Jungkook

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A semana mais louca da minha vida estava finalmente acabando e eu acordei na sexta-feira confiante de que tudo poderia voltar ao normal

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A semana mais louca da minha vida estava finalmente acabando e eu acordei na sexta-feira confiante de que tudo poderia voltar ao normal.

Depois do meu convite insano de levar Lalisa para meu apartamento na quarta, consegui me manter longe daquela tentação durante toda a quinta feira, envolvido em reuniões da diretoria.

Na sexta eu estava com um raríssimo bom humor quando cheguei na empresa, mas foi somente eu botar os pés na antessala do meu escritório para que todos os meus sentidos gritassem ao mesmo tempo.

Perigo! Perigo! Perigo!

Recuar, combatente, recuar!

Zona altamente perigosa!

Cuidado!

Lalisa estava na TPM.

Todos os sinais estavam lá, gritando, evidentes. A pontualidade incomum, os fones de ouvido no último volume, os copos de café
acumulados, a roupa diferente das que costumava usar — uma camiseta? de
rock enfiada dentro de uma saia plissada preta — e, para meu mais completo
horror, os pés descalços.

Quando Lalisa ficava descalça, poderia matar uma pessoa.

Dei dois passos involuntários para trás quando ela me encarou, fuzilando-me silenciosamente. A cumprimentei e ela acenou com a cabeça, fazendo uma careta irritada. Andei com cuidado até minha sala e suspirei aliviado ao fechar a porta.

Eu preferiria enfrentar um séquito de investidores famintos, fornecedores traiçoeiros e funcionários pidões, juntos, a enfrentar Lalisa num dia de TPM.

Aprendi rápido a reconhecer os sinais que ela dava depois de quase, sem querer, estragar tudo ao desafiá-la em uma de suas crises.

Havia mais ou menos dois meses que ela estava na empresa. Já tínhamos nossa rotina de enfrentamento diário e eu estava começando a apreciar aquilo. Um belo dia Lalisa chegou mais cedo, o que por si só já
despertou minha curiosidade. Usava um macacão preto que ia até os calcanhares e uma sandália bem mais baixa que o habitual.

Aquilo me atiçou.

Lalisa nunca ia de preto. Sempre usava roupas coloridas, sapatos coloridos e, principalmente, unhas coloridas. E sempre eram saias ou vestidos na altura dos joelhos.

Um macacão preto que ia até o calcanhar era, no mínimo, incomum. A curiosidade e o desejo por provocá-la me fizeram cair
na armadilha feito um pato:

— Vai a algum velório, srta. Lalisa?

Ela me fuzilou com os olhos em silêncio e, por um segundo, eu pensei que o velório seria o meu.

Entre tapas e beijos - Liskook / LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora