Jungkook

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Se eu pudesse ter o dom de voltar no tempo e mudar o destino das coisas, não voltaria para momentos decisivos da humanidade, como o ataque às Torres Gêmeas, a “descoberta” da disnatia coreana ou eventos parecidos

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Se eu pudesse ter o dom de voltar no tempo e mudar o destino das coisas, não voltaria para momentos decisivos da humanidade, como o ataque às Torres Gêmeas, a “descoberta” da disnatia coreana ou eventos parecidos. Gostaria de voltar há menos de 24 horas atrás, somente para ter a chance de dizer outras palavras.

Se eu pudesse ter o dom de trocar de lugar com alguém, eu trocaria de lugar com ela e passaria por tudo aquilo por mais de dez vezes seguidas, somente para livrá-la de um único momento de dor.

Se eu pudesse ter o dom de ressuscitar uma pessoa e trazê-la de volta à vida, eu com certeza o usaria agora.

Só para matá-lo de novo.

Chorar não funcionava mais. Implorar a Deus ou usar a racionalidade também não. O tempo não passa mais rápido quando você quer, e a vida não dá saltos quando a dor te atinge. Você tem que ficar lá e viver cada maldito segundo de dor e medo.

Eu andava desorientado de um lado para o outro naquele corredor branco e agitado. Sempre pensei que hospitais fossem silenciosos, mas aquele lugar parecia ruidoso. Com os sentidos todos aflorados, eu era capaz de escutar cada pequeno ruído daquele lugar. Cada conversa sussurrada. Cada lamento choroso. Cada deslizar de macas e cadeiras de rodas. Tudo gritava
aos meus ouvidos.

Comecei a me dirigir para a recepção, mas a enfermeira, já prevendo que eu iria abordá-la, talvez pela centésima vez, espalmou a mão e falouantes que eu pudesse dizer qualquer coisa:

— O doutor já está vindo.

Me virei novamente para o corredor e esperei.

Há quanto tempo Lalisa estava lá dentro?

Por que demoravam tanto?

O que estava acontecendo?

Olhei para o relógio mais uma vez e decidi. Mais cinco minutos e eu invadiria aquela porcaria de porta de vidro vai-e-vem e sairia gritando pelos corredores até encontrar esse desgraçado do Dr.

Dois minutos depois, um senhor de meia idade cruzou as portas vai-e vem e olhou rapidamente para a enfermeira enfezada comigo. Ela apontou na minha direção e acenou para mim docemente, e eu jurei a mim mesmo que voltaria ali para dar um buquê de flores para aquela mulher, só por aquele gesto.

Dr. se aproximou de mim e me cumprimentou:

— Sr. Jeon Jungkook.

Ele olhou por cima do meu ombro e eu acompanhei seu olhar, me deparando com Lis vindo correndo em nossa direção com os olhos arregalados e Jin seguindo seu encalço, com uma expressão perdida e desconcertada.

Entre tapas e beijos - Liskook / LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora