Naruto e Hinata: Entre as cartas

Um novo amigo

Naruto ainda estava encantado com a imagem a sua frente, Hinata era linda, delicada e muito simpática. 

Em poucos minutos sentado ali, o loiro descobrirá que ela já morava sozinha, trabalhava como chef principiante num restaurante em konoha e estava em busca da graduação em gastronomia. 

Era bonito ouvir ela falar com tanta ânsia e animação sobre seu futuro, ele poderia ficar horas e horas sentado ali a ouvindo sem parar. 

- Não vai comer Naruto? Desculpa eu tô aqui tagarelando sem parar né? 

- Na verdade eu tô adorando te ouvir, é tão bom, simplesmente sentar e conversar, eu senti muita falta disso sabe. 

- Eu imagino, mas chega de falar só de mim agora é sua vez. 

Hinata segurava o próprio rosto entre as mãos enquanto encarava Naruto animadamente, por alguns segundos ele ficou em silêncio, afinal o que tinha pra contar? 

Que era um assassino confesso, que atirou três vezes contra o marido da sua mãe? 

Com certeza ela fugiria assim que ele ousasse a começar contar sua história, estava tudo tão perfeito, ele não queria estragar aquilo, se sentiu envergonhado, desviando o olhar pra janela ao seu lado, sentiu o aperto gentil de Hinata sobre seu braço. 

- Os motivos que te levaram pro presídio realmente não me interessam Naruto, mas o que você decidiu fazer daqui pra frente sim, se quiser dividir comigo...

Essa garota, será que não era mesmo um anjo disfarçado? 

Ela o fez se sentir seguro novamente e era tão fácil se abrir com ela, como se já a conhecesse há muito mais tempo, foi uma conexão instantânea. 

- Bem ja que perguntou, no momento eu me matriculei pra um curso pré vestibular, aulas remotas sabe. 

- Ora, ora, mais alguém vai pra faculdade sofrer. 

- Haha é bem por ai, pretendo iniciar assim que saldar minha pena no ano que vem. 

- Isso é ótimo, já escolheu o que vai cursar? 

- Talvez administração como meu pai fazia ou designer gráfico, eu só não quero ficar parado entende Hinata? Preciso me sentir útil de novo, eu adoro passar o dia com minha mãe e madrinha mas tem sido muito massante. 

- Achei que pessoas em condicional pudessem trabalhar fora. 

- E podemos, mas infelizmente os empregadores tem acesso a nossa ficha, ninguém empregaria alguém como eu. 

- Eu sinto muito por ouvir isso, você tem alguma preferência de vaga? 

- Eu topo qualquer coisa, se for pra sair desse ostracismo tá ótimo por mim, nem é pelo dinheiro eu só queria sentir que ainda faço parte da sociedade entende? 

- Sabe você é bom com as mãos? 

- Como assim? 

- Bem no restaurante que eu trabalho, estamos precisando urgentemente de mais um garçom e alguém que seja bom em manutenção, sabe coisas elétricas, ajustar forno essas coisas. 

- Gatinha, tá olhando pro cara certo, será que seu chefe vai me aceitar?

- Não custa nada tentar, se o senhor Teuchi aceitou o Shino, ele aceita qualquer coisa. 

- Esse Shino é perigoso? 

- Hahaha eu tô brincando, você vai me entender quando conhecer ele. Eu vou falar hoje mesmo com meu chefe e te retorno antes das sete pode ser?