Capítulo 6

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TRAVIS KELCE POINT OF VIEW

O resto da manhã e a tarde passaram rápido à medida que tive que resolver algumas inúmeras coisas, e quando percebi que o pôr do sol já estava quase visível no céu sem muitas nuvens, interrompi meus afazeres e chamei Annie para entrar.

Ela estava brincando no jardim que ficava na parte de trás da nossa casa, correndo de um lado para o outro enquanto segurava uma espada de plástico, vestia uma capa verde que esvoaçava com o vento, e usava uma tiara de princesa presa de uma maneira meio torta no topo de seus cabelos.

— Ann! – chamei, e ela interrompeu sua corrida e olhou para mim. — Vem, já vai escurecer.

Minha filha veio saltitando até mim, pegando minha mão que eu havia estendido em sua direção. Ajeitei a tiara antes que se desprendesse e caísse no chão, ouvindo a pergunta que me fez a seguir.

— Papai, o que foi que a Taylor respondeu?

Um alerta surgiu em minha mente em resposta às palavras de Annie. A última vez que eu havia chegado o celular foi, provavelmente, há meia hora, e Taylor não tinha respondido, sequer visualizado, a mensagem que enviei a ela de manhã.

— Nós vamos ver agora, já que não tive como dar uma olhada no celular antes. – Annie sorriu e acenou positivamente com a cabeça.

Quando abri a porta de casa, minha filha correu até seu quarto para guardar alguns de seus brinquedos, enquanto eu peguei o celular em cima da bancada da cozinha e me deparei com a mesma situação.

— Papai? O que foi que ela disse?

Encarei Annie por alguns segundos, analisando bem o que eu iria fazer em seguida. Olhei para a tela do celular novamente e chequei o horário. Cinco e três da tarde. No entanto, já era final de outono e o inverno estava prestes a começar, o que fazia com que anoitecesse relativamente mais cedo.

— Filha, vai se trocar – falei, e assisti seu rosto se iluminar, e ela correr de volta para o quarto.

Poucos minutos depois, Annie e eu estávamos andando pelo caminho entre as árvores, as luzes da pequena cidade brilhando ao longe. Eu segurava uma lanterna na mão, e Ann caminhava de um jeito engraçado ao meu lado. Bem, caminhar não era a palavra correta, já que em vez de passos, ela parecia estar pulando amarelinha na trilha.

— Chegamos! – ela disse assim que avistou o chalé perto, e começou a correr em direção a ele. — Taylor? – Minha filha chamou, com o rosto pressionado contra uma das janelas. — Papai, será que ela não sabe acender a luz?

Observei os arredores, e então me aproximei um pouco mais da janela em que Annie olhava anteriormente, já que agora ela havia corrido para a porta estava prestes a bater.

— Annie... Eu acho que ela não está aqui.

— Onde é que ela tá, então?

É, eu também queria saber. A não ser que ela foi embora... e não quis se despedir.

— Tem alguma coisa piscando ali dentro. – Ouvi minha filha dizer, com o rosto próximo a janela de novo.

Em cima da pequena mesa em frente à lareira, um aparelho retangular que depois percebi ser o celular de Taylor, estava com a tela acesa, e alguém estava ligando para ele.

Calma... ela pode estar dormindo...

...mas, por via das dúvidas, é melhor ter certeza.

Eu tinha uma chave extra para o caso de alguma emergência, mas nunca tinha utilizado antes, e não sabia muito bem por quê eu iria utilizá-la agora. Quer dizer, aquilo não era bem uma emergência, mas também não era uma situação comum.

Just Like, Magic | TayvisOnde histórias criam vida. Descubra agora