É como Zé Neto e Cristiano disseram em uma de suas músicas: não adianta ir contra o destino por que são duas famílias e uma cidade - onde tudo começou foi no Rio de Janeiro com duas almas Thiago e Giulia com apenas um sentimento que se chama o bendi...
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Nem sempre esse é meu estilo mas hoje está propício para o lugar onde vou; vamos em um baile de rua ou melhor, baile de favela. As meninas foram lá em casa querendo um atrito, querendo um furduncinho e todas elas sabem que a Giu aqui entrega conteúdo e entretenimento.
"A Giulia mas que baile é esse que tu vai?" Não faço nem ideia.
"Mas Giulia era pra você ter medo desses bailes de favela em morro" Eles que deveriam ter medo de mim.
"Lá da tiro hein" Nenhum deles sendo em mim, tá ótimo de resto, história pra contar.
- bora caralhoooo - Marina grita assim que descemos do carro.
Moramos bem longe daqui do baile inclusive mas viemos mesmo assim, deixamos o carro fora da favela e vamos subir com uns amigos delas; essas meninas vivem a vida bem mais que eu por que conhecem geral dessas favela, eu não conheço nem meu pai quem dirá alguém daqui.
— oi lindeza, vem sempre aqui? - um moço cheio de tatuagem, de blusa preto e uma bermuda escura.
— já me viu algum dia aqui?
— não. - menino responde.
— então pronto, já tens tua resposta!
— eita como é ignorante. - ma ri e eu apenas a olha e reviro os olhos.
Eu tô sentindo que talvez, só talvez eu pague peitinho com essa roupa por que não está segurando nada, esse tomara que caia vai acabar caindo mesmo.
Passo a mão em meu cabelo enquanto estou na garupa do moço e ajeito para que meus cabelos não fiquem alto com esse vento; esse cara não podia ir mais devagar não?
Porra esses bailes de favelas é cheios de regras né; não pode gravar tal lugar, não pode olhar muito por que dependendo de quem for tu já leva um rapadão, eu hein, posso nem julgar mais em paz não que já logo tomo um pau.
— bora subir pro camarote? Eu fechei um pra nós.
— logo tu a mão de vaca do rolê? - caio na gargalhada.
Meu grupo apocalíptico é formado assim: Mariane é a mãe do rolê por que é a mais controlada em relação a bebidas e mesmo bebada ela tem consciência de tudo pra nos ajudar; Livia quase nunca vai pois tá sempre casadinha com ficante, e quando não tá com bofe ela não vai por que é tudo muito caro e bla bla bla; Giulia, vulgo eu, sou o entretimento para elas pois tenho uma bela cara de cu pras pessoas, julgo Deus e o mundo na maior cara de pau e elas se matam rindo. mas quando o pau pega entre elas em alguém sempre sou eu a quebrar um garrafa de vidro pra ir afrontar as meninas que querem brigar com elas. __________________
- Jacaré, Rio de Janeiro.
Thiago Alves
Era tarde da noite quando ouço movimentação estranha na favela, apesar de estar tendo baile a movimentação de gente correndo não é normal em dia de festa. Levanto o corpo da cama de supetão e já coloco a roupa, procuro o meu celular e o radinho pra entrar em contato com os crias.
Barulho de foguete pra cá, barulho de arma de fogo pra lá e eu já me preparei pro combate. Coloquei o colete, peguei a pistola que fica do lado da minha cama mesmo e agora eu vou ter que ir até a boca pra pegar o fuzil.
- passa a visão. - pergunto no radinho.
- o cana tão invadido cumpade, e tem gente pra caralho do baile aqui.. tão tudo correndo pra lá e pra cá, da um apoio aqui.
- onde eles tão? Consigo ir até a boca só com o 38 sem ser atingido? -pergunto já na porta dos fundos pra sair.
- RÁPIDO!
Me agacho e vou entre carros e paredes até a boca mais próxima da minha casa, atravesso o fuzil com bandoleira nas minhas costas.
- tô na ativa - digo.
- Xandy, Edu e Jp vão até o baile tentar tirado máximo de pessoas em seguranças, nem que mandem lá pra minha casa e depois de um tempo a gente solta todo mundo. - Chefe manda o aviso no rádio. - agora o Guilherme, Th, N2 vem comigo bater de frente, tô na rua 6 próximo ao barzinho da tia Cláudia... tô nos telhados. - pt termina de dar a ordem.
Saio correndo em direção ao local quando vejo diversas minas correndo desesperadamente que nem loucas, quando me olham de fuzil e colete elas se apavoram mais ainda.
- ei ei ei, para - digo.
- moço por favor, eu só quero ir embora moço, por favor...
- pega visão, na escuta? Tem três meninas perdidas aqui no beco perto da boca 3 algum de vocês perto pra tirar eles em segurança? -pergunto no rádio.
- Mariane cala a boca e vamo embora! - uma delas diz.
- Nós aqui não quer machucar nenhuma de vocês tendeu, se acalmem e me acompanhem.. -falo na maior calmaria.
- e eu lá tenho cara de quem vai com estranhos? - morena fala.
- e lá você tem escolha? - encaro a mesma
Calou a boca, ótimo.
Tá atrasando meu corre e ainda fica falando merdinha, toma no cu.
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Notas da Autora:
Confesso que pra mim tá sendo bem legal estar de volta mas também não posso deixar de pedir encarecidamente o voto de vocês (⭐) e também o comentário (💬). Pois isso me ajuda muito a saber se vocês estão gostando, se querem mais ou querem que eu pare. Além disso me motiva um monte a escrever mais.