Descia até o chão rebolando lentinho enquanto olhava para Livinho, que do camarote me fiscalizava da grade, estava cheia de homens armados fazendo a contenção do chefe.
Coringa era posturado, ficava curtindo com os amigos e copão na mão, qualquer uma que chegava nele vazava na mesma hora, não rendia pra ninguém, somente para Kelly, pois era a marmita oficial do chefe.
Queria entender o que a mona sem bunda tinha a oferecer que deixava o chefinho galudão.
— Hariel tá só me monitorando — Ana falou enquanto ria alto — o bofe não sabe o que quer!
— Ele quer buceta — disse derramando vodka no meu copo — a tua mana.
— Vai ficar querendo.
Rir negando e começamos a dançar coladinhas, olhei pro camarote e não vi Livinho na grade, somente seus amigos.
Já fechei a cara.
-— Amiga tô com uma vontade absurda de fazer xixi, me espera aqui — disse dando minha bolsa para ela e saindo do baile.
Adentrei o beco e fui para trás de uma moto grande o suficiente para me esconder, coloquei o vestido para cima e simplesmente relaxei.
— Ah qual foi pô, na minha moto mermo?!?
Olhei assustada pra cima vendo Coringa de braços cruzados e sobrancelhas arqueadas.
— Olha pra lá! — mandei cheia de vergonha fazendo ele suspirar e se virar.
Levantei na pressa ajeitando o vestido.
— Desculpa colega.
— Porcaria isso ai.
— Nunca mijou na rua não?
— Tu é casca grossa mermo — ditou subindo na moto — vai pra casa garota.
— Quer mandar em mim agora?
Ele não disse nada, apenas deu um sorrisinho de lado ligando a moto, foi inevitável não sentir tesão naquele homem grande vestido de preto e com um cheiro delicioso.
— Sobe que te dou uma carona.
— Vou procurar Livinho — disse quase aceitando.
— Jae, mas ele num tá no baile não, foi pra casa faz mó cota.
— Então vou aceitar.
Subi na moto e fiquei empinadinha abraçando o homem pela cintura.
— Precisa empinar não pô — murmurou olhando para minha bunda pelo retrovisor.
— Tá olhando porque tu quer olhar.
— Tem nem como não olhar.
A troca de olhares pelo retrovisor deixou minha buceta piscando.
— Vai bofe! — murmurei fazendo ele rir negando.
O morro tava na paz, grudei no bofe que ia com tudo pra minha casa, quando cheguei vi a luz do quarto acessa.
— Obrigada viu — disse ajeitando meu cabelo que estava um fuá.
— Que isso pô, tu é barril mas é responsa — sorriu piscando me deixando trêmula — qualquer coisa só acionar.
Assenti e quase corri pra dentro de casa, parecia uma tentação, se Livinho souber disso ele me mata sem nem pensar.
Cansada, tirei o salto e deixei na escada, já fui logo subindo para o quarto pois precisava tirar a maquiagem e o cheiro de bebida, mas do corredor escutei uma voz feminina, e sem pensar duas vezes entrei igual furacão no quarto.
— Que PORRA é essa?!
Livinho, que colocava a cueca me olhou assustado enquanto a mona se encolheu nua na cama, com medo.
— Tu tá fazendo o que aqui cara?!
Rir sentindo meu sangue ferver.
— Eu vou te matar Oliver! — murmurei fechando a mão — mete teu pé piranha, meu assunto é com esse fodido.
A garota levantou catando as roupas, saindo nua mesmo, enquanto Livinho voltou a deitar relaxando.
— De novo?!
— Pô, errei, fui moleque — murmurou cínico — tava na vontade, não te vi, peguei qualquer uma mermo.
Me sentei na cama exausta, tirei meu salto e sem pensar duas vezes me virei rápido jogando no homem que gritou de dor.
— Pra mim chega! pega as tuas coisas e sai da minha casa, AGORA.
— Tá de sacanagem tu?!
— Eu não vou repetir, me conheço, se tu ficar aqui eu te mato de madrugada.
Bufando com raiva o homem levantou e pegou somente duas mudas de roupa e pertences pessoais, saiu sem olhar para trás.
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Alemão | Jikook
Fiksi RemajaNão acreditava mais no amor, e do nada você chegou. JmFem