Tel Aviv, Israel - Uma Semana Após o Acidente
; narrator's p.o.v. ;
"Batimentos cardíacos?"
"Estão fracos demais!"
"Puta merda, Cavalcante!"
Essas foram as últimas palavras que Laura teria ouvido, à uma semana atrás antes de apagar completamente dentro de um centro cirúrgico militar. Nesse mesmo dia, o mesmo médico que teria a operado, ficou completamente surpreso ao ver em TODOS os resultados de exames da garota, que a recém formada Segunda Tenente Cavalcante, estava gravida há exatamente um mês, e ficou mais surpreso ainda com o fato do bebê ter sobrevivido tamanho choque e inúmeras missões repletas de ação.
🪖🎖️📽️🎞️
; laura p.o.v. ;
Aos poucos abri meus olhos, e me ajustei na confortável cama, pisco por algumas vezes tentando decifrar onde eu estava, enquanto balançava meu rosto lentamente de um lado por outro, ainda na tentativa de decifrar onde eu estava, e o que exatamente estava acontecendo."Que bom que acordou, vou avisar ao Doutor Carvalho, que está acordada" escuto uma voz feminina falar ao meu lado, e deduzi ser de uma enfermeira, já que aos poucos pude identificar que estava dentro de um hospital, pelo barulhinho de uma maquina presa ao meu dedo, por um fio, que marcava meus batimentos cardíacos e meus níveis de oxigênio no sangue.
"Boa noite, Tenente Cavalcante" escuto uma voz masculina falar e cuidadosamente olho na direção que vinha a voz, vendo o homem parado a minha frente com mais duas enfermeiras atrás de si, e uma prancheta de cor verde militar em suas mãos.
"Boa noite, Carvalho" falo com uma voz um tanto falha "O que aconteceu? Como vim parar aqui?"
Eu estava um tanto confusa, já que não me recordava de quase nada doque teria acontecido durante aquela missão, nem muito menos de como eu teria vindo para em cima daquela cama de hospital, em minha mente eu já teria morrido. Era como se eu estivesse morrido, a imagem do tiro se repetindo inúmeras vezes em minha mente, e alguns momentos bonitos compartilhados com Wagner, repetindo também.
Que saudades dele. Pensei, soltando um longo e pesado suspiro por meus lábios, ao me lembrar do belo rosto e sorriso do mais velho. Como ele está? Me perguntei, enquanto deixava e ignorava totalmente a voz de Carvalho que falava sobre quantas fraturas eu teria.
"Eu vou ter que te mandar de volta para o Brasil, Cavalcante, não posso te deixar ficar aqui estando gravida"
"Gravida?" me espanto com as palavras do homem "Eu não estou gravida!" exclamo um tanto alterada, sentindo meu coração se encher de nervosismo, e meu sangue congelar em minhas veias.
Eu não podia ficar gravida. Puta que pariu. Fudeu. Fudeu. Fudeu.
Respiro fundo e levo minhas mãos até meus olhos, sentindo os mesmos arderem e se encherem de lágrimas.
"Eu não posso estar" falo em um baixo sussurro "Impossível" falei não tentando acreditar no que teria acabado de escolher.
"Laura" o homem falou e cuidadosamente tocou meu braço, tirando minhas mãos de meus olhos, fazendo com que eu o encarasse "Eu fiz inúmeros exames em você, nessa uma semana em que esteve em coma, e acredite ou não, eu também fiquei surpreso quando vi que todos os resultados me voltaram positivos e afirmando sua gravidez"
"Quanto tempo?" pergunto em um sussurro, deixando com que uma de minhas mãos fosse até minha barriga, começando a fazer pequenos desenhos circulares no local.
"O que?"
"Da gravidez, Carvalho! Quanto tempo?"
"Um mês e uma semana" o homem falou me dando um pequeno sorriso, enquanto se afastava de minha cama "Você volta para Bahia amanhã! E Parabéns pelo bebê!"
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CIVIL • WAGNER MOURA
RomanceE se você se apaixonasse no dia da sua formatura? E se tivesse quase zero chances de dar certo? Você se arriscaria? [...] • ORIGINAL;