o computador de Tomoe Tsurug.

Foi também através desse livro que ela tirou informações para fazer o objetivo demoníaco que contém a variante do cataclismo em seu interior. Porém, aqueles não eram os únicos segredos que a garota escondia

Depois de se descaracterizar por completo,  Cerise tirou de seu bolso algo que parecia ser um broche e o prendeu no lado direito de sua Jaqueta. Aquele era o miraculous da borboleta que foi perdido no dia em que Gabriel Agreste morreu. Ele estava com ela o tempo todo.

Nooroo: O que aconteceu? Quem é você? - questionou o kwami confuso, pois estava dormindo dentro do miraculous há meses, e não fazia ideia do que estava acontecendo

Cerise: Eu sou sua nova portadora, meu amiguinho, e a partir de agora você vai fazer tudo o que eu mandar

Nooroo ficou ainda mais confuso, porém só conseguiu respirar fundo e aceitar. O pequeno já estava acostumado com aquele tipo de exploração

Nooroo: Ok.

Cerise: Gosto assim. Bom, vamos iniciar o show! Nooroo, asas negras cresçam!
Cerise se transformou em Chrysalis pela primeira vez

Chrysalis: Ah, como estou fantástica! – rodopiava admirando cada detalhe de seu trage – Estou esquecendo de algo? Ah, claro!  – dirigiu-se até sua bolsa e tirou de dentro dela um computador com as fotos do livro de feitiços

– Onde está, onde está?! – Ela passava os slides já perdendo a paciência. Parecia estar procurando algo específico – Aha! Achei! O feitiço que promete dar ao portador da borboleta o poder de criar vários akumas de uma vez e quebrar o limite de alcance por distância. Minha nossa, como meu antecessor era burro, tinha o livro físico em mãos e não sabia executar os feitiços por pura ignorância.  Precisou criar um anelzinho de meia tigela pra conseguir akumatizar pessoas fora de Paris, era muito amador mesmo! – Debochou

Após ler as instruções, Chrysalis levantou  seu cajado e começou a corromper todas as borboletas no local

– Voem, borboletas negras, traga a mim cada coração revoltado com a Ladybug !

Então, vários Akumas se espalharam por todo o planeta e tiveram grande êxito em sua missão de akumatizar, pois encontrar pessoas com emoções ruins naquela época de pandemia não era nada difícil.

– Isso, isso! Que sensação maravilhosa! –  gritava de satisfação ao sentir o nível de desespero ficar cada vez mais forte conforme o número de akumatizados aumentava. Quando sentiu que já era o suficiente, a vilã resolveu se apresentar para suas vítimas, que estavam desesperadas achando que Monarch havia voltado

– Cidadãos do mundo, não tenham medo! Eu sou Chrysalis, também conhecida como Doutora Olívia – A menina não pareceu querer esconder sua "identidade" – Estou recorrendo a magia de Miraculous para salvar o mundo da praga, mas para isso preciso que façam o que eu mandar

"Com certeza, Doutora"

– Quero que tragam a mim Ladybug e Chat Noir. Assim, eu mesma vou poder sacrificá-los e conquistar a cura através da imunidade de Ladybug. Posso contar com vocês?

"Sim senhora"

Então, o poder maligno da borboleta converteu centenas de pessoas ao redor do mundo em um grande exército anti-ladybug. Os poderes fornecidos a eles pela vilã lhes deram a possibilidade de vir para Paris independente de qual canto do planeta estivessem, além de vários outros poderes malignos.

Chrysalis parecia ser milhões de vezes mais poderosa que Hawk Moth. Tinha a capacidade de fazer coisas que seu antecessor jamais pôde, ou já fez, porém com muita dificuldade. Era como se o Miraculous da borboleta tivesse evoluído a partir do momento em que passou a ser de Cerise, como se seus poderes não tivessem mais limites estando em posse dela.

– Agora é só esperar. Ladybug e Chat Noir não vão ter outra escolha não ser se transformar pra tentar acabar com esse caos. Quando eu finalmente der cabo da vida deles todos vão me considerar a maior heroína que já existiu, não vai ser difícil convencê-los de que eu deveria ser a portadora de ambos os seus miraculous, e eu vou ter o poder absoluto!

MIRACULOUS: A PRAGA DO HEROIOnde histórias criam vida. Descubra agora