𝒟𝗈 𝒪́𝖽𝗂𝗈 𝖺𝗈 𝒜𝗆𝗈𝗋

13 - 𝐔𝗺 𝗻𝗼𝘃𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗰̧𝗼.

Depois de ter beijado a Jennie, percebi que talvez eu tenha sentimentos por ela. O problema é que isso não poderia acontecer, ela me odeia. Ou pelo menos parece me odiar.
Precisava conversar com ela, mas será que ela iria me ouvir? Por um lado, penso que deveria deixar isso pra lá. Por outro, penso que devo tomar uma atitude e arriscar.
Mas nesse momento, eu decidi focar na faculdade e tentar não pensar na Jennie.

Andando pelos longos corredores cheios da universidade, vi um grupo de caras conversando olhando pra mim. Me senti no ensino médio, qual é?!

── Aí, cara! Qual é o seu relacionamento com a Jennie? ── um dos altos e infantis dos caras, me questiona cruzando os braços.

── E o que você tem haver com isso, em?  ── respondi, pegando meus fones de ouvido no bolso.

── Se vocês não namoram, então eu vou me declarar pra ela e chamá-la pra sair.  ── o cara fala me fazendo parar o que estava fazendo, e então seus amigos comemoram, lhe dando tapinhas nos ombros.

Aquilo de certa forma me incomodou, mas Jennie não queria nada comigo. Então, decidi apenas deixar pra lá no momento.
Depois da aula, eu estava na biblioteca fazendo um trabalho pelo notebook, quando vi Jennie sentada em um sofá, com uma expressão triste no rosto. Tentei ignorar, mas não resisti, me levantei e fui até ela.

── Oi.  ── Falei acenando com a mão parada me aproximando de Jennie.

── Oi.  ── Jennie responde baixo sem me olhar nos olhos.

── Por quê está triste?  ── perguntei, sem formalidades, apenas me sentando ao seu lado no sofá.

── Não estou triste.  ── Jennie responde seca, ainda encarando os próprios braços que estava cruzados.

── Me parece o contrário, mas já que não quer conversar, espero que fique bem. Com licença.  ── digo me levantando mas então Jennie segura meu braço.

Olho para trás e então finalmente os olhos da garota se encontram com os meus. Seus olhos brilhavam como as estrelas, sua expressão era fofa, mas ao mesmo tempo, nervosa.

── Fica. Eu quero conversar sim.  ── Jennie pediu atentamente, olhando em meus olhos.

── Tudo bem.  ── falei me sentando novamente no sofá, sorrindo levemente.

Depois de um longo silêncio, Jennie começou a falar.

── Taehyng, eu... Ah! Olha, eu tô confusa, tá bom?! Eu não queria isso, é complicado, eu...  Ah! Não sei mais.  ── Jennie começa a dizer confusa, me fazendo questionar porquê ela estava tão nervosa.

── O que houve? ── perguntei, prestando atenção na garota.

── Não quero expor meus sentimentos. A verdade é que eu sempre fico nervosa quando estou com você. Mas tenho medo de sofrer novamente. Olha, eu vou indo já, tá bom? Não quero encarar seu rosto agora.  ── Jennie fala se levantando colocando as mãos sobre o rosto, mas eu a seguro.

── Jennie, espera! Me escuta.  ── supliquei ainda confuso ao ouvir tudo aquilo.

── Eu entendi o que você disse. Olha, eu também andei pensando muito em você, sabia? Existe um clima entre nós, e não podemos negar isso. Entendo seus receios, mas não precisa ter medo. Eu vou te tratar da maneira que você merece ser tratada.  ── afirmei sorrindo contente.

1 mês depois.

Eu e o Taehyung tivemos o nosso primeiro encontro. Foi muito legal, nós saímos para jantar e depois fomos em um karaokê. Não esperava me divertir tanto, eu tinha muitos receios. Muita desconfiança em homens, traumas. Porém, Taehyng me trata bem, carinhosamente. Em um mês saindo, ele já me deu dois buquês de flores e vários chocolates.
Tenho medo de me entregar demais, não quero que sejamos muito rápidos, mas por enquanto, estou amando viver isso. Me sinto feliz perto dele.

É engraçado pensar que no início, eu não gostava dele. Na verdade, ele me incomodava por sempre tirar notas boas, impressionar os professores e simplesmente por ser bonito demais. Nunca admiti, mas sentia atração por ele desde o início.
Tudo que aconteceu neste ano em que nos conhecemos, me machucou muito. Passei por um sequestro, abusos e coisas que me deixaram muito traumatizada. Porém, não posso deixar isso acabar com a minha felicidade. O importante é viver o agora, e cuidar do coração e da mente para o passado não machucar tanto.
Foi difícil? Sim, mas eu tenho pessoas incríveis comigo. E uma delas, é o Taehyng.

Agora, estou indo para o terceiro ano de direito, passou muito rápido. Meu sonho de ser juíza ainda permanece. Meus amigos são os mesmos, sempre estão comigo. Posso ter passado por momentos ruins, mas aprendi muito com a jornada desse ano.
Aprendi que devo ser menos prepotente, mais calma. Aprendi também que posso me permitir viver experiências novas, e também aprendi que posso me entregar ao amor. Mesmo que seja difícil, mesmo que eu sinta medo, nunca vou saber se eu não arriscar.

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Amei escrever esse.
-xoxo, Trizz.