Capítulo 4- Explosão de Desespero

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*Abro meus olhos*

"A-Ahn? Onde estou?". Acordo totalmente desnorteado, enquanto estou deitado de bruços em uma cama acolchoada com cobertores cinzas sobre mim, com um buraco nela, onde minha cabeça estava apoiada, a cama se parece com aquelas camas de massagem. Eu estou com uma seringa em meu braço, aparentemente com soro. Resolvo tentar sentar, mas minhas costas estão meio doloridas, então eu permaneço deitado.

Confuso, olho ao meu redor, tentando entender onde estou. Eu estou em um quarto, as paredes e o piso são de madeira revestida. A luz está apagada, e eu começo a ficar aflito sobre isso.

"Onde eu estou? Será que aquele cara estranho me pegou?..."

*Tiro a seringa de soro do meu braço*

"Droga, onde eu me meti, em?". Começo a me sentir estressado.

Do nada, eu escuto um barulho vindo atrás da porta do quarto que eu estou.

"É ele?" Penso desespero, enquanto viro minha cabeça rapidamente para a porta ao meu lado.

A porta começa a abrir lentamente. A porta era velha, estava fazendo um rangir extremamente desconfortável.

Arrego meus olhos completamente. Meu corpo está imóvel de medo.

A porta se abre, e vejo uma silhueta. Não consigo distinguir quem é. A silhueta se aproxima mais perto de mim, ela está com algo na mão, me parece com uma seringa de ponta.

-O-O que? Você acordou?! Querido! O garoto acordou!- Diz a silhueta, parecendo entusiasmada.

O que? Era uma voz feminina. Querido? É a mulher daquele cara esquisito que vi á alguns dias?

Ela se afasta, e vai em direção a um interruptor. A luz é acessa. Vejo uma mulher de meia idade, ela usa uma saia longa até os pés, de cor rosa claro com bolinhas brancas. Ela veste uma blusa de manga longa azul escuro. Ela está usando óculos, e seu cabelo, marrom claro, com alguns fios brancos, está amarrado para baixo, com seus cabelos em seu ombro. Ela está com uma bandeja em mãos, com algumas coisas hospitalares, incluindo a seringa que ela estava segurando, e alguns remédios.

-O QUE? Ele acordou?!- Um homem velho entra correndo na sala em que estou.

-Quem são vocês?! E o que fizeram comigo?!- Me viro rapidamente, agora ficando com meu corpo virado para eles, ignorando a dor e o desconforto em minhas costas.

-Ahn? É ASSIM QUE VOCÊ NOS AGRADECE POR TERMOS SALVADO SUA VIDA, MOLEQUE?!- Grita o velho, ficando vermelho como pimentão.

-Acalmasse querido, ele está confuso. Ele ficou muitos dias em coma, confusão mental é comum, e você sabe disso-. Diz a moça que estava do quarto, botando a mão em seu ombro.

Após pensar um pouco, eu acabo reconhecendo o velho em minha frente.

-Espera, você não é velho que me ajudou na rua?-.

-Oras, finalmente?- Diz o velho levantando uma de suas sobrancelhas.

-O que vocês fizeram comigo? Onde eu estou?-. Falo enquanto tendo me levantar da cama.

-Não! Você não pode se levantar. Mesmo se passando 2 semanas desde que nós o troucemos para cá, suas feridas ainda não cicatrizaram por completo.-. Diz a moça, se aproximando de mim, ponto as mãos em meus ombros, e me forçando a deitar.

-Espera, 2 semanas?! Como eu fiquei duas semanas desacordado?!- Meu tom de voz se elevou um pouco, e começo a ficar tremulo.

-Por dois fatores, a ferida em suas costas, custou muito de sua energia corporal, para se regenerar naturalmente, e o outro fator é que, analisando seu sangue, eu encontrei uma quantidade enorme de metanol. Aparentemente, ou você se drogou, ou alguém te drogou. A quantidade que eu encontrei em seu sangue, é o suficiente para você ter tido uma overdose. Mas por algum motivo, você não teve. Mesmo eu amenizando a quantidade de metanol em seu organismo, você não acordou-. O velho diz isso enquanto me encara com um olhar desconfiado.

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