˚𖦹 𖥻 𝐂𝐀𝐋𝐋 𝐎𝐅 𝐒𝐈𝐋𝐄𝐍𝐂𝐄 | 𝐓𝐫𝐚𝐟𝐚𝐥𝐠𝐚𝐫 𝐋𝐚𝐰¸♡ 🫀 ୬

08. A última ordem.

━━ Arquipélago Sabaody, Grand Line ; próximo a Red Line.

Os piratas do bando do Chapéu de Palha estavam exaustos e feridos a ponto de mínimos movimentos serem suficientes para fazer seus ossos rangerem dentro de seus corpos. Nenhum de seus ataques contra o Shichibukai parecia funcionar ou causar algum dano ao tirano, que permanecia intacto e continuava os atacando sem hesitar, lançando-lhes raios lasers explosivos. O que eles não sabiam era que aquele não era o verdadeiro Bartholomew Kuma e sim um robô criado por um cientista da Marinha - o Doutor Vegapunk. Logo, nenhum de seus ataques iria funcionar contra aquele ser de metal.

Elisabette conseguia desviar e rebater alguns ataques do "homem", mas isso exigia muito dela e suas quedas começaram a se tornar frequentes. O ferimento em seu quadril estava latejando e ela podia sentir como se aquele local estivesse ardendo como as chamas do próprio inferno.

Entretanto, a platinada tinha consciência de que naquele momento não era hora para se deixar levar pela dor. Ela e seus companheiros precisavam derrotar o corsário se quisessem sair daquela batalha com vida, com todos os membros do corpo no lugar e não tão feridos quanto já estavam. Com força, a garota agarrou o cabo de Inazuma e, com toda velocidade, ela partiu para cima de Kuma, que a agarrou pela perna e a arremessou na direção de Zoro, derrubando os dois no chão com brusquidão.

Sentindo a fraqueza tomar conta de si, a mais nova apenas virou-se de peito para cima, ficando deitada no chão ao lado do companheiro que, assim como ela, estava acabado e sentindo que ia apagar a qualquer momento. Com dificuldade, o espadachim levantou-se usando suas espadas como apoio e ofereceu a mão para que a menor se levantasse. Elisabette arfou, levando a mão para dentro do casaco e pressionando a ferida com força, prendendo um gemido sufocado em sua garganta ao sentir a pontada insuportável fazê-la inclinar o corpo para a frente.

- Lis... - arfou. - Por que 'cê 'tá sangrando..?

- Fui baleada... - ela olhou de lado para o espadachim, que também respirava ofegante pelo cansaço. - Mas não se preocupe... eu estou bem... - um sorriso breve se formou nos lábios rosados dela, seguido por uma piscadela.

- Mentirosa. - Zoro riu.

A birkan apenas deu uma risada genuína como resposta e olhou novamente para Bartholomew Kuma, notando junto dos outros Chapéus de Palha que o ponto fraco do corsário era o seu interior e que todos os seus golpes deveriam ser desferidos pela boca dele se quisessem que seus ataques surtissem algum efeito nele. Como esperado, surtiu, mas não de forma boa, pois o próprio entrou em pane e iniciou uma série de tiros descontrolados, soltando raios lasers por todos os lados e tendo alguns tremores, deixando claro aos olhos deles que ele havia perdido o controle de si mesmo.

Com a batalha se intensificando e os Chapéus de Palha aproveitando a brecha descoberta, a luta alcançou um ponto crucial. Com habilidades únicas e estratégias desesperadas, cada membro do bando desferia golpes poderosos e precisos na direção do ponto fraco de Bartholomew Kuma. O corsário, lutando para manter o controle sobre si mesmo, enfrentava uma crescente pressão enquanto os ataques dos piratas o cercavam de todos os lados.

Por fim, Luffy desferiu o golpe final no inimigo ao usar o seu Gear Third e destruir boa parte dele, fazendo-o perder a "consciência" e desmaiar de uma vez por todas. No entanto, assim que isso aconteceu, o Chapéu de Palha saiu voando até que diminuiu de tamanho, finalmente os livrando daquele problema, deixando-lhes apenas corpos cansados e extremamente exaustos, que mal conseguiam se mexer devido aos ferimentos e ao sono que começara a lhes assolar.

Elisabette deitou-se no chão, inspirando e expirando inúmeras vezes para tentar controlar a respiração ofegante e aumentar os ânimos, mesmo sabendo que aquilo seria impossível enquanto ainda continuasse ferida como estava. Mas ela era teimosa. Era egoísta consigo mesma. Ela sabia das condições em que estava, sabia que aquilo poderia ser prejudicial a si própria, contudo preferia continuar mantendo sua dor em silêncio, tendo apenas Roronoa como sua única testemunha e confidente naquele momento de desespero não só para ela, mas para todos do bando. A cabeça dela girava, seu corpo tremia e implorava por descanso e seus olhos pesavam no rosto, tudo que ela queria era voltar para o navio deles e descansar por dias até se sentir completamente revigorada.