Fermín López
Ouvir as palavras de Giovanna fez com que o meu coração se rachasse. Nunca em minha vida senti por alguém o que sinto por ela. Entendo o seu lado, passar pelo que ela passou deve doer, mas não posso evitar me sentir um fraco diente de suas palavras.Me declarei e recebi a sua sinceridade, devo me conformar, mas não consigo.
Procuro nos fundos da casa o freezer onde estão disponíveis todas as bebidas para a festa. Encontro uma garrafa de uma bebida que nem sei o que é, ela é o que preciso para sucumbir o que estou sentindo agora.
Pego 3 garrafas da bebida desconhecida e sigo para a varando disponível atrás da casa. Geralmente as pessoas não vem muito para essa área, sei disso porque quando eu era criança e queria ficar sozinho esse era o meu lugar.
Me sento no grande sofá presente no local e começo a beber. O líquido invade a minha garganta com força. Não estou acostumado a beber, nunca gostei na verdade, mais sei que é o que eu preciso agora.
Horas se passam e as 3 garrafas que touxe junto de mim foram esvaziadas. Já não sei nem mais onde estou. Me aconchego mais no sofá e só fico parado aqui.
Me perco tanto inebriado entre pensamentos, que só me clareio outra vez quando esculto alguém.
- Fermín. - Ouço uma voz me chamar.
- Hum. - É só o que sai da minha boca.
- O que está fazendo aí no escuro? - Não preciso estar sóbrio para reconhecer essa voz, é Maria que rapidamente surge em minha frente. Mesmo com a escuridão consigo ver o brilho de seu cabelo loiro.
- Você parece estar péssimo. - Diz ela. - Tudo bem?
Apenas respondo com um grunhido.
Sinto ela se sentar ao meu lado no sofá.
- Você tá cheirando a álcool. - A ouço dizer. - Não te vi mais pelo casamento, você perdeu o bolo.
Grunho novamente pois sinto que é a única coisa que consigo fazer agora.
- A sua amiguinha deve estar dormindo agora, aquela vagabunda.
- Não a chame assim. - Consigo dizer.
- Tá, tá desculpe.
Maria se posiciona melhor no sofá, sinto ela por as mãos sobre a minha coxa.
- Faz tanto tempo que não nos vemos né, você se mudou para Barcelona e não consigo mais te ver direito, eu estava com saudades de você.
Sinto sua mão subir e ir em encontro à minha virilha. Ela se aproxima do meu ouvido e sussurra.
- Estamos sozinhos aqui, podemos aproveitar.
- O que? - Digo meio zonzo.
- Sempre rolou química entre nós e você sabe, podemos aproveitar que estamos aqui sozinhos.
- Maria...
- Eu sempre te quis Fermín, estamos solteiros podemos aproveitar.
Sua mão vai de encontro ao zíper da minha calça.
- Eu sempre quis chupar seu pau sabia... - Sussurra ela em meus ouvidos.
Sua mão rapidamente invade a minha calça e vai de encontro ao meu membro. Sinto ela o tocando e apertando devagar.
- Eu te quero tanto. - Ela geme.
- Maria pare... - Tento afastar sua mão.
- Eu sei que você gosta... - Ela me toca e aproxima seus lábio de minha pelo.
- Maria...
Ela larga o meu pau e tenta abaixar a minha calça. Estou muito bêbado mas mesmo assim consigo entender que não quero isso.
- Sempre fui afim de você mas você nunca me deu moral.
- Somos primos...
- E daí, eu quero você. Você é homem, eu sei que você também quer...
- Não. - Tento ficar mais firme e afasto ela de mim. - Não quero isso Maria, por favor pare.
- Porque, por causa daquela vagabunda.
- Já disse para não falar sobre ela assim porra...
Mesmo estando tonto me posiciono e tento levantar.
- Não quero você Maria, eu nunca quis.
- Fermín...
- Vá dormir, não quero você.
Mesmo cambaleando tento caminhar para dentro da casa novamente, mesmo quase caindo vsrias vezes por causa da bebedeira, consigo chegar a cozinha. Me sento em uma cadeira e só me deixo por lá, deito minha cabeça no balcão e nem percebo quando apago.
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SIMPLESMENTE ACONTECE - Fermín López
RomanceGiovanna Medeiros acaba de se mudar para Barcelona. Em um belo dia ao tentar subir as escadas de seu prédio com várias sacolas de compras nas mãos ela acaba esbarrando em um jovem loiro que pronteficamente se dispõe a ajudá-la a carregar suas compra...