27. jasmine

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Quando seu corpo parece mais leve e sua mente apenas consegue perceber o que há de bom ao seu redor creio que seja a felicidade extrema se manifestando.

Nesse momento me sentia exatamente assim. Olhava para o mar a nossa volta me perdendo ali, nunca imaginei que me apaixonaria por essa sensação. Estar em alto mar. Acho que a paixão que Vinnie tinha me contagiou. Estava fascinada em velejar e aprender cada vez mais sobre isso.

Quem sabe futuramente me tornaria uma verdadeira companheira para o Meu Capitão.

Tudo colabora para dias perfeitos. Seu pedido de casamento entre o céu estrelado e o mar deixou-me emocionada. Naquele momento apenas consegui respirar sem nada responder, porém, em um momento sublime sem angústias ou sofrimento como da primeira vez.

Seu corpo colado ao meu em dias e noites de sedenta paixão onde nos entregamos completamente suprindo a falta que sentíamos um do outro. Era inacreditável a saudade que sentia de seu toque, de seus beijos, da sensação maravilhosa que era senti-lo em mim.

Era como se uma parte me faltasse e agora estava completa. Jamais voltaria a me sentir pela metade e se dependesse apenas de mim viveria agarrada a ele como um imã.

Tudo parecia calmo, obviamente, dentro da nossa concepção peculiar de calmaria, até o terceiro dia de nossa viagem.

Notei que o mar se agitava e depois disso tudo aconteceu. A tempestade, nós dois usando coletes salva-vidas, meu medo de que acontecesse alguma coisa com Vinnie.

Óbvio que sabia que ele era experiente e que essa não seria a primeira tempestade em alto mar que ele presenciou, mas meu instinto de proteção era maior.

Enquanto ele cuidava das velas ou rezava, ainda não estava tão habituada ao vocabulário marítimo. Eu tentava colocar em prática o pouco que ele me ensinou nesses dias. De repente uma onda forte, a vista embaçada pela chuva forte, quase não se podia ver nada. O veleiro acompanhou o impacto, o timão virou e eu perdi o controle.

Gritei por Vinnie e quando percebi havia caído no mar.

Debatia-me e tentava desesperadamente nadar e retornar ao veleiro. Em meu desespero peguei a primeira coisa que encontrei. Então senti como se algo me puxasse, finalmente entendi que segurava uma boia e que Meu Capitão me puxava de volta.

——— Segure-se firme, Jasmine

Agarrei aquela bóia como se daquilo dependesse da minha vida, bem, realmente dependia. Hoje agradeci com alegria as aulas de natação que o Chefe Turner me obrigava a frequentar.

Aproximei-me do veleiro e Vinnie me estendeu a mão. Segurei-a firme enquanto ele me puxava para dentro.

——— Já está segura agora.

——— Jamais duvidei que Meu Capitão me resgatasse.

——— Fiquei desesperado quando te vi cair. Agora vá para a cabine. Precisa se secar e trocar essa roupa. Irei assim que possível.

Dei-lhe um beijo e segui para a cabine. Não queria deixá-lo sozinho, mas tinha que pensar claramente. Estava encharcada e se não tomasse um banho, me secasse e tirasse aquela roupa corria o risco de ficar doente. Isso não seria nada bom, pois além de atrapalhar o restante de nossa viagem, arriscaria ter que me casar ardendo em febre e fungando feito uma turbina.

Péssimo. Afinal, não esperei tantos anos para encontrar esse homem para me casar assim, ainda que casasse com ele até mesmo vestida com folhas de bananeira.

Ri com esse pensamento. Se me dissessem a algum tempo que seria capaz de fazer algo assim duvidaria, mas hoje tenho certeza que o faria com um sorriso no rosto.

O Sexy Capitão Hacker ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora