Cinco.

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POV: ROSÉ.


Rosé lambuzou as pernas com sua loção preferida, antes de colocar um robe
sobre o vestido de seda chinesa de profundos tons vermelhos e dourados que ela
havia comprado em Hong Kong na semana anterior.
Ela retirou um envelope de dinheiro de sua bolsa e colocou-o sobre a mesa no
quarto do hotel, então, ouviu o zumbido de seu telefone celular.
Olhando para o identificador de chamadas, ela atendeu e disse:
— Oi Alisson.
— Ei você! Então está finalmente de volta, não é? Não se foi para sempre.
Rosé havia ligado para a prima tão logo o avião pousou naquela tarde e
deixado uma mensagem dizendo que tinha chegado com segurança.
— Eu só fui por um mês. Não para sempre.
— Bem, pareceu como uma eternidade para mim. Eu acho que você passou
tanto tempo pesquisando lugares exóticos que não sentiu nenhuma falta de mim. 

Rosé riu. Ela passou quatro semanas em Hong Kong fazendo pesquisa para seu novo livro e participando de uma conferência internacional de ficção, onde ministrou um workshop sobre como escrever romance. A viagem tinha sido boa e ela ficou feliz por ter ido.

Mas se sentiu como se tivesse ido para sempre.

— Então você virá hoje à noite? Eu tenho cerveja e podemos pedir pizza.

— Nós vamos ter que fazer isso amanhã — disse Rosé, voltando para o banheiro para passar uma escova no cabelo.

— Por quê? O que você está fazendo hoje?

Rosé corou um pouco quando olhou para sua imagem no espelho do banheiro. Seu cabelo loiro estava brilhante, caindo em grandes ondas ao redor de seus ombros. Suas bochechas estavam rosadas e sua pele lisa intensificava as cores vibrantes da seda e seus olhos estavam cintilando de emoção.

Ela estava tão impaciente que se sentia contorcer, e ainda faltavam 15 minutos para as sete.

— Eu tenho planos para esta noite — disse ela vagamente, sabendo que sua evasão nunca iria funcionar.

Após uma breve pausa, Alisson exclamou:

— Você está indo vê-la esta noite, não é?

— Alisson— Rosé começou, transformando a palavra em um aviso.

Alisson, é claro, ignorou.

— Você está! Assim que você botou os pés em Seattle, você correu para os braços dela!

— Eu não corri para os braços dela — Rosé disse, um pouco irritada com as insinuações de sua prima, uma vez que ela sabia de toda a sua interação com Lisa.

— Nós apenas havíamos agendado um compromisso para esta noite.

— Uma hora depois de pousar?

— Duas horas — Rosé corrigiu. — E apenas deu certo desta maneira.

— Você continua insistindo que essa coisa não é séria, mas diga-me a verdade. Você não está tendo devaneios inspirados em Uma Linda Mulher, não é?

— Não! Claro que não. Dê-me um pouco de crédito, eu não sou tola. Eu gosto dela e gosto do sexo. E vou lhe pagar por seus serviços, não estou fingindo que é algo romântico. Não é como se estivéssemos juntas. É totalmente profissional.

— Tudo bem. Acho que acredito em você, e achei essa coisa toda bem legal e divertida no início, mas fico preocupada de vez em quando. Você não a está usando como uma muleta, não é?

— Claro que não. — Rosé suspirou. Ela sabia que a prima realmente se importava com ela e que Alisson não conseguia entender sua relação com Lisa só de ouvir sobre ela de segunda mão. — Estou buscando relacionamentos reais. De verdade, eu lhe disse que conheci alguém?

My Beautiful Dirty Secret. Chaelisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora