III.O início do meu fim

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Melanie "ACABADA" Ivens Narrando:

❝𝘌𝘶 𝘢𝘤𝘩𝘦𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘱𝘦𝘳𝘪𝘨𝘰 𝘴ó 𝘱𝘰𝘥𝘪𝘢 𝘢𝘵𝘢𝘤𝘢𝘳 𝘢 𝘨𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘢 𝘨𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘦𝘴𝘵á 𝘥𝘦𝘴𝘱𝘳𝘰𝘵𝘦𝘨𝘪𝘥𝘢... 𝘔𝘢𝘴 𝘱𝘰𝘳 𝘷𝘦𝘻𝘦𝘴, 𝘦𝘴𝘴𝘢 𝘱𝘳𝘰𝘵𝘦𝘤çã𝘰 𝘯ã𝘰 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢 𝘥𝘢 𝘱𝘰𝘳𝘳𝘢 𝘥𝘦 𝘶𝘮𝘢 𝘪𝘭𝘶𝘴ã𝘰❞

O homem se aproximou mais de mim, chegou tão perto que pude sentir seu perfume cheiroso sem esforço algum, era um Deus grego da cabeça aos pés.

Ele apenas parou na minha frente com as mãos entre os bolsos e ficou me olhando, olhando mesmo, todo o meu santo canto foi inspecionado por seus olhos gélidos, mas logo, sustentou o olhar sobre meus lábios.

— levante. —  disse ríspido e autoritário, e se estava falando inglês comigo, deduzi logo que sabia que eu falava inglês, eu só não sabia como, mas isso não foi tão relevante para mim naquele momento, até a voz daquele homem era sexy, rouca e aveludada com profundidade de barítono, sem muitas escolhas, simplesmente obedeci. — quem fez isso? — ele perguntou num tom que embora calmo, fez a todos na sala estremecer, era visível, todos menos ao homem que tinha os olhos azuis como os seus, enquanto segurava em queixo, claramente apontando para o meu lábio ferido. — eu perguntei quem fez essa porcaria! — desta vez, um grito impaciente soou e com os olhos arregalados me encolhi do seu lado, ele era tão grande, só tinha homem grande alí e aparentemente, perigoso.

— foi... Igor... — o homem que me trouxe disse finalmente após segundos de um tenso silêncio, parecia assustado, bem, já éramos dois.

—  chame-o. — ordenou com inexpressividade no tom.

— mas Capô... Foi só porque... — mal terminou de se pronunciar, Atlas levou a mão ao quadril e quando a tirou, céus, aquilo era uma arma de verdade, uma arma fora apontada para a testa do homem.

— por acaso eu pedi explicações? Não me lembro de o ter feito, dei uma ordem, obedeça! — dito isto ele abaixou a arma, ok, eu estava muito assustada naquele momento, ele tinha uma arma, o que eu estava fazendo com gente que usava arma?

Não demorou para que o homem que havia saído dalí com o rabo entre as pernas voltasse a aparecer com o gigantitã que antes tinha batido em mim, o tal de Igor, supus, e assim que perto, ele abaixou a cabeça fazendo uma reverência a Atlas, não pude deixar de me perguntar o porquê de aquele cara ser tratado como majestade? Seria ele o chefe da quadrilha?

— capô...

— olhe. — brutamente ele voltou a segurar em meu rosto e apontou para o ferimento com o cano arma, naquele momento eu achei que morreria. — qual a mão que você usou para fazer isso? — que raio de pergunta era aquela? Bem, eu estava mais preocupada em saber o que faria se soubesse.

— Capô, por favor, me escute antes de... —  Igor tentou dar uma explicação mas Atlas fechou os olhos com uma expressão impaciente e de forçado controle, Igor calou a boca de imediato.

— a mão, Igor. — Igor começou a suar fino da testa às mãos, e tremendo, ergueu a mão esquerda para a frente, mas não era aquela a mão que ele tinha usado para bater em mim, me lembrava perfeitamente de que tinha sido com a direita, mas não me pronunciei, não até saber o que aquele louco armado faria.

𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐏♡𝐑 𝐃𝐈𝐑𝐄𝐈𝐓𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora