Após ser usada pelo namorado e ter sido forçada a ir para a reabilitação, Maeve Harrington se tornou uma garota mais fechada e não permite que muitos se aproximem dela. Após se mudar de cidade com sua mãe, ela foi para uma nova faculdade e lá conhec...
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Acordo em um sobressalto, suor deslizando por minha testa, minha respiração estava desgovernada e meu coração batia feito louco, como se eu tivesse acabado de correr uma maratona. Ponho uma mão na testa jogando o lençol para o lado, meus pés tocam o carpete áspero, movo minhas pernas e ando até o banheiro.
Ligo a luz, e apoio minhas mãos na piá, eu estava encharcada de suor, e a noite nem sequer estava quente, minhas mãos tremiam como se eu tivesse acabado de acordar de um pesadelo. E para falar a verdade isso foi sim um pesadelo, não entendo, já tinha dois anos que eu não sonhava com Damian. Abro a torneira e junto as mãos em um formato de concha, jogo a água fria no rosto.
Meu Deus, eu senti que meus sentimentos daquela época tão vivos, como se eu ainda estivesse vivendo aquele dia novamente, com o sofrimento e culpa pelo que aconteceu com papai, e com a ideia suicida que estava impregnada em minha mente.
E de como fiquei relaxada depois daquele cigarro, como eu tive a brilhante ideia de continuar usando aquela merda, e que foi assim que acabei me envolvendo com aquele miserável. O dia em que Damian entrou na minha vida, e desde de então trilhando o caminho onde ele me faria chorar, gritar e o pior. Sentir sua falta.
Mas com o tempo, eu consegui reverter isso, da mesma maneira que eu o amava com todas as minhas forças, eu agora o odeio na mesma intensidade, ou até talvez mais. Da mesma maneira que eu desejava ele por perto, agora não quero nem sequer ouvir seu nome. Ele me manipulou, me afastou de quem queria realmente meu bem.
Me usou e quando as coisas se complicaram e ele viu que nem com a minha ajuda conseguiria se livrar, até porque eu estava na mesma merda que ele, o que ele fez? Ele simplesmente me deixou, eu paguei pelo tremendo erro de ter confiado nele.
Eu estou fazendo tudo que está ao meu alcance para esquecer ele, estou tentando apagar as lembranças da minha memória, mas elas vêm até quando estou inconsciente. Isso é um inferno, eu só quero viver em paz, porque meu subconsciente quer tanto me torturar com essas lembranças? Eu só quero esquecer tudo sobre ele.
Endireito a coluna, e puxei a camisa larga pela minha cabeça, logo em seguida retirei a calcinha ficando completamente nua, ando até o box e me enfio debaixo do chuveiro a água fria se derramando por minhas costas, isso não me deixa menos tensa. Faz dois anos que eu não sonhava com ele, por mais que ele ainda estivesse em minha mente, o sono era a melhor hora para quando eu não pensava nele, mas agora ele voltou a aparecer em meus sonhos.
Maldito.
Mil vezes maldito, mas eu irei arrancar ele da minha alma, assim como o arranquei do meu coração vou arranca-lo da minha mente, custe o que custar. Para mim ele está morto, eu vou apagá-lo da minha vida. Meu coração aperta, a decepção e raiva tomando conta do meu peito. Fecho o registro e saio de dentro do box, enrolando uma toalha em volta do meu corpo, caminho até a cama me sentando na mesma.
Uma pontada fina se instalou em meu crânio, fazendo eu espremer os olhos com força. Maldita hora que eu fui para a merda daquela festa, eu devia ter ficado em casa, teria me poupado de mais sofrimento, ou eu simplesmente não tivesse seguido ele quando o escroto me parou. Minha mente já tava doente demais, e ele só piorou tudo.
