Meu Melhor Desejo - Parte 2

Um Novo Amanhecer

Taehyung

Eu cheguei a conclusão de que só poderia ter um futuro depois de uma conversa definitiva com Alison. Planejei finalizar esse viagem de trabalho e procurá-la para finalmente tentar uma nova vida. Deixando de uma vez o passado para trás.

Encontrá-la no meio do caminho foi uma surpresa, e por mais que desejasse muito isso, não era dessa forma que as coisas deveriam ser. Às vezes me pergunto se o destino sabe realmente o que faz.

— Tudo bem, você já pode me soltar, eu consigo ficar de pé sozinha. — a voz dela estava lenta e enrolada. Era óbvio que estava embriagada.

— Não tenho muita certeza disso. — ela bateu a mão na placa de aço do elevador ao tentar alcançar a barra lateral de apoio.

— Está tentando se aproveitar de mim nesse estado? — foi enfática e tentou me jogar um olhar duro, mas seus olhos caídos não me gerou a sensação que ela queria.

— Eu não sou esse tipo de homem. — não sei porque ainda estou dando corda para falar de assuntos sérios quando ela visivelmente não está apta para isso.

— Você é um mentiroso. Pode muito bem mentir pra mim agora e dissimular seu verdadeiro interesse. — eu tive que me conter em um riso discreto para não rir descaradamente na cara dela.

  — Qual é a graça disso? — eu a segurei firme pela cintura, colocando-a contra a lateral do elevador. Surpresa, ela arregalou os olhos, fixando-os nos meus e engoliu em seco.

— Eu nunca precisei ser esse tipo de homem para ter uma mulher na minha cama quando quisesse, e você sabe muito bem disso. Eu prefiro elas sóbrias, extremamente conscientes para implorar por um alívio no prazer contido. — me afastei abruptamente e ela se apoiou com as duas mãos na barra. — Então não use sua embriaguez como desculpa para me insultar desse jeito.

Eu aceito de bom grado que ela me considere um mentiroso, cretino, canalha e manipulador. Mas insinuar que eu me aproveitaria do estado atual dela para cometer um abuso, já é demais para aguentar calado.

Ficamos em silêncio, ela não disse mais uma única palavra. Evitei olhar para ela, não queria lhe dar margem para começar a falar qualquer outro tipo de bobagem.

Ainda assim, indiretamente, percebi o quanto suas pernas estavam moles, pois mal conseguia ficar de pé sobre os saltos que usava.

Não entendo porque ela está usando saltos tão altos se pretendia beber desse jeito. Isso é muito irracional.

Assim que as portas abriram, ela deu um passo para sair, mas estava bem difícil.

— Minha nossa! — assim que ela se virou para mim, provavelmente me diria alguma coisa, mas eu não lhe dei tempo para mais falatório, peguei-a no colo.

— O que está fazendo? — talvez com medo que eu a deixasse cair, envolveu firmemente seus braços em meu pescoço.

Assim que saímos do elevador, levantei uma das pernas, pressionei meu joelho na parede e soltei o peso das pernas dela sobre a minha, mantendo-a firme com o outro braço em suas costas, enquanto tirava cada um de seus sapatos, segurando-os pelo salto ao pegá-la novamente nos braços e seguir pelo corredor.

— Eu não preciso que você me carregue.

— Não se sinta tão especial, você não é a primeira mulher embriagada que carrego nos braços apenas com a intenção de evitar uma situação ainda mais constrangedora.

Percebi ela abrir a boca para dizer algo, mas não disse nada. Tenho certeza de que ela pensou sobre o que eu disse.

Eu pensei sobre isso também. Lembrei de um evento beneficente em que fui com a Melanie. O tema mexicano deixou muitos convidados animados. Posso dizer que animados até demais, já que as bebidas não eram de comum apreciação deles.