001. Bathroom

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  NOSSA AGENDA é bem corrida e hoje descobrimos que teriam garotas fazendo testes para entrar na nossa banda como uma segunda vocalista, nosso agente disse que isso atrairia mais fãs masculinos

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  NOSSA AGENDA é bem corrida e hoje descobrimos que teriam garotas fazendo testes para entrar na nossa banda como uma segunda vocalista, nosso agente disse que isso atrairia mais fãs masculinos. Eu particularmente achei errado colocar uma garota só por publicidade, mas as vezes eu esqueço que minha vida gira em torno disso.

Bom, estamos aqui do outro lado do espelho falso esperando a próxima participante. Eles colocaram esse espelho por ser um segredo qual banda a tal menina cantaria e também para não haver momentos desconfortáveis.

- É uma palhaçada isso. Não precisamos de mais um integrante. – disse meu irmão gêmeo, Tom.

- Não vejo problema nisso. – respondeu George e eu o olho fingindo indignação.

- Já temos o Bill, pra que outra? – Já estávamos aqui à três horas e isso já estava cansativo para todos.

- Quietos, a próxima já está chegando. – disse nosso agente.

Assim que paramos de falar, uma menina linda de cabelos escuros, pele clara e um lindo sorriso entrou na sala de gravação.

- Olá, Senhorita Nunemacher. A senhorita não poderá nos ver, mas estamos atrás desse espelho falso.

Recebemos alguns papel com informações dela. Najla, que nome lindo.

Era nítido que estava nervosa, fiquei impressionado quando ela disse que era compositora e ainda mais quando ela começou a cantar. Sua voz era deslumbrante, podia hipnotizar qualquer um. Meus amigos e irmão estavam como eu, olhando ela como se fosse uma deusa. Sua música tinha tanto significado, falando sobre luta contra seus próprios pensamentos e emoções, expressa seu medo dos monstros que ela percebe estar debaixo de sua cama e como tem medo de que esses monstros possam estar apenas em sua cabeça.

- Obrigado por ter vindo. Iremos avisá-la se for selecionada. Pode sair pela mesma porta que entrou. Uma boa tarde!

- Obrigada, pra vocês também! - Ela sai e nós continuamos paralisados.

- Pelo visto gostaram dela. – disse o agente.

- Da pro gasto. – Tom diz zombeiro. Me levanto avisando que ia ao banheiro, eu precisava tomar um ar.

...

Eu me olhava no espelho do banheiro com aquela música na minha cabeça, ela conseguiu expressar tão bem o medo, o medo que eu sentia desde criança.

Quando eu ia sair apareceram três caras me barrando, fui chegando cada vez mais pra trás toda vez que eles davam um passo na minha direção.

- Como vai bichinha? Está assustado? Ele está com medo. – diz o cara forte do meio que era aparentemente o líder do trio, os outros dois riram como se fosse super engraçado.

- Com licença. – tento passar, mas sou empurrado no chão.

- A bichinha não vai a lugar nenhum. – disse o moreno ao seu lado abrindo o sorriso.

- Me deixem em paz. – falo sério.

- Antes vai ter que fazer seu trabalho de puta e chupar nossos paus. – ele diz rindo e eu começo a me desesperar.

Eu me debato e tento escapar, mas os dois capangas me seguram firmemente. O líder me acerta um soco no rosto, e a dor é tão intensa que sinto meu olho lacrimejar. Antes que ele possa me atingir novamente, Najla, a última menina que havia se apresentado, entra no banheiro. Seu rosto demonstra uma mistura de constrangimento e preocupação ao ver a cena.

- Aqui é o banheiro masculino, princesa. – disse o cara que não estava me segurando.

- Me desculpa... Está tudo bem? – ela levanta a sobrancelha olhando seria pra ele.

- Não tem nada pra ver aqui, a não ser que queira participar. – ele diz apertado sua própria intimidade sorrindo.

Ela da um passo pra trás o olhando com desprezo, eu me desespero. Najla para e me olha, vejo seus olhos ficarem escuros e ela mais confiante.

- É melhor você soltar ele.

- Se não vai fazer o que sua puta? – os caras riem.

Alguns segundos depois ela empurra o cara contra a parede e coloca um canivete em seu pinto.

- Eu não queria sujar as minhas mãos, mas você me desrespeitou e agrediu aquele garoto. – ela diz e vejo ela pressionar um pouco, o cara geme de medo e fica na ponta dos pés.

- Sua maluca, solta ele. – diz o cara me segurando.

- Eu não gosto de filhos da puta como vocês, então vou dar uma chance para os três. Contarei até dez, os três vão sair pela porta e não vão voltar mais e se voltarem, eu não vou pensar duas vezes em enfiar esse canivete no rego de vocês... Estamos entendidos? – os três trogloditas concordam rapidamente e ela solta o líder que corre com os outros.

Agora só tinha eu e minha salvadora.

- Obrigado, mesmo. – agradeço de cabeça baixa.

- Tudo bem. – ela chega perto de mim e me faz olhar em seus olhos. – Está sangrando.

Eu ia encostar machucado na bochecha, mas ela me impede e pega um bandeide em sua mochila.

- Não precisa.

- Eu insisto. – Ela diz limpando meu pequeno machucado e colocando o bandeide. – Eles são uns babacas.

- Já estou acostumado com esse tipo de gente. – digo ainda olhando em seus olhos.

- Não deveria. Pessoas assim atormentam, porque não receberam amor, e acabam despejando em outros que não tem nada haver com seus problemas. – disse olhando também para meus olhos, ela estava tão perto, tão... perfeita. – Desculpa, tenho que ir.

Quando ela sai, sinto uma parte do meu coração ir junto. O que tá acontecendo comigo?

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♫♪ Notas da Autora.

• Não sejam leitores fantasmas! Interajam nos capítulos, uma curtida de vocês ou algum comentário me incentiva muito a escrever e eu AMO ler os comentários de fanfic!!!

Between Notes and ProvocationsOnde histórias criam vida. Descubra agora