O Aniversário dos Primos e a fuga da jiboia brasileira

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1991.

Quase dez anos haviam se passado desde o dia em que os Dursley acordaram e encontraram os sobrinhos no batente da porta, mas a rua dos Alfeneiros não mudara praticamente nada. O sol nascia para os mesmos jardins bem cuidados e iluminava o número quatro de bronze à porta de entrada dos Dursley; e penetrava sorrateiro a sala de estar, que continuava quase igual ao que fora na noite em que o Sr. Dursley ouvira a funesta notícia sobre as corujas. Somente as fotografias sobre o console da lareira mostravam o tempo que já passara. Dez anos antes havia uma porção de fotografias de uma coisa que parecia duas grandes bolas de brincar na praia, usando diferentes chapéus coloridos - mas Duda e Ambi Dursley não eram mais bebês; e agora as fotografias mostravam um menino e uma menina, ambos grandes e louros, nas primeiras bicicletas de corrida, no carrossel de uma feira, brincando com o computador do pai, recebendo beijos e abraços da mãe. A sala não continha nenhuma indicação de que havia outras crianças na casa.

No entanto Tomás, Dylan, Emma, Liana, Harry, Ethan, Talia, Hayley e Jhon Potter continuavam lá, no momento adormecidos, mas não por muito tempo. Sua tia Petúnia acordara e foi sua voz aguda que produziu o primeiro ruído do dia.

- Acordem! Levantem-se! Agora! Já!

Todos acordaram assustados. A tia bateu à porta outra vez.

- Acordem! - gritou. Eles a ouviram caminhar pelo hall de entrada para apanhar o correio no capacho da porta e, em seguida, ir em direção à cozinha e uma frigideira bater no fogão. Resmungando para si mesmos, eles viraram-se de costas, mudando de posição, e tentaram se lembrar do sonho em que estavam. Era um sonho muito gostoso. Havia uma motocicleta. Tinham a estranha sensação que já viram esse sonho antes. Uma rápida troca de olhares entre eles confirmou que eles haviam tido o mesmo sonho outra vez. Não era raro as vezes em que tinham os mesmos sonhos, mas, a mais ou menos um ano, isso vem se tornando mais frequente. Mas já pararam de discutir sobre isso. Como não conseguiam encontrar explicações para isso, já desistiram de tentar entender. E, de qualquer forma, o hambiente em que moravam não era o melhor lugar para falarem sobre isso.

A tia voltara à porta.

- Vocês já se levantaram? - perguntou.

- Quase - responderam Harry e Emma.

- Bem, então andem depressa, quero que Harry, Hayley e Ethan tomem conta do bacon e fritem os ovos. E não se atrevam a deixá-los queimar. Talia tem que preparar o café e Liana pode cortar as laranjas para fazer o suco. Dylan, Tomás, Jhon e Emma podem subir para arrumar os quartos. Quero tudo perfeito para o aniversário do Duda e da Ambi.

Todos gemeram em coro.

- O que foi que vocês disseram? - perguntou a tia com rispidez.

- Nada - responderam em uníssono -, nada...

O aniversário do Duda e da Ambi - como podiam ter esquecido? Eles se levantaram devagar e começaram a procurar as meias. Encontraram-nas debaixo das pequenas camas do cômodo apertado e depois de retirarem as aranhas (Ethan estremeceu), eles calçaram-nas. Todos, menos Ethan, estavam acostumados com aranhas, porque o armário sob a escada vivia cheio delas e era ali que eles dormiam.

- Não sei porque tia Petúnia ainda me manda fazer o café - resmungou Talia. - Ela sempre reclama que é horrível.

- É só para ter uma desculpa para te criticar - respondeu Ethan. - Se quiser a gente pode trocar - acrescentou indicando ele e Liana, com concordou com a cabeça. Hayley fez que sim com um aceno de cabeça e sorriu aliviada para os irmãos.

Já vestidos eles saíram para o corredor que levava à cozinha. A tia os esperava à porta parecendo ao mesmo tempo impaciente e irritada.

- Vamos, o que estão esperando? Vão! Vão! - disse ela, rispidamente. Dylan, Tomás, Jhon e Emma subiram a escada em direção aos quartos enquanto Harry, Hayley, Ethan, Talia e Liana entravam correndo na cozinha.

 E Se Os Potter Tivessem Mais Filhos Que Os Weasley? A Saga D'os Potter [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora