Capítulo 6

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HEFESTO

Tateei no outro lado da cama, em vão, não havia ninguém, me sentei, sozinho no quarto.

— O que eu esperava mesmo? Ninguém me quer — Deixei escapar um riso sarcástico e me levantei, eu estava nu, o corpo pegajoso e revigorado como a muito tempo não esteve. Suspirei, passei a mão pelo cabelo, sem jeito, com vergonha de mim mesmo por ter me deixado levar por aquela humana.

— Rivald — Gritei puxando a corda dos criados, Rivald entrou alguns segundos depois.

— Acordou meu rei? A rotina de hoje...

— Rivald, cadê a mulher?

— Que mulher, meu rei?

— A que entrou em meu quarto.

— Não entrou nenhuma mulher em seu quarto, meu rei.

— Rivald, ontem acordei com uma mulher dormindo ao meu lado. Ela... — deixei de falar, me lembrando do brinco, o brinco que fiz para minha esposa, cujo poder... — Rivald, vamos ao Olimpo.

— Meu rei, Afrodite bloqueou sua entrada desde o ocorrido.

— Não me importa, eu coloco fogo naquele lugar se ela não abrir os portões para mim. Devo confirmar algo.

Depois de uma longa discussão nos portões de entrada, Afrodite aceitou me receber, seu rosto exibia seu intenso desprezo por mim, o completo oposto do olhar daquela mulher de ontem, seus olhar que parecia me queimar, e seu beijo que me devorou inteiro como se me desejasse de fato. Balancei a cabeça para tirar as lembranças que começavam a excitar-me.

— Então o que quer? Não estamos casados, não tenho nada a ver com você. O que você quer vindo aqui, quando você está proibido de entrar?

— Quem é a mulher de cabelos castanhos?

— Quê?

— Digo... eu...

— Fala logo, criatura horrenda. Já basta ser feio, agora tímido, francamente. A timidez é para os delicados e lindos Narcísos, para um bruto como você não é nada excitante.

Suspirei, e organizando minha mente perguntei:

— Antes da cerimônia do nosso casamento, fiz uma cinta para você, quando fomos ver as armas que fiz, você não tocou na cinta, primeiro eu achei que você tinha detestado.

— Não, pelo contrário, adorei a cinta, estou fazendo bom uso dela.

— Sim, porém naquele momento você não a quis, por isso fiz outro presente.

— Sério? Qual é? Aceito uma túnica mágica.

— Deixa eu terminar. Eu fiz brincos de pérolas, fiz pensando que eram para a minha esposa. Apenas ela poderia usá-los, e quando sentisse minha falta a magia dos brincos a levaria até mim. Porém, Afrodite, eu nunca te entreguei esses brincos, porém ontem apareceu alguém em minha cama, ela usava um dos brincos de pérola.

— Você é lento né? — Disse Afrodite antes de gargalhar — Seria hilariante você fazer outra cerimônia de casamento e na hora Zeus invalidá-la.

— Quê?

— Ele pode explicar melhor — Atrás de mim, entrando no escritório, estava Zeus. Que se aproximou até sua filha. — Papai, explique a esse monstrengo o que aconteceu no penúltimo dia de festa.

— Ah! Quando Hera invalidou o casamento, nada aconteceu no mundo das moiras. Elas não receberam sinal de romper a união.

— Então, ainda estou casado?

CINCO NOITES COM UM DEUS GREGOOnde histórias criam vida. Descubra agora