Lalisa

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— Eu gostaria de ir para sua casa

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— Eu gostaria de ir para sua casa.

Falei com pressa, antes que minha coragem acabasse.

Jungkook apertou os punhos ao volante enquanto continuava com os olhos voltados para o trânsito. A veia de irritação que havia saltado em seu pescoço desapareceu rapidamente. Ele me olhou pelo canto dos olhos e disse, com extrema suavidade:

— Sinto sua falta.

— Eu também sinto — murmurei, entrelaçando meus dedos na mão que ele me oferecia.

Sim, eu sentia muita falta dele.

Quando não estava com Jungkook, sentia um imenso buraco em meu peito. Nunca imaginei que uma pessoa pudesse preencher todos os meus espaços da forma como ele fazia.

Eu quis estar com ele todas as horas, minutos e segundos que se seguiram ao nosso encontro de sexta. Mas a todo momento minha mente era invadida com a lembrança daquela mensagem anônima.

Alguém sabia sobre nós.

Mas quem?

A primeira pessoa que veio à minha mente foi Yejun. Ele poderia ter desconfiado de algo, ou mesmo visto qualquer coisa que deixamos escapar, e agora se vingava me aterrorizando.

Ao mesmo tempo eu me perguntava como isso seria possível. Fomos extremamente imprudentes em nossos primeiros encontros, mas eu seriacapaz de jurar que ninguém havia desconfiado de nada. O prédio provisório que trabalhávamos tinha câmeras somente nos corredores principais e nas
entradas. Nenhuma das salas era monitorada e, em todas as vezes, ninguém nos flagrou sozinhos.

Em duas das vezes não havia praticamente ninguém no prédio. Mas alguém sabia...

E essa pessoa parecia disposta a me punir e apavorar.

No domingo mesmo, pensei na possibilidade de contar ao Jungkook.

Talvez o tivessem ameaçado também. Mas na segunda-feira ele não parecia nem um pouco diferente e eu simplesmente não tive coragem.

O que ele poderia fazer?

O número de telefone que havia mandado as ameaças sequer era do nosso estado. Quem quer que fosse o autor das mensagens, estava tomando cuidados para não ser descoberto.

Na terça-feira cheguei a ficar mais tranquila, imaginando que pudesse ter sido um trote idiota qualquer e a pessoa tivesse desistido das suas ameaças. Mas na quarta de manhã tudo pareceu perder o chão novamente
quando a segunda mensagem chegou:

“Vai continuar se encontrando com seu chefe idiota? Você deveria se valorizar mais.
Afaste-se dele e prove que não é uma puta qualquer.”

Entre tapas e beijos - Liskook / LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora