Just Like, Magic | Tayvis

Capítulo 10

AUTHOR'S POINT OF VIEW

Depois que Annie havia ido passar alguns dias com os tios mais cedo naquele dia, Taylor continuava na casa de Travis. Ela não havia mencionado em voltar ao chalé, e tinha a impressão de que o homem não iria ficar muito empolgado com a ideia de deixá-la passar a noite lá.

Mas, de qualquer forma, os dois tinham coisas muito melhores e mais vantajosas que podiam fazer juntos — coisas que a cantora estava ansiando desde em que o viu pela primeira vez.

— Fala pra mim. — O homem falou com aquela sua voz grave e rouca que a levava à completa loucura. — Bem baixinho, só para mim... — Os dentes dele se prenderam ao redor do lábio inferior da cantora, mordendo o pedaço de carne quase a ponto de tirar sangue. — O que é que você quer.

A cantora não fazia a menor ideia de como ainda estava conseguindo se manter de pé com tudo o que Travis sussurrava para ela. Talvez porque ele cada vez mais a pressionava contra a parede de sua casa, o que fazia com que certa parte dele chegasse mais e mais perto para que Taylor conseguisse senti-la pressionando contra ela, mesmo com roupas as separando.

Ela se lembrava de quando o conheceu — de quando havia saído do banheiro, vestindo apenas uma toalha de banho, e deu de cara com o homem e a filha do outro lado da porta. E com certeza se lembrava de quando, ao se apresentarem, ele havia estendido a sua mão enorme que, ao apertar a dela, fez com que pensamentos impróprios surgissem em sua mente em questão de segundos.

Talvez ela se arrependesse um pouco de já estar vestida quando isso aconteceu. Mas só talvez...

A cantora não o respondeu. Não em palavras, pelo menos. Em vez de usá-las, ela gemeu longa e sensualmente da maneira que ele queria, sem conseguir mais conter o desejo por aquele homem que a consumia e que não era parecido com nada que ela havia sentido antes.

— Porra, Taylor. — Ela nunca o tinha ouvido xingar daquela maneira antes, provavelmente por conta da filha, e o conhecimento de que ele reservava toda a conversa suja e os palavrões para o sexo a excitou mais do que deveria. — Você vai me enlouquecer. — Suspirando, ele encostou suas testas enquanto, com os olhos bem abertos e presos aos dela, desceu suas grandes mãos pela lateral do corpo de Taylor.

Elas passaram pelas curvas de sua cintura, então por seus quadris, até mudarem a direção para um pouco mais para a parte de trás de seu corpo e bem mais para baixo... Até que as duas palmas calejadas repousaram em cima de cada lado das nádegas dela e os dedos igualmente calejados as apertaram logo em seguida, e dessa vez o gemido que saiu dos lábios de Taylor não foi nada baixo, e sorte a deles em estarem sozinhos em casa, porque se houvesse mais alguém ali com certeza teria escutado.

— Sabe, me lembrei de uma coisa... — A cantora falou baixinho para ele, o encarando através dos cílios. — Você nunca me mostrou o seu quarto.

Travis entendeu o pedido nem um pouco discreto por trás da observação de Taylor, e não conseguiu se impedir de sorrir. Ele a beijou novamente, suas línguas dançando juntas lentamente, mas sabia que não conseguiria passar mais um minuto sequer sem levar aquela mulher até o seu quarto e jogá-la na sua cama. Os pequenos gemidos constantes que ela deixava escapar em meio aos beijos eram demais para ele.

Então, o homem a segurou pela parte de trás das coxas e a ergueu em seu colo, caminhando em direção ao seu quarto com a mulher mais linda do mundo nos braços.

Ao chegarem ao cômodo, suas roupas começaram a sumir como um passe de mágica, tamanha a rapidez em que os dois começaram a se despir. Ou melhor, que Travis — não conseguindo se manter muito tempo com as suas mãos longe da mulher — começou a tirar as peças de roupa que a cantora vestia uma por uma, cada nova parte do corpo dela revelada aos olhos dele o fazendo ansiar cada vez mais por ela — que não sentia nada diferente.

— Travis... — Ela começou, segurando o rosto dele com as duas mãos, ao mesmo tempo em que caminhava na direção da cama, consequentemente o empurrando no processo. — Pode me fazer um favor?

O homem assentiu, completamente hipnotizado ao observar Taylor se sentar sobre ele, com uma perna em cada lado de sua cintura. Ela ainda não estava completamente nua, já que suas roupas íntimas ainda moldavam suas belas curvas, e Travis, por sua vez, apenas havia se despido da camisa.

— Qualquer coisa. O que você quiser, amor. — A resposta foi acompanhada de beijos e chupões no pescoço imaculado dela, que, por Deus, estava implorando para que deixassem marcas no dia seguinte.

— Podemos pular as preliminares e deixá-las para outra hora? — O pedido saiu de seus lábios em forma de desespero, assim como foi o avanço do homem na direção dela.

A partir daí, tudo pareceu acontecer ao mesmo tempo: a boca dele voltando para junto da dela, seus dedos ágeis desprendendo o sutiã e puxando sua calcinha, e os dela desajeitadamente abrindo o cinto e desabotoando sua calça com pressa. Ela arfou ao ver a ereção imponente dele, e contraiu seu próprio interior em antecipação, sendo pega de surpresa pelos lábios dele se fecharem em torno de um de seus mamilos sem aviso prévio, enquanto os dedos dele começaram a brincar com o outro, a força delicada dos apertos e os arranhões suaves dos calos quase a matando de tanto prazer.

— Chega, Travis, por favor, só me fode logo... — Ele quase não acreditou que aquilo tinha realmente saído da boca dela, mas definitivamente tinha sido excitante pra caralho.

Firmando as duas mãos na cintura dela, ele a ergueu um pouco para poder posicioná-la mais para trás de forma que aquilo pudesse funcionar, mas de repente foi interrompido pela voz de Taylor.

— Eu... Confio em você. — As mãos dela buscaram apoio em seu peito enquanto o aperto dos dedos dele guiando seu corpo eram a única coisa que os impedia de se perderem um no outro.

Ele entendeu o que ela quis dizer, mas precisava ter certeza. — Tudo bem. Tem certeza? — Seu autocontrole nunca havia enfrentado prova de resistência maior do que aquela.

Travis estava supondo que Taylor fizesse uso de algum método contraceptivo, porque a mulher assentiu antes de se abaixar, beijá-lo e então se deixar recebê-lo completamente com a ajuda de suas mãos firmes a impulsionando para baixo.

Ela não fazia ideia de quanto dele faltava e muito menos de quando havia entrado, mas quando sentiu uma pressão maior do que a que estava acostumada, fechou os olhos com força e o pediu para que parasse.

— Meu Deus, espera. — Ela suspirou, ficando completamente imóvel sobre ele.

— Está tudo bem? — Ele perguntou, sem fôlego como se tivesse acabado de correr uma maratona. — Puta merda... — Tombou a cabeça para trás no travesseiro.

Quando teve a coragem de olhar para baixo e ver que não faltava muito, a cantora se moveu lentamente e Travis voltou a acompanhá-la. Não demorou muito para que ele estivesse completamente enterrado dentro dela, saboreando os gemidos que ela deixava escapar.

O desejo acumulado os incendiou por completo, até que os quadris de Taylor começaram a balançar para frente e para trás, guiados pelos dedos dele que a marcavam com possessividade. Ela loucura o quanto aquele homem a fazia sentir tudo ao extremo, e mais loucura ainda o quanto ela amava aquilo.

Ao sentir o interior dela o apertar impossivelmente mais, ele soube que ela estava prestes a atingir o ápice do prazer, e começou a impulsionar seus próprios quadris para cima, a fazendo gritar a cada estocada. — Isso, querida.

O som da voz dele a fez explodir à sua volta, e em seguida ele mesmo não conseguiu mais se segurar, atingindo o clímax junto com ela.

Os dois permaneceram abraçados na cama por longos minutos, compartilhando toques carinhosos e tentando entender — cada um, em silêncio e em pensamentos guardados bem no fundo de suas mentes — o que aquilo significava. O que os sentimentos que eles haviam nutrido um pelo outro, e Taylor, até mesmo pela filha de Travis, Annie, significavam.

Se eles realmente decidissem ficar juntos, haveriam dificuldades.

Mas, por Deus, ela estava disposta a enfrentar todas elas — e iria descobrir em breve que o homem que a abraçava naquele exato instante também sentia o mesmo.