05 · Uma dose de adrenalina

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Nos dias que se seguiram, enquanto trabalhava lado a lado com Helena, percebi algo além da atmosfera profissional que nos envolvia

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Nos dias que se seguiram, enquanto trabalhava lado a lado com Helena, percebi algo além da atmosfera profissional que nos envolvia. Seus sorrisos gentis e sua determinação em superar desafios despertaram em mim um sentimento que eu lutava para entender.

— Helena, você poderia me ajudar com esse relatório? — Retirei o óculos e massageio as têmporas.

— Claro, estou terminando uma tarefa aqui, mas assim que acabar, te ajudo com o relatório. — Ela estava concentrada, tão linda. Eu não lembrava como isso começou, talvez na livraria ou... sei lá.

— Obrigado. Ah, e depois, que tal tomarmos um café juntos?

— Seria ótimo. Acho que estou errando uma besteira, a planilha não tá perfeita.

— Não precisa ser perfeita, — Você já basta... — Só precisa ser clara e objetiva.

— Tá bom, mas ainda seria melhor se fosse perfeita. — Ela sorriu, eu balancei a cabeça negando e rindo.

Cada momento compartilhado com Helena parecia preenchido por uma energia especial, um magnetismo que nos aproximava cada vez mais. Suas risadas ecoavam pelos corredores da empresa, fazendo meu coração palpitar de uma maneira que eu não sabia explicar.

Clara, sempre atenta às sutilezas do ambiente ao nosso redor, percebia a crescente tensão entre Helena e eu e, com um sorriso cúmplice, nos incentivava com seu apoio discreto. Era como se ela soubesse que estávamos destinados a viver algo mais do que uma simples amizade.

— Acabei aqui, ainda precisa de ajuda? — Depois de algumas semanas, ela acabou ficando na minha sala e depois disso, eu não tinha mais minha cabeça para trabalhar. Estava totalmente focado nela, no seu sorriso, seu jeito, a careta fofa que ela faz quando está pensando. Essa mulher vai ser a minha queda ou a minha salvação.

— Não, já resolvi. Vamos? — Ela sorriu concordando.

— Vocês dois formam uma bela dupla, não acham? — Clara aparece como um furacão, do nada e destruindo tudo.

— Não sei do que está falando, pirralha.

— Cala a boca e admite que você é um idiota apaixonado.

— Ah, Clara, somos apenas colegas de trabalho. — Disse sem graça. Ok, uma facada doeria menos. Eu admito, não em voz alta, eu sou um idiota apaixonado por essa mulher.

— Se vocês dizem... Mas eu vi aquele olhar durante a reunião. Não precisam se preocupar, seu segredo está seguro comigo. — Sorri travessa

Helena se tornou não apenas minha colega de trabalho, mas alguém com quem eu compartilhava meus pensamentos mais íntimos, meus sonhos mais profundos. Sua presença era reconfortante, seu sorriso, cativante, e eu me via cada vez mais envolvido por sua companhia.

— Pare de falar besteira, a gente está saindo. Cuidado com o gato. — Sim, nós adotamos o gato, infelizmente, Helena implorou para ele ficar e minha tia autorizou essa palhaçada.

Assim que saímos, eu respirei. Odeio esse lugar.
Caminhamos um ao lado do outro, até chegarmos em uma pequena lanchonete. Aqui não tem tantas opções.

— Bom dia, Leide! Tudo bem, nega? — aqui todos se conhecem, ela sempre muda o sotaque quando está lá. Porra. Ele é lindo.

A mulher respondeu, caminhamos até a mesa e depois pedimos. Eu pedi um café preto e ela pediu um suco de maracujá que acompanha uma fatia de bolo de cenoura. Ela me encarava como se lesse meus pensamentos.

— O que foi? &continuou encarando. — Parece que eu errei o desenho da barba. — Ri.

— Você tá bem? — Questionou franzindo as sobrancelhas.

— Como?

— Você está bem? Parece cansado.

— Pareço? — Ela balança a cabeça afirmando. — Talvez eu esteja um pouco cansado, mas é normal. Você se acostuma com essa cara. - descruzo os braços e deixo em cima da mesa.

— Você pode desabafar comigo, sempre que quiser... — segurou minhas mãos. — Eu tô aqui para tudo que você precisar. Tá bom?

Eu pensei que era impossível me apaixonar mais, mas ela me mostrou que era possível. Que tudo era possível. Cacete, eu só conheço ela a um mês... que feitiço foi esse?

— Helena... Eu, — Fui cortado pela garçonete que trouxe nosso pedidos.

— Obrigada amore, o que tu disse? — Sorriu e voltou seu olhar a mim.

— Nada. — olho para mesa. — Como você consegue consumir tanto açúcar nesse horário? — Tomei um gole no café.

— Conseguindo senhor 'maromba'. Eu amo essa torta, não sou refém do café. — debochou

— Me perdoe, vossa alteza. — Ela riu alto

— Já te disseram que seu sorriso é lindo? — Ela parou de rir e me olhou sem reação.

— Não... o aparelho deixa ele estranho. —Suspirou.

— Seu sorriso é lindo.

— Por que está dizendo isso?

— É a realidade, querida.

— Nossa, parece que você saiu de uma fantasia. — Riu e logo abaixou o olhar.

— Como? Se a princesa é você? — Puta que pariu.

— O que tinha nesse café? — Ela me olhou incrédula.

— Cafeína, açúcar e uma dose de atitude. — O que? Olhei para trás e fechei a cara.

— O que você tá fazendo aqui Clara, não era para você está cuidando do gato?

— O Betinho tá bem, cara. Agora vocês estão melhor ainda né. — Ela olhou para mesa. — Posso pegar um pouco? — Apontou para a fatia e perguntou a Helena, que concordou.

— Você é intrometida, só chega na hora errada.

— Também te amo irmãozinho. — Ela fez um coração com as mãos. — E eu vim chamar você, a tia quer falar contigo urgentemente. Tipo, agora.

— Que droga você fez dessa vez?

— Que droga você fez dessa vez?

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