24 - O repórter

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Win

Eu comprei o almoço no drive-thru para todos nós, abri a porta que levava para a oficina e dirigi pelos fundos perto das escadas. Bright estava dormindo profundamente no banco do passageiro.

"Ei, Bai. Estamos em casa."

Ele se mexeu quando abri a porta e, quando me inclinei para abrir o cinto de segurança, ele abriu os olhos devagar e sorriu.

"Ei, você." Ele sussurrou.

"Oi, lindo." Falei, dando-lhe um beijo rápido. "Temos que levá-lo até as escadas. Depois você pode dormir."

Ele gemeu e cuidadosamente levantou a perna direita para colocar os pés no chão. Mike saiu, sorrindo.

"Como está o homem do momento?"

"O quê?" Perguntei.

"O cara do jornal chegou aqui mais cedo. Quer uma entrevista." Ele respondeu. "Disse que ele ligaria de volta amanhã."

"Uma entrevista?" Perguntou Bright. "Comigo? Pelo que?"

Mike encolheu os ombros.
"O acidente foi uma grande notícia. Ele queria uma atualização."

Eu resisti ao impulso de resmungar, mas Bright apenas bufou.
"Deveria ter sido uma difícil notícia." Ele murmurou enquanto se dirigia para as escadas. "Adoraria ficar e conversar, cara, mas estou cansado pra caralho."

Mike começou a rir e bateu no meu ombro.
"Você ouviu o homem. Leve-o para cima."

Eu segui Bright, um passo atrás dele, caso ele perdesse o equilíbrio, e sorri o tempo todo. Aquilo foi uma coisa tão Bright de dizer.
Ele caiu no sofá e apertou o botão para levantar e reclinar as pernas, e quando eu puxei o cobertor sobre ele e beijei sua testa, ele já estava dormindo.
Deixei o almoço à prova de Squish ao lado dele e carreguei o resto escada abaixo. Guns e Mike ficaram gratos pelo frango e as batatas fritas, e conversamos sobre as motos em que estavam trabalhando, e inevitavelmente me perguntaram se resolvemos toda a papelada que eu havia mencionado a eles no dia anterior.

"Sim. Preciso decidir se substituiremos a van, ou talvez optar por outra coisa." Falei. "Não sei como me sinto com alguém indo trabalhar fora de novo." Dei de ombros. "Só não sei se algum ganho financeiro vale o risco."

"Você falou com o Bright sobre isso?" Guns perguntou.

Eu balancei minha cabeça.
"Ainda não. Ele já teve o bastante e não pode nem pensar em dirigir novamente por mais uns três meses e meio. E isso é só dirigir. Não inclui trabalhar por conta própria ou sair por conta própria. Veremos."

"E se ele quiser?" Mike perguntou.
Suspirei.

"Então ele poderá fazer."

Guns deu um sorriso irônico.
"Sim. E toda vez que ele sair, você vai ficar aqui com a cabeça entre os joelhos, desesperado, até que ele volte."

Eu concordei com a cabeça.
"Provavelmente." Joguei o meu lixo na lixeira. "É sério que o jornal enviou alguém aqui?"

"Sim." Respondeu Guns. "Ele parecia ser um cara legal. Não pediu detalhes, nem nada." ele sorriu.

"Provavelmente ele não queria um nariz quebrado."

Eu ri.
"Inteligente."

"Ele disse que voltaria amanhã."

"Então vamos ver se ele gosta do próprio nariz amanhã."

Eles riram e jogaram o lixo na lixeira antes de voltarem ao trabalho. Fiquei no escritório pelo tempo que eu aguentei antes de voltar para a loja para ajudar a realizar algum trabalho de verdade. Bem, um trabalho do qual eu gostava, de qualquer maneira.
Bright desceu por volta das quatro, no momento em que os meninos estavam se preparando para sair. Eles conversaram um pouco, então ele me ajudou a limpar e fechar tudo. Tranquei o portão da frente e, quando voltei para a loja, Bright estava olhando para o telefone.

Pedaços de nós dois Onde histórias criam vida. Descubra agora