07. A Face por Trás da Máscara.

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Vincent' s point of view.

Enquanto a luz da manhã começava a penetrar pelas cortinas da cozinha, eu estava ocupado preparando o café da manhã. O aroma delicioso do café fresco permeava o ar, misturando-se com o cheiro reconfortante de torradas acabadas de fazer.

Assim que mexia os ovos na frigideira, ouvi passos rápidos se aproximando. Sem tirar os olhos do fogão, chamei casualmente:

— Acordou, dorminhoca?

Uma risada suave respondeu, acompanhada pelo som de uma cadeira sendo puxada para a mesa. Rapidamente, coloquei os ovos em um prato e despejei o café em duas xícaras. Quando minha convidada se sentou à mesa, finalmente permiti-me olhar para ela.

— Estou fazendo waffles para nós dois. Você quer um com formato de rosto?

— Sim, por favor! Com olhinhos e um sorriso?

— Claro que sim. - respondi, pegando uma forma especial de waffle e despejando a massa nela.  — Vou fazer o waffle mais bonito do mundo para a minha princesa.

Ela riu e se aproximou para observar enquanto eu preparava os waffles. Celeste era a única família que eu tenho, e não havia nada que eu não faria por ela. Minha irmã caçula, a única pessoa em quem eu confiava com todos os meus segredos. Coloquei um pouco de mel no waffle, como ela sempre gostava.

Enquanto terminava de preparar o café da manhã, senti uma mão pequena segurar a minha. Olhei para baixo e vi os olhos brilhantes de Luna, cheios de alegria e admiração.

— O que foi, pequena? perguntei, sorrindo para ela esperando a sua resposta.

Ela segurava um pedaço de papel dobrado e o estendeu para mim com um sorriso radiante.  — Eu fiz um desenho para nós dois. - disse ela animadamente.

Peguei o desenho e desdobrei cuidadosamente. Era uma representação colorida de nós dois, comigo segurando sua mão enquanto caminhávamos sob um céu azul. Um calor reconfortante se espalhou pelo meu peito ao ver o cuidado e o amor que ela colocou naquela pequena obra de arte.

— Isso é incrível, Cele. - murmurei, abraçando-a com carinho.  — Você é uma artista talentosa, assim como a mamãe.

Ela sorriu amplamente, seus olhos brilhando com a aprovação. Era momentos como esse que me faziam perceber o quão sortudo eu era por tê-la como minha irmã.

— O que acha de assistirmos a algum filme agora, minha linda? Enquanto tomamos o nosso café da manhã? - sugeri, sorrindo para ela esperando a sua resposta.

— Sim, sim! Podemos assistir aquele filme de princesas que você me prometeu? - respondeu ela, animada.  — O seu pedido é uma ordem!"

Aprovando a sua escolha, com cuidado, a peguei nos braços, deixando-me envolver pelo som de sua risada contagiante enquanto a erguia delicadamente, a jogando duas vezes para o alto.

O eco alegre de seus risos preenchia o ambiente, trazendo uma sensação de leveza e alegria à nossa casa. Com o fogão desligado e os pratos firmemente em mãos, seguimos em direção ao conforto do sofá, onde nos entregamos a algumas brincadeiras descontraídas antes de nos acomodarmos.

Caminhando pelo corredor, pude ouvir o som suave dos passos dela ecoando atrás de mim, cada passo era um lembrete gentil da responsabilidade que eu tinha, não apenas como irmão, mas como a única figura paterna que ela conhecia.

Depois de nos acomodarmos no sofá, coloquei o prato com os waffles em uma mesinha de centro ao nosso alcance. Enquanto ela saboreava cada mordida, peguei o controle remoto e comecei a procurar o filme que ela tanto desejava assistir.

TCeleste enquanto a tela da TV ganhava vida com as imagens coloridas do filme das princesas. Ela se aproximou mais de mim e me abraçou, deitando a cabeça sobre meu peito e contornando o braço em volta de mim. Levei minhas mãos até seu cabelo e comecei a acariciá-la suavemente, meu peito se enchia de orgulho e felicidade por poder proporcionar momentos assim para ela e especialmente para mim, os dias ultimamente haviam sido bastante estressantes e nada melhor do que ficar com alguém que ama ao seu lado.

[...] Uma hora depois..

No mesmo minuto que o filme acaba, Celeste boceja de sono e olha para mim. — Vinnie, você pode contar uma história pra eu dormir?

— Claro que sim, meu anjo. - respondi com um sorriso gentil, acariciando sua cabeça carinhosamente. — Que tipo de história você gostaria de ouvir hoje à noite?

Os olhos de Celeste brilharam de excitação enquanto ela pensava por um momento. — Quero uma história sobre uma princesa corajosa que salva o reino dos monstros!

— Uma escolha excelente! - eu disse, concordando com entusiasmo. — Então, era uma vez, em um reino distante, havia uma princesa chamada...

E assim começou nossa história de aventura e coragem, com Celeste embalada pela narrativa enquanto eu tecia uma história de princesas valentes, batalhas épicas e heróis destemidos. Enquanto eu falava, seus olhos começaram a se fechar lentamente, os suspiros suaves indicando que o sono estava chegando.

Quando terminei a história, Celeste já estava praticamente adormecida em meus braços. Com um sorriso suave, ajeitei-a com cuidado, cobrindo-a com um cobertor macio antes de dar-lhe um beijo suave na testa.

— Boa noite, minha pequena. — murmurei baixinho, observando-a dormir serenamente antes de apagar as luzes e sair do quarto, deixando-a nos braços de Morfeu.

Embora eu possa ser duro e lidar com coisas brutais, quando se trata da minha garota, eu tenho um sistema completamente diferente. Mesmo nos momentos mais sombrios, estou disposto a fazer o que for preciso para garantir o melhor para ela. Não quero que Celeste passe pelo menos que eu passei. Darei a vida que ela merece.

Corrida Contra o Destino.  - Vincent Torrance. Onde histórias criam vida. Descubra agora