𝗖𝗮𝗽í𝘁𝘂𝗹𝗼 4

79 11 7
                                    

Retirei alguns livros de meu armário e os coloquei na aba aberta de minha bolsa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Retirei alguns livros de meu armário e os coloquei na aba aberta de minha bolsa.
O corredor estava bem cheio, só haviam barulhos altos de conversa e armários fechando num baque.

Esperava que eu ficasse sozinha nessa primeira aula se eu não cabulasse. Emilly ficou doente, diz ela que pegou chuva e ficou resfriada.

Mas, em nenhum dia da semana teve um pingo de água caindo do céu e sim uma festa de um primo distante dela. Ela não sabe mentir muito as vezes.
Só restou a Daara atrasada, como sempre.

Olhei para um dos últimos armários do corredor e acabei avistando o Alexandre e metade dos seus amigos que riam alto e brincavam entre eles, até meu irmão estava lá no meio. E eu não.

Confesso que um lado meu sonhava em ter diversos amigos. Rir alto pelos corredores enquanto eles andavam comigo e zuavam alto, cumprimentando outros amigos parados em seus armários. Talvez seja essa a felicidade de alguns num cotidiano "normal" e sonho de outros.
Mas eu ainda gosto de ter pouca companhia, aquelas que me entendem e riem das minhas coisas sem me zuarem.

Sai do meu momento de tensão quando o moreno me encarou e demonstrou um deboche nítido em seu rosto.

Revirei os olhos e desviei o meu olhar do dele. Me virei fechando e trancando o armário.
Ajeitei a bolsa em meu ombro e segui o corredor.

Percorri do corredor até minha sala do segundo tempo, após a educação física, deixei minha bolsa perto da de Theodore e Daara.
Ela havia chegado e eu não a vi, talvez esteja no ginásio.

Respirei fundo e sai da sala, desci as escadas do colégio e atravessei o campo até chegar no banheiro femenino.
Parei em frente ao espelho e prendi meu cabelo num rabo de cavalo. Observei a morena aparecer entrando pela porta, Daara. Abri um sorriso enquanto ela vinha me abraçar por trás.

Relaxei os ombros e a deixei abracar-me. Enlaçou meus ombros com seus braços.
– Mia! Tava te procurando, querida – Ela exclamou me balançando em seu agarre. Animada.

Soltei uma risada pela sua animação. – Eu que tava te procurando, onde estava?

Ela saiu de perto e parou ao meu lado, prendendo seu cabelo num coque alto. – Tava perambulando pela biblioteca, só fui embora por causa da bruxa! – Se agachou durante a explicação para amarrar seus tênis brancos.

– Eu acho que ela deve dormir naquela biblioteca, não é possível – Zombei e a encarei se levantar num pulo, esticando seus braços e os alongando.

– Capaz mesmo! Profissional em fazer um pesadelo ao invés de sonhos – Retrucou. Dei uma gargalhada, me virei e dirigi-me até o meu armário.

– Que aula é hoje? – Questionei, o abri e peguei um short confortável. Retirei minha calça legging e vesti o short, guardei a peça retirada.

– Sei lá... vôlei ou basquete – Respondeu pensativa, se sentou no banco de madeira que havia entre os armários.

Bufei e fechei o armário num baque. – Aqueles moleques vão ficar enchendo nosso saco se for vôlei. – Cruzei os braços e me virei em sua direção. – Qualquer hora, vai ser bola voando na cabeça daquele Alexandre.

𝗦𝗬𝗠𝗣𝗛𝗢𝗡𝗬 Onde histórias criam vida. Descubra agora