Nove.

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POV: Rosé.


— Então, foi tudo bem no Jantar? — Alisson perguntou, bufando quando aumentou seu nível na esteira e acelerou a velocidade.

— Sim. — Rosé fez uma pausa para equilibrar sua própria respiração. Ela se exercitava no elíptico ao lado de Alisson há quase meia hora e estava quente, cansada, suada e ofegante. — Nada excitante, mas não muito doloroso.

— A Lisa não foi? Rosé limpou um fluxo de suor da parte de trás do seu pescoço e se fortaleceu ao ver que só restavam 15 minutos mais para acabar.

— Não. Seria meio difícil manter meu pseudônimo em segredo — ela cortou suas palavras brevemente para sugar algumas respirações profundas — se ela fosse comigo.

— Verdade. — O longo rabo de cavalo marrom de Alisson balançou com seus movimentos. Ela estava em melhor forma do que Rosé e não tinha que malhar tão duro na academia a que ambas frequentavam. — E o resto da viagem foi divertida?

— Sim.

— Você não ficou no quarto do hotel o fim de semana inteiro fazendo sexo, não é?

— Alisson! — Rosé fez uma carranca para sua prima sorridente, mas teve de se concentrar muito em manter o ritmo. — Nós fizemos um monte de passeios e outras coisas.

— Que tipo de coisas?

— Não seja grosseira. Vimos vários locais de interesse histórico e um museu de arte. Ela é muito inteligente sobre arte e sabe muitas coisas sobre a história militar.

— Sério? Ela era uma grande fã de história ou algo assim? Rosé deu de ombros.

— Não sei. — Depois de uma pausa para recuperar o fôlego novamente, ela continuou: — Eu acho que talvez seu pai o tenha ensinado história militar. — Ela zombou enquanto pensava sobre o homem sem nome que ela absolutamente desprezava.

— Huh. Interessante. — Alisson lançou um olhar estranho e cheio de intenção sobre Rosé. — Você já ouviu falar dela desde que voltou?

— O que você quer dizer? Nós temos um compromisso agendado este fim de semana.

— Continua de pé? Rosé estava tão confusa com a direção das perguntas que diminuiu sua velocidade inconscientemente.

— Por que não estaria? Aonde você quer chegar? Alisson deu-lhe um olhar envergonhado.

— Eu tive uma conversa com Momo Hirai a uns dias atrás. Foi ela quem me deu nome de Lisa, lembra?

— C-claro que sim — respondeu Rosé, sentindo uma vibração nervosa se desenvolver na barriga, apesar de seu cansaço físico.

— Você quer ouvir o que ela disse?

Rosé entendia porque Sabrina agia assim. Ela foi incrivelmente sensível em verificar antes para ter certeza se ela queria ouvir detalhes sobre as experiências de uma outra mulher com Lisa.

A verdade era que Rosé não queria ouvir sobre isso. Ela não gostava de pensar em Lisa com suas outras clientes. No início, ela não se sentia estranha sobre sua promiscuidade profissional, mas ultimamente a ideia dela com tantas outras mulheres a deixava doente. Ela supunha que era inevitável. Quando começou a conhecê-la melhor, viu-a mais como uma pessoa, o que tornou mais difícil para ela, aceitar a forma como ela se deixou ser usada. Mas Rosé estava lutando contra o instinto de se sentir desgostosa ao imaginá-la na cama com alguém e tentava ignorar as imagens que surgiam.

Nem sempre funcionava. Às vezes, ela tinha flashes aleatórios, visões de Lisa fazendo sexo com Lauren ou outras mulheres sem nome ou rosto. Ela imediatamente abafava as imagens sempre que apareciam em sua cabeça, mas isso estava acontecendo com muito mais frequência.

My Beautiful Dirty Secret. Chaelisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora