E Se Os Potter Tivessem Mais Filhos Que Os Weasley? A Saga D'os Potter [1]

Prólogo

31 de Outubro de 1981, Grodic's Hollow...

Parecia apenas mais uma simples noite de Halloween. As crianças fantasiadas andavam alegremente pelas ruas às altas horas da noite batendo de porta em porta com baldes, bolsinhas, sacolas ou qualquer outra coisa que se podia usar para carregar doces. Era uma noite úmida de ventania, as vitrines das lojas estavam cobertas de aranhas de papel, duas crianças vestidas de abóboras atravessavam a praça bamboleando, e outras tantas crianças com os rostos pintados atravessavam as ruas felizes...

Porém, havia algo errado...

Uma figura toda encapuzada deslizava assustadoramente, fazendo menos ruído do que as folhas mortas que esvoaçavam pela calçada, ao longo de uma rua mais escura em direção a um chalé onde ele emparelhou com a sebe escura e espiou por cima, através da janela da pequena sala de visitas que não tinha as cortinas fechadas ainda...

Havia um homem alto de cabelos negros e rebeldes, espetados na parte de trás, e óculos. Ele era bem jovem, tinha vinte e um anos. O nome dele era Tiago Potter. Ele estava fazendo baforadas de fumaça colorida saírem da ponta de uma varinha para divertir quatro menininhos e duas menininhas, todos de pijama. Todos tinham cabelos negros igual ao do pai, menos a última menininha que tinha cabelos acaju. Os dois que pareciam ser os mais velhos eram gêmeos, embora não idênticos, e deviam ter seus três anos; o terceiro e o quarto e as duas meninas eram quadrigêmeos e tinham um ano.

As crianças riam e tentavam pegar a fumaça, segurá-las em suas mãozinhas. Então Tiago Potter fez aparecer o número três de fumaça que brilhava multicolorido para os meninos mais velhos junto com várias faíscas que lembrava mini fogos de artifício. Hoje era aniversário de três anos dos meninos mais velhos. Todos estavam rindo felizes. Uma porta abriu e uma mulher bonita com longos cabelos acaju caídos pelo rosto e olhos verde-esmeralda entrou. Era Lílian Potter. Com uma das mãos ela empurrava um carrinho duplo de bebê, onde havia dentro um menino e uma menina que estavam dormindo a sono solto, ambos tinham cabelos castanhos e deviam ter uns dois meses de idade; e a outra mão estava agarrada a uma menininha que era outra que herdara os cabelos acaju da mãe, ela tinha uns três anos; ela junto com os dois meninos mais velhos eram trigêmeos.

A mãe caminhou até onde todos estavam e colocou o carrinho duplo de bebê ao lado do marido enquanto a menina se sentou desajeitada entre os irmãos mais velhos e lhes deu um abraço desengonçado. Lílian então tirou uma varinha do bolso e murmurou algumas palavras bem escolhidas fazendo um bolo de aniversário entrar flutuando na sala através da porta aberta; o bolo tinha o desenho em glacê de uma bolinha dourada com asas prateadas. Tiago fez o número três de fumaça se solidificar, transformandu-o em uma vela de aniversário, e pousar em cima do bolo; a vela se acendeu soltando pequenas fagulhas coloridas. Com um aceno da varinha, Lílian fez o bolo pousar na mesinha de centro e sorriu.

- Feliz aniversário, queridos! - disse Lílian docemente.

Em voz baixa, para não acordar os pequenos gêmeos que ainda dormiam no carrinho duplo de bebê, Lílian e Tiago cantaram parabéns enquanto as outras crianças batiam palmas desajeitadas com as mãozinhas fechadas. Depois as três crianças sopraram a vela tentando apagá-la, só que sem sucesso, então Tiago os ajudou soprando a vela junto com os filhos. Todos sorriram; era uma cena feliz...

Mas não por muito tempo.

Os quadrigêmeos, apesar de ainda estarem sorrindo, tinham as pálpebras caídas de sono. E eles não eram os únicos. A garotinha e os outros dois meninos também tinham as pálpebras pesadas. Lílian, percebendo isso, disse:

- Está tarde e já passou da hora de dormir - disse ela com carinho. - Amanhã vocês podem comer o bolo.

O portão rangeu um pouco do lado de fora ao ser aberto pela figura encapuzada, mas nenhum deles ouviu. A mão longa e branca da figura tirou a varinha de sob a capa e apontou-a para a porta.