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Eu não posso acreditar que aquele filho da puta fez isso, meu cabelo, meu lindo cabelinho

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Eu não posso acreditar que aquele filho da puta fez isso, meu cabelo, meu lindo cabelinho. Mas se ele achou que faria essa merda e não iria ganhar nada em troca, ele estava tão enganado em ter esse pensamento.

Já tem meia hora que estou tentando tirar a porra dessa goma do meu cabelo, mordo meu lábio inferior com força, abro a gaveta da piá do banheiro, puxo de lá a tesoura e coloco a mecha de frente para meu rosto. Aproximo a lâmina dos fios negros, mas não demora muito para que eu desista dessa ideia estúpida.

Retiro as roupas do meu corpo e entro no box, talvez com condicionador fique mais fácil de tirar essa porcaria do meu cabelo. Eu estou com uma puta vontade de torcer o pescoço daquele animal, ele não perde por esperar, amanhã mesmo eu vou dar uma lição nele.

Enrolei meu corpo na toalha assim que acabei meu banho, com muito esforço consegui me livrar do chiclete, agora tenho que pensar em como posso fazer ele pagar por essa estupidez. Sequei meu cabelo de frente ao espelho enquanto as ideias sondam minha mente, eu podia empurrar ele da escada, na melhor das hipóteses ele quebraria o pescoço, ninguém sentiria falta dele mesmo já que o babaca é irritante pra caralho.

Porém eu não quero parar na penitenciária, e como a mãe dele é advogada iria se encarregar de me fazer apodrecer em uma cela por ter matado seu tesouro. Porém ele poderia só quebrar as pernas, e então não poderia mais jogar, é uma ótima ideia! Mas ainda tem a chance dele ir pro quinto dos infernos, não é de todo modo ruim que ele fosse pro inferno mesmo, se bem que nem o capeta aguentaria ele, e não o culpo, acho que nem os pais suportam.

Desligo o secador e saio do banheiro, visto uma calça moletom preta e um top cinza, desço as escadas, estou cheia de fome. A porta se abre e Viviana logo surge, com os cabelos negros caídos em frente ao rosto enraivecido. Talvez não tenha sido um bom dia para ela também, ela retira as botas pretas ainda na entrada e bate à porta.

- Não fale comigo! - diz apontando o indicador para mim, levantei às mãos em sinal de rendição e observei ela ir até a cozinha.

Fui logo atrás e inclinei meu corpo para procurar algo para comer no armário, ela bebia sua água em um grande gole. O que a deixou tão brava? Mamãe era bem explosiva, bom eu tive a quem puxar, mas não eram pequenas coisas que a tirava do sério, alguém deve ter pisado no seu galo.

- Não vai perguntar o porquê estou assim? - questiona, levanto meu tronco e a encaro como uma sobrancelha arqueada.

- Mas foi a senhora que disse para eu não falar.

- Já devia saber que mesmo eu dizendo para não falar comigo porque estou estressada, eu de todo modo preciso desabafar!

Revirei os olhos e inspirei fundo andando até a ilha da cozinha, ela faz um coque frouxo e abre alguns botões da blusa de seu uniforme. A pele pálida agora se encontrava em um avermelhado evidenciando o seu estresse, ela está com raiva, mas do que? O que a deixou tão brava?

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