Jungkook

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Tudo começou a desandar naquela festa

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Tudo começou a desandar naquela festa.

Primeiro, foi Lalisa com seu provocante vestido branco e preto e aqueles infernais sapatos vermelhos. Depois, todas aquelas provocações veladas e que me deixaram excitado. Para piorar tudo, teve aquele maldito garçom que, assim que colocou os olhos na minha assistente, praticamente
criou raízes do lado da mesa em que ela estava com as amigas.

O fetiche sexual de quinta passou a noite inteira mantendo a taça das cinco garotas cheias de bebida.

Não que eu tenha ficado a noite inteira reparando na mesa delas... Mas eu vi o momento em que ele, com um atrevimento
impressionante, entregou um pedaço de papel para Lalisa, que sorriu em retribuição.

Quando o engravatado ridículo a la YMCA se afastou, elas riram feito hienas, claramente afetadas pelo espumante.

Aquele papelzinho destruiu todo o meu fim de semana.

Na segunda-feira eu só queria a cabeça de alguém numa bandeja, de preferência da minha assistente.

Quando ela se atrasou, como normalmente fazia, eu comecei a me questionar quais eram os reais motivos dos atrasos dela de toda segunda feira. Ela dizia que era a distância do trabalho. Ou será que ela tinha passado
o final de semana inteiro sendo servida na cama por um garçom, e por isso tinha perdido a hora?

Será que era isso que acontecia todo final de semana?

Merda!Eu estava horrível e não eram nem oito e quinze. Quando ela chegou, despejei toda minha frustração do fim de semana e, é lógico, ela revidou.

Meu dia foi uma droga, meu humor estava um horror e, para piorar, eu tinha inventado aquela apresentação depois das seis.

Mas Lalisa era competente e quase me salvou. Ela apresentou gráficos perfeitos e, por um instante, eu me esqueci de todo o fracasso que havia sido meu final de semana. Estava envolvido com as projeções dela. Os números estavam exatos e o trabalho era impecável. Seu balancete apresentava um
cenário que nem eu havia notado, mas então o cosmos resolveu conspirar e explodir com aquele transformador, acabando com a energia.

Eu não sei o que deu na minha cabeça. Acho que foi o toque da pele macia dela.

Cinco meses.

Eu consegui passar cinco meses sem tocar aquela mulher. Nunca tinha lhe dado sequer um aperto de mão.

E na primeira vez que minhas mãos tocaram a pele dela, eu simplesmente não consegui me controlar.

Aquilo era insano e perturbador.

Eu já tinha imaginado transar com Lalisa algumas vezes e, invariavelmente, o roteiro que eu previa — e intimamente esperava — era um só: ela seria uma boa transa, porém não passaria disso. Talvez até fosse um
pouco fria, dado nosso histórico de interação. Eu finalmente teria saciado meu desejo maluco por Lalisa e iria sair do buraco que ela havia me enterrado. Simples assim.

Entre tapas e beijos - Liskook / LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora