CAPÍTULO 2

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Mantenha A Boca Fechada

INÁCIO


POR QUE DIAXO Luciano havia mexido com quem estava quieto? Se meu instrumento já estava como pedra desde cedo, agora estava mais do que isso, estava pulsando e babando na minha cueca. Tinha a impressão de que ele ia rasgar o tecido a qualquer momento e cair para fora.

Eu estava louco. Tudo o que eu mais queria era que pudéssemos voltar lá para dentro para que Luciano continuasse apertando meu pau enquanto a gente se beijava feito dos bichos tarados.

Confesso que eu não sou novo nessa história de beijar macho, não. No período em que eu estava no alistamento militar, esse garoto, o Juan, era o meu alívio quando o fogo aparecia no meio das minhas pernas. Ele era a minha salvação.

Eu jamais poderia me esquecer da bundinha lisinha dele nem se quisesse; ele me atendia sempre que o procurava, e em troca, era o meu dever protegê-lo para que nenhum dos outros rapazes lhe fizesse nenhum mal.

Foi assim por todo o período em que estive no exército. Nunca contei a ninguém, e nem ninguém precisa saber, nem mesmo Luciano.

Quando deixei o exército, voltei para a minha cidade Natal e revi Clarinha, uma antiga namorada do colégio, e foi questão de dias para levá-la para minha cama e deixar para trás todo o meu passado no com Juan.

Mas então com a chegada do bebê, com o noivado e as responsabilidades que vieram no pacote, tive que aceitar esse emprego. Pagava bem, não tinha supervisão constante no pé, era em um lugar calmo e distante e tinha hospedagem e comida à vontade. Era tudo o que eu já estava acostumado desde os tempos de militar.
Sempre que recebia o pagamento, já que era em espécie, tratava de ir à cidade mais próxima para depositar em uma conta bancária que Clarinha tinha acesso. Isso bastaria para reformar a casa que comprei e se preparar para a chegada do nosso filho.

Eu sinto muita falta dela. Penso em nossos momentos de prazer a quase todo instante, e só de imaginar já fico tão duro que é impossível segurar o tesão e não acabar batendo bronha.

Sinto falta de tudo: do seu cheiro, do seu corpo e  especial da sua boca delicada me chupando até a última gota. É uma puta de uma saudade. Clarinha me deixa vulnerável com facilidade, basta ajoelhar e rezar.

Eu estava pensando nela quando Luciano veio conversar comigo. Ele chegou como quem não quer nada, elogiando meu trabalho,  enfatizando minhas qualidades e simplesmente de abrupto supôs que eu tinha cara de quem beijava bem.

Podem me julgar, mas cem dias são dias para caralho. Meu pau não via uma buceta a muito tempo, e isso estava me deixando estressado e ansioso, aí o cara simplesmente vem e diz que quer me beijar. Tá de sacanagem! Desse jeito não tem como o peão aguentar, não.

Está certo que não é a mesma coisa, mas a bundinha de um macho tem seu valor também. Principalmente a bunda carnuda de Luciano.

O cara é boa pinta, gente boa, charmosão, e tantas outras coisas, confesso que eu não pensaria duas vezes em aceitar. E contudo, preciso admitir que cada forma de prazer é única; pensar em domar um machão da porra como Luciano Fernandez, ter ele sobre meu controle e comer seu rabo bem gostoso me deu um tesão do caralho.

Depois disso meio que se tornou uma tarefa impossível fazer meu amiguinho baixar.

Eu estava louco para que os outros fossem dormir logo. Seria nesta noite que ia fazer Ciano gemer como uma putinha para mim, ia comer ele sem pena.

Antônio sentou-se ao meu lado.

— Diz para mim — ele acendeu outro charuto, esse cheirava melhor que o anterior. — Quem comeu quem lá dentro?

O Segredo DelesOnde histórias criam vida. Descubra agora