04 · Querida...?

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- Desde quando eu sou famosa?

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- Desde quando eu sou famosa?

- Desde do dia que esse cão te encontrou em uma livraria, biblioteca... Sei lá. Só sei que ele não parou de falar de você por um minuto se quer. - Ela fez carinho no gato novamente - Ele já comeu?

- Não... - Foi a única coisa que saiu da minha boca, ele falou de mim... O tempo todo?

- Cacete Clara, não te conto mais nada da minha vida, vai ser fofoqueira longe. - Ele revirou os olhos

- Ai, desculpa! Eu não sabia que era segredo. - Ela riu e eu forcei uma tosse.

- Ah, sim. Clara, você tem alguma roupa para emprestar a Helena? - Ela concordou e foi até o pequeno banheiro.

- Não precisa, essa já está quase seca! - Esse não foi o propósito da tosse.

- Claro que precisa, você não pode ficar molhada no seu primeiro dia no trabalho. - Ele não olhava mais nos meus olhos, parecia envergonhado.

- Você também está molhado.

- Ah, verdade... - ele riu meio sem graça e tirou a camisa dele, na minha frente e meu Deus que homem. Seus músculos são bem definidos, mas não muito, seu tanquinho é lindo... Já até me imagino lavando roupa nele. O que?! Meu Deus, perdão. Ele percebeu que eu estava encarando seu abdômen maravilhoso e ficou envergonhado, posso até dizer que vi ele corar um pouco. - Me desculpe, não deveria ter trocado de roupa aqui.

- Helena, eu não sei se vai caber em você... Já estão nesse nível de relacionamento? Nossa Lucas, eu pensei que você era tímido. - Clara tinha voltado com a roupa e Lucas ainda estava sem camisa e eu estava encarando ele.

- Não é isso que você está pensando! - falamos juntos e ela riu muito alto.

- Então tá bom, vou deixar a roupa e vocês terminaram isso aí. - Ela deixa a roupa na cadeira e sai com o gatinho. - Eu tô no meu intervalo, vou comprar alguma coisinha para ele e tem reunião com o velho em 20 minutos. - Ela sai e fecha a porta.

- Quem é esse "velho"?

- Meu tio, ele é bem boa... - pegou uma camisa na mesa e veste. - É só não pisar no sapato dele.

- Como assim?

- Não se preocupe, você vai se sair bem. - Sorriu humorado.

- Eu vou participar da reunião?! Não... Eu não posso. - Me afastei um pouco.

- Está tudo bem querida, não precisa se preocupar. Eu que vou falar... Você só precisa estar lá. - Mesmo assim, eu não conheço ninguém lá... Mas qualquer coisa... Espera, querida?

- Querida...?

- Desculpe, saiu no automático. - Ele coçou a nuca - Você se incomoda em ser chamada assim? - Meu. Deus. Do. Céu... tem como melhorar?

- Não...? - perguntei como quase uma afirmação.

- Ótimo! Vamos subir por que se eu me atrasar o velho me mata. - Riu e eu fiquei sem reação.

Entramos na sala de reunião, o clima estava tenso, as pessoas estavam sentadas em uma mesa enorme, aparentemente só faltava nós dois, todos os olhares foram voltamos para a porta, eu só faltei cavar um buraco, enterrar a minha cabeça e viver um avestruz... A gente nem demorou tanto.

- Angelo, por que demorou? Sabe que eu odeio atrasos. - Um senhor de terno, sentado na ponta da mesa com uma carranca horrorosa.

- Me desculpe senhor, eu estava mostrando empresa para ela. - Não sei quando eu me escondi atrás dele, mas só percebi quando ele se afastou um pouco para o lado e mostrando a minha cara de biscoito amassado.

- Ah... É um prazer conhecê-los, vou fazer de tudo para ser útil aqui. - Sorrio sem graça.

- É claro, foi para isso que foi contratada. - O tal do Henrique é meio diferente, puxa saco do chefe.

- Pois é Henrique, você não faz isso né? - O homem ao meu lado cuspiu as palavras.

- Que presepada, se sente logo. - A mulher do lado do "velho". Fomos até às cadeiras vazias e nos sentamos. - Como é seu nome, minha flor? - Ela sorriu simpática e o velho resmungou, não sei se é correto chamá-lo disso. - Deixe disso homem! Ela é nova aqui, não está vendo que ela está nervosa?

- Sou Helena Anjos, senhora.

- Não precisa de vergonha não, viu? Eu sou Cecília, esse é o meu marido Saulo e creio que já conhece meu filho Henrique, me perdoe por ele... Às vezes ele esquece que precisa ser educado. - encara o filho com raiva, mas logo sua expressão se desfaz e seu rosto fica sereno novamente. - Acredito que que já conheceu a Clara, ela e o Angelo são meus sobrinhos. Espero que você se adapte bem e seja muito bem vinda.

- Muito obrigada, senhora... Será um prazer trabalhar com vocês. - Sorrio.

 - Sorrio

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