Capítulo 5

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Já faz cinco dias que voltei para meu tempo, em comparação com aquele breve sonho, esses cinco dias me pareceram meses. Pesquisei na internet sobre deuses sendo reis de um povo, porém não encontrei nada a respeito, apenas as mesmas histórias simples e resumidas de sempre.

"Talvez tenha sido apenas um sonho" Pensei

— Um ardente e encantador sonho. — sussurrei para mim mesma secando meu cabelo antes de ir me deitar, me olhei no espelho, embora os deuses tenham me achado horrível, eu me acho linda, e muitas pessoas em meu tempo também me acham linda, deixei a toalha de lado e agarrei a caixinha rosa dos brincos

— Se tivesse sido um sonho, esses brincos não estariam comigo — Senti a textura de veludo da caixa, ainda não o tinha colocado, não tive coragem, eu os roubei, será que Hefesto os procurou? Provavelmente, ele ama Afrodite e por amá-la, suporta os seus maus tratos, seu desprezo. Contando até três, abri a caixa e tirei o brinco, na luz suave do abajur a pérola brilhava dando um ar divino. O coloquei em minha orelha, senti um vapor quente subindo pelos meus pés até o ventre, em seguida fui abraçada por um calor ardente e tudo se escureceu.

Meus braços estavam amarrados em cada ponta da cabeceira da cama, mas não foi isso o mais assustador, o que me deixou completamente apavorada foi a escuridão em que eu me encontrava.

— Quem é você? — Meu coração errou uma batida e o corpo tremeu inteiro, ele descobriu, ele me matará.

— Senhor deus do fogo... por favor, não me...

Ele deslizou para a cama, eu senti a espuma cedendo, e seu calor se aproximando, sua mão áspera agarrou minha perna direita, mordi o lábio para não deixar escapar um gemido de deleite ao sentir seu toque quente e áspero, ele deslizou a mão até minha barriga e por fim agarrou meu queixo, senti sua respiração em meu rosto, engoli em seco. Ele apertou a mão em torno do meu queixo virando meu rosto, em seguida tocou o brinco em minha orelha.

— Senhor deus do fogo, por favor, me perdoe...

— Por que você tem isso?

— Eu... — Ele apertou a mão ao redor do meu pescoço.

— Você o roubou? Quem diabos é você? — Rosnou fazendo as velas ascenderem com um estalar de dedos. Estávamos em um quarto rústico e enorme. Meus pulsos estavam presos por pedaços do lençol. Engoli em seco voltando meu olhar para ele, encarando-o, lindo e perfeito como sempre, os olhos dourados ardentes, os cabelos negros cresceram um pouco formando alguns cachos e a barba continuava rala, desci o olhar, seu corpo escultural estava exposto, usava apenas uma túnica. Engoli em seco, desejando estar nesses braços. Ele engoliu em seco também, prestei atenção ao seu olhar que deslizava por todo meu corpo indiscriminadamente, meu rosto corou, tentei desviar de seu escrutínio, foi em vão, mordi o lábio, receosa de ele agir como os outros, me odiar por que eu não sigo os padrões de beleza dos deuses. O olhei novamente, estranhando o silêncio, seus olhos estavam presos em meus lábios contraídos, como se me achasse sedutora, olhei para entre suas pernas, um bulto se formou ali, enorme como eu me lembrava, senti minhas partes íntimas arderem em regozijo. Passei a língua para umedecer os lábios, prestei atenção aos seus olhos hipnotizados, com o pé me estiquei para tocar seu membro coberto pela túnica, ele gemeu, saindo da hipnose, agarrou minha coxa.

— Como ousa me tocar? Sua ladra. Devo castigá-la por roubar um de meus tesouros — Com o outro pé abri caminho para dentro da túnica, ele se contraiu, mas não se afastou, seus olhos arderam como se finalmente estivesse deixando sua luxúria despertar.

— Como? Como o senhor deus do fogo me castigará? — sussurrei sem desviar de seu olhar. Ele abriu um sorriso perverso, esticou as mãos e rasgou minha camisola, deixei escapar um grito, ele agarrou meus seios apertando-os, inclinou-se para chupar meu seio esquerdo, me inclinei para ele, que levou a mão até minha vagina aberta para ele.

— Você é uma ladra descarada. Está toda molhada aqui embaixo, como se ser fodida por mim, o horrendo deus do fogo, é o que deseja — Ele começou a fazer leves movimentos em minha vagina, toques suaves que me faziam gemer desejando que ele intensifica-se as carícias, porém me mantive quieta. Ele se afastou para tirar a túnica, pude ver seu pau duro por mim, como se esse meu corpo discriminado pelos deuses, fosse para ele o mais precioso. Gemi de prazer apenas ao ver seu membro.

Ele agarrou minha cintura.

— É agora que você grita e pede para que eu a solte. Em outra ocasião eu teria matado você e tomado o brinco, ou te enviaria para o calabouço, mas não sei o por que você não grita, não me pede para soltá-la, apenas fica me olhando com esse olhar de desejo, me seduzindo como nunca nenhuma mulher fez, nem minha esposa — Ele deslizou as mãos subindo, acariciando meus seios e por fim prendendo-se ao redor do meu pescoço. — Quem demônios é você? É algum truque de Hera?

— Não tenho nada que ver com Hera.

— Então por que demônios você me olha como se implorando para ser fodida, me olha como se... me desejasse.

— Eu desejo. Eu te desejo loucamente, então pode parar com esse diálogo e me fode logo? — Falei entre dentes, sentindo-me sedenta como nunca antes me senti. Ele lambeu os lábios secos e franzindo as sobrancelhas em desagrado, agarrou as tiras de lençol que me prendiam e as rasgou. Não tive tempo de reagir, ele me virou de costas, em seguida me puxou para si pela cintura, fiquei de bunda inclinada para ele que meteu o pau inteiro em mim.

— Ahhhh! — Gritei sentindo choque em todo o corpo. Com as mãos fortemente inclinadas em minhas cinturas ele se movia rápido e incansável, Afundei o rosto no travesseiro para abafar meus gritos de prazer, ele se inclinou para lamber meu pescoço em seguida sussurrou sem deixar de se mover

— Parece que está adorando ser fodida pelo deus do fogo.

— S... Sim, me foda — Senti seu pau pulsar e crescer dentro de mim, gemi perdendo as forças nas pernas, tudo ardia e pulsava. Ele saiu de dentro de mim quando eu estava chegando ao clímax, gemi levando a mão a minha vagina, ele me impediu e girou meu corpo para olhá-lo.

— Quero ver se ainda vai se excitar ao ver minha cara — O rosto dele estava vermelho e suor escorria pelas têmporas. Estava mais sexy como de costume, me ergui para agarrá-lo, ele não reagiu, esperou pelo meu ataque, beijei seus lábios, ele abriu passagem para minha língua, me agarrou e voltou a posicionar o pau em mim, recomeçou a penetrar enquanto sua língua e a minha se tocavam, sedentas, agressivas.

Ele gozou dentro de mim, um jato quente e intenso, como se a muito tempo não tivesse o prazer de fazê-lo. Ofeguei, abraçando-o fortemente, com saudade, com medo de perdê-lo.

E o perdi.

Percebi quando acordei em meu quarto na manhã seguinte e minha camisola estava intacta.

Suspirei, me levantando, tirei o brinco que ainda pendia em minha orelha e segui para um banho.

CINCO NOITES COM UM DEUS GREGOOnde histórias criam vida. Descubra agora