Efeito Taehyung

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Alison

— Você parece bem, filha. — minha mãe me olhou com carinho quando lhe entreguei um prato que tinha acabado de lavar.

— Eu estou bem, mãe. — sorri afetuosa.

— Quem te vê assim, nem imagina tudo o que tem passado ultimamente. — ela secou o prato e guardou no armário.

— As coisas não estão sendo fáceis de lidar, mas há momentos em que nossa cabeça merece um pouco de paz. — finalizei a pia e ela me entregou o pano de prato para secar as mãos.

— Você é forte, por isso consegue sempre achar uma maneira de lidar com tudo do jeito mais suave possível.

— O Harold não aceitou bem o pedido de divórcio, creio que ele tenha pensado que eu não falava sério quando disse que iria pedir o divórcio.

— Isso é porque ele a ama, Ali, não vai desistir tão fácil. — ela fechou os armários e pendurou o pano de prato úmido.

— Pelo visto teremos uma longa jornada pela frente, porque eu não vou mudar de ideia. Já estou decidida.

— Entendo. — ela para e me observa por alguns instantes. — Bem, não vamos ficar falando disso agora. — ela se aproxima de mim e mexe em meus cabelos, alinhando os fios rebeldes. — Que tal fazermos algo melhor do que falar do passado? — um sorriso suave se fez em seu rosto.

— Eu gosto da ideia.

— Ótimo! — ela beija a minha testa. — Então pegue a sua bolsa, vamos sair em alguns minutos.

— Quais são seus planos, Sra Pines? — encaro-a desconfiada.

— Bom, sua vida está iniciando um novo ciclo, então vamos tirar o luto do seu guarda-roupas. Ainda mais agora, que é uma mulher "solteira".

— Mãe....?

— Vamos lá, Alison, não quero chegar em casa tarde e seu pai ficar me perturbando com a conversa de que lhe tirei o direto de passar o tempo com sua filhinha. — eu ri. Meus pais, mesmo depois de anos casados, ainda têm o mesmo humor e companheirismo de sempre. É isso que me faz ser forte e não perder a esperança de que o amor da minha vida ainda esteja lá fora, me esperando em algum lugar.

Fomos ao shopping e minha mãe entrou em cada loja que viu pela frente. Escolhia para mim roupas em tons claros e vividos.

Nos últimos anos meu guarda-roupas foi tomado por cores mais sóbrias e escuras. Eu achava que isso passava uma presença mais séria e confiante. Principalmente quando eu tinha alguma reunião com a editora ou compromissos com o Harold.

Apesar do meu gosto por vestidos não ter mudado nada com o passar dos anos, ela insistiu que eu escolhesse mais peças diversificadas. Mesmo que eu optasse por saias.

Parei junto a uma arara de uma loja e apreciei alguns vestidos com estampas florais e cores suaves. Eu gostava do estilo solto e leve, combinaria muito com a primavera, para um passeio no parque ou uma tarde em alguma praia mundo afora.

— Eu gosto deste. — minha mãe pegou um cabide com um vestido azul claro com estampas de margaridas.

— Se parece muito com um que eu tinha.

— Eu sei. — ela tirou o vestido do cabide e colocou diante do meu corpo. — Ele combina com você e com a cor dos seus olhos.

— Amo o jeito como você conhece os meus gostos, mãe.

— Você é uma mulher de sorte por ter uma mãe como eu. — ri incrédula. — Nem todos os filhos têm uma conexão como nós temos.

— E eu adoro isso.

Meu Melhor Desejo - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora