A Love Like That

10 - NAVY BLUE

A☬

- Puta merda! - ela xingou.

Fiz uma careta, não gostando daquelas palavras feias saindo dessa boquinha doce. Mas eu não era namorado dela, então não podia dizer nada sobre isso. Ainda.

- Você mora aqui? - ela engasgou de espanto e saiu do carro.

- Trabalhei duro para chegar aonde estou. Gosto de certas indulgências, ter uma casa bonita é uma delas. - confessei, dando de ombros.

Tranquei meu carro e abrir a porta da frente - Quer um passeio? - perguntei a ela por cima do ombro.

- Hm, claro que sim! - ela respondeu. Ela ficou boquiaberta quando entramos na foyer com piso de mármore - Jesus Cristo - ela murmurou baixinho enquanto eu mostrava a casa para ela.

- Você poderia estar no MTV Cribs - ela exclamou.

Eu resisti a rir.

A Jas era muito diferente da minha ex-namorada, e eu achava isso o máximo.

- Tentador, mas estou bem - respondi - Vou subir e tomar um banho. Suponho que você não queira tomar também, então pode ligar a TV se você quiser.

Ela balançou a cabeça para mim e cutucou meu ombro. - Sem chance, bonitão. Aproveite seu banho - ela sorriu e pegou o controle remoto.

Eu fui para o chuveiro, tentando manter minha mente longe da beleza loira reclinada no meu sofá. Tinha sido um longo dia sem ela hoje.

Coloquei uma camiseta e um par de calças antes de descer as escadas, eu havia preparado a maior parte da comida essa manhã; só precisava botar para assar.

Voltei para sala. Encontrei-a no sofá, com as pernas dobradas debaixo dela. Eu poderia me acostumar a voltar para casa no final do dia para essa gata.

Ela sorriu para mim quando me notou e sorri de volta. Eu me sentei ao lado dela e a puxei para meu colo.  Ela zombou e revirou os olhos drasticamente, fingindo estar aborrecida por eu tê-la tirado do lugar.

- Não revire os olhos para mim, ou eu vou ter que te ensinar uma lição sobre como se comportar - avisei baixinho.

Ela levantou uma sobrancelha para mim.

Jஜ

- Ah, sério? - perguntei, chamando seu blefe - O que você vai fazer? Me levar pro seu quarto vermelho da dor? - eu ri.

Seus olhos escureceram.

Opa, atingi um nervo!

Senti uma pequena fissão de excitação por irritá-lo, pressionando-o para ver até onde eu conseguiria ir.

- Na verdade - ele estreitou os olhos para mim - é azul-marinho.

Suas palavras me confundiram brevemente antes de eu começar a rir.

- O quarto da dor azul-marinho? - Sorri para ele. - Desculpe, senhor, mas não acho que isso seja muito convincente.

Ele deu um passo ameaçador na minha direção, eu sorri e dei um passo mais perto para nossos peitos quase se tocassem.

- Você está brincando com fogo, baby - ele alertou, mas eu podia ver o sorriso pairando no canto de seus lábios.

- Hum…existe um linha tênua entre prazer e dor; talvez eu queira me queimar? - provoquei.

Ele respirou fundo.