Lucas e Helena se encontraram em uma livraria antiga, onde uma conversa casual se transformou em uma conexão apaixonada. Porém, Lucas não sabia que Helena trabalhava na empresa de seu tio. Enquanto o romance entre eles se fortalecia, a revelação do...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu saí do quarto com o coração ainda acelerado pela discussão que presenciei entre Lucas e Agatha. Aquela rapariga me dá nos nervos. O corredor estava mergulhado na escuridão, exceto pela luz suave que escapava por baixo da porta da cozinha. Com sede, caminhei em direção à fonte de luz, meus passos eram quase silenciosos sobre o chão frio da mansão. Mas, à medida que me aproximava, comecei a ouvir vozes.
Parei no meio do corredor. Meu coração voltou a bater mais forte, dessa vez não de raiva, mas de curiosidade misturada com medo. As vozes que vinham da cozinha estavam abafadas, mas consegui distinguir algumas palavras.
- ...tem que ser agora. Se atrasarmos, o esquema cai, e ninguém vai nos tirar do buraco. Já fizemos os acordos necessários.
A voz grave e ameaçadora me fez estremecer. Reconheci imediatamente: era o pai de Lucas. Seu tom não deixava dúvidas de que estava envolvido em algo muito sujo. A menção a um esquema criminoso fez meu estômago se revirar.
Mas foi a resposta que veio a seguir que me deixou paralisada.
- Já está tudo preparado. A pirâmide vai cair para eles, mas nós vamos lucrar antes que percebam. Não haverá falhas desta vez.
Eu me aproximei mais, espiando pela fresta da porta. E foi então que o vi: um homem alto, com uma postura imponente. Algo nele me parecia estranhamente familiar. Quando seus olhos se encontraram com os meus, senti o mundo ao meu redor parar. Não podia ser. Aquele homem... eu já o havia visto antes. Mas como? Meu pai estava morto. Isso era o que sempre acreditei.
Ele ergueu as sobrancelhas, percebendo minha presença. Meus olhos se arregalaram, meu corpo inteiro tremia. Antes que ele pudesse reagir, eu dei meia-volta e corri de volta para o quarto. Minhas mãos tremiam tanto quando fechei a porta que achei que não conseguiria. Meu peito arfava, tentando controlar o pânico.
- Meu amor, tá tudo bem? - Lucas perguntou, preocupado.
- Sim... tá tudo bem - respondi, tentando mascarar o desespero na minha voz. Mas, na verdade, estava longe de estar tudo bem. O que eu acabara de ver e ouvir mudou tudo.
Passei o resto da noite acordada, minha mente em um turbilhão. Meu pai estava vivo. E ele estava envolvido em um esquema criminoso junto com o pai de Lucas. Como isso era possível? E, o mais importante, por que ele havia me abandonado e nunca voltado?
Na manhã seguinte, desci para o café da manhã, tentando agir naturalmente. O pai de Lucas já estava lá, e ao seu lado, o homem que eu tinha visto na noite anterior. Ele parecia diferente à luz do dia, mas ainda assim... era ele. O meu pai.
- Lucas, quero te apresentar um grande amigo, o Joaquim. Ele tem sido um parceiro de negócios muito importante para a nossa família - disse o pai de Lucas, com um sorriso confiante.
