16. Não quero você

1K 78 20
                                    

Fermín López


Ouvir as palavras de Giovanna fez com que o meu coração se rachasse. Nunca em minha vida senti por alguém o que sinto por ela. Entendo o seu lado, passar pelo que ela passou deve doer, mas não posso evitar me sentir um fraco diente de suas palavras.

Me declarei e recebi a sua sinceridade, devo me conformar, mas não consigo.

Procuro nos fundos da casa o freezer onde estão disponíveis todas as bebidas para a festa. Encontro uma garrafa de uma bebida que nem sei o que é, ela é o que preciso para sucumbir o que estou sentindo agora.

Pego 3 garrafas da bebida desconhecida e sigo para a varando disponível atrás da casa. Geralmente as pessoas não vem muito para essa área, sei disso porque quando eu era criança e queria ficar sozinho esse era o meu lugar.

Me sento no grande sofá presente no local e começo a beber. O líquido invade a minha garganta com força. Não estou acostumado a beber, nunca gostei na verdade, mais sei que é o que eu preciso agora.

Horas se passam e as 3 garrafas que touxe junto de mim foram esvaziadas. Já não sei nem mais onde estou. Me aconchego mais no sofá e só fico parado aqui.

Me perco tanto inebriado entre pensamentos, que só me clareio outra vez quando esculto alguém.

- Fermín. - Ouço uma voz me chamar.

- Hum. - É só o que sai da minha boca.

- O que está fazendo aí no escuro? - Não preciso estar sóbrio para reconhecer essa voz, é Maria que rapidamente surge em minha frente. Mesmo com a escuridão consigo ver o brilho de seu cabelo loiro.

- Você parece estar péssimo. - Diz ela. - Tudo bem?

Apenas respondo com um grunhido.

Sinto ela se sentar ao meu lado no sofá.

- Você tá cheirando a álcool. - A ouço dizer. - Não te vi mais pelo casamento, você perdeu o bolo.

Grunho novamente pois sinto que é a única coisa que consigo fazer agora.

- A sua amiguinha deve estar dormindo agora, aquela vagabunda.

- Não a chame assim. - Consigo dizer.

- Tá, tá desculpe.

Maria se posiciona melhor no sofá, sinto ela por as mãos sobre a minha coxa.

- Faz tanto tempo que não nos vemos né, você se mudou para Barcelona e não consigo mais te ver direito, eu estava com saudades de você.

Sinto sua mão subir e ir em encontro à minha virilha. Ela se aproxima do meu ouvido e sussurra.

- Estamos sozinhos aqui, podemos aproveitar.

- O que? - Digo meio zonzo.

- Sempre rolou química entre nós e você sabe, podemos aproveitar que estamos aqui sozinhos.

- Maria...

- Eu sempre te quis Fermín, estamos solteiros podemos aproveitar.

Sua mão vai de encontro ao zíper da minha calça.

- Eu sempre quis chupar seu pau sabia... - Sussurra ela em meus ouvidos.

Sua mão rapidamente invade a minha calça e vai de encontro ao meu membro. Sinto ela o tocando e apertando devagar.

- Eu te quero tanto. - Ela geme.

- Maria pare... - Tento afastar sua mão.

- Eu sei que você gosta... - Ela me toca e aproxima seus lábio de minha pelo.

- Maria...

Ela larga o meu pau e tenta abaixar a minha calça. Estou muito bêbado mas mesmo assim consigo entender que não quero isso.

- Sempre fui afim de você mas você nunca me deu moral.

- Somos primos...

- E daí, eu quero você. Você é homem, eu sei que você também quer...

- Não. - Tento ficar mais firme e afasto ela de mim. - Não quero isso Maria, por favor pare.

- Porque, por causa daquela vagabunda.

- Já disse para não falar sobre ela assim porra...

Mesmo estando tonto me posiciono e tento levantar.

- Não quero você Maria, eu nunca quis.

- Fermín...

- Vá dormir, não quero você.

Mesmo cambaleando tento caminhar para dentro da casa novamente, mesmo quase caindo vsrias vezes por causa da bebedeira, consigo chegar a cozinha. Me sento em uma cadeira e só me deixo por lá, deito minha cabeça no balcão e nem percebo quando apago.







• Me sigam lá no Tiktok e Instagram: @rosyrvcf

Não se esqueçam de votar e de comentar o que estão achando da história até aqui. Bjs e até o próximo capítulo.

SIMPLESMENTE ACONTECE - Fermín LópezOnde histórias criam vida. Descubra agora