2.1 | A Aposta

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Estava conversando com meus amigos por vídeo chamada e ao mesmo tempo preparando meu almoço.

Se passou três dias e Sakusa ainda não tinha dado sinal de vida. Não que isso signifique que eu esteja ansioso a ponto de verificar meu telefone a cada segundo nesses três dias esperando sua mensagem.

... O pior não é nem isso! — Ouvi Bokuto berrando na chamada. Akaashi mais uma vez estava com ele e não em sua casa. Eles estão morando juntos? — O Tsumu deu um fora no Sakusa! O ace número um do Japão, carambolas!

E o quê que a bunda tem a ver com a calça? — devolvi. Não estava mais aguentando essa reclamação, eles só sabem falar disso agora. Tento mudar de assunto — E vem cá, você e o Keiji estão morando juntos por acaso?

Os dois garotos citados se olham entre si, em seguida se viram pra mim falando como se fosse óbvio:

Sim. — respondem em um coro.

Descobri, após mais conversas, que os dois resolveram dividir um apartamento que ficava mais próximo da universidade que frequentavam e de onde trabalhavam também. Isso é muito econômico, eu acho. Também descobri que eles não estavam namorando! Como diabos?!

Espera. Vocês estão me dizendo que moram juntos, fazem as compras do mês juntos, vão para o mesmo trabalho e faculdade, mas não estão namorando? — na minha cabeça isso não faz sentido!

Sim. — Mais uma vez respondem juntos, como se fosse óbvio!

Na verdade é um pouco complicado. Estamos juntos, mas também não estamos, entende? — Bokuto fala.

Não.

Sim.

Osamu e eu respondemos juntos e o encaro arqueando a sombrancelha.

O quê? — Questiona ao ver minha cara confusa. — Eu moro com Suna e  isso não significa que estamos namorando, ué.

Samu também estava cozinhando.

O que você tá fazendo? — Pergunto para ele.

Oniguiri. Suna gosta de comer no café da manhã.

São 11 horas. — Akaashi revela olhando o relógio.

Eu sei —Samu suspira como se já estivesse acostumado. — Ele parece o Tsumu.

Ei! Eu estou fazendo meu almoço. Super saudável pra você saber.

Estava terminando de cortar salsichas e ovos para colocar no meu lamen quase pronto, e enchendo uma taça de vinho — um bem barato do mercado pois, por algum motivo, é o melhor.

Ficamos conversando até todos estarem em suas mesas almoçando como se estivéssemos no mesmo ambiente. Aquilo era reconfortante.

Quase caio da cadeira quando meu telefone apita avisando que tinha uma nova mensagem. Todos percebem minha euforia. Verifico o número e a mensagem até ter certeza de quem é.

É o Sakusa. — Aviso sem tirar os olhos do telefone.

{ Desconhecido}: Sakusa aqui.

Não manda nem um "oi" ou "boa tarde"?

{ você}: Miya aqui. Boa tarde pra você também.

Salvo seu contato como "O Máskara¹".

O que ele mandou? — Suna surge do nada ao lado de Samu.

Nada que te interesse, cunhadinho — Provoco com uma piscadinha no final da frase. Alguns segundos depois recebo outra mensagem:

A Aposta - SakuAtsu/ Revisando Onde histórias criam vida. Descubra agora