Tel Aviv, Israel — Base Aérea Militar
; laura p.o.v. ;
AH BELÍSSIMA ISRAEL, o que eu poderia pensar além disso? Sempre achei esse lugar sagrado um dos mais lindos nesse mundo todo, nunca tive oportunidade de visitar antes, e por um lado eu ficava feliz de poder vir aqui de graça as custas do governo brasileiro, e ficava até um pouco relaxada ao saber que poderia morrer em um lugar tão lindo como esse."Tenente Cavalcante, que prazer em finalmente te-la aqui" um homem um tanto mais velho que eu falou, se aproximando de mim e do restante do pelotão que teria sido escolhido para me acompanhar nessa missão "Capitão Nascimento" o homem falou e estendeu sua mão.
"Como o da Tropa de Elite?" brinco apertando a mão do meu superior, após bater continência em forma de respeito a ele, que apenas riu e balançou a cabeça confirmando.
"Meu pai foi capitão no BEPI, e se chamava também Capitão Nascimento, então... Tropa de Elite que copiou a gente" o homem comentou brincalhão enquanto apontou para o caminho onde eu poderia segui-lo.
Conversamos sobre alguns pequenos tópicos bobos de nossas vidas, e pude descobrir que ele estava aqui a mais de um mês, agia em conjunto a inteligência americana e a inteligência brasileira, fornecendo informações privilegiadas para ambas as companhias de inteligência. Porém, agora com a minha chegada, era esperado que a gente se envolvesse de uma forma mais direta nesse conflito, agindo apenas em operações especiais sob o comando dos americanos, ja que eles não tinham coragem de botar suas próprias tropas no meio, mandaram a gente.
"[...] Mas enfim, eu gostaria de dizer que pelo que vi em sua ficha, impecável ficha, é um prazer te ter presente em minha equipe, Tenente Cavalcante" o mais velho falou com um pequeno sorriso orgulhoso presente em seus lábios.
"Muito obrigado, Senhor" o agradeci e apenas balancei minha cabeça assentindo, um tanto sem graça por suas palavras.
"Amanhã por volta das cinco da manhã, estaremos passando todas as informações necessárias pra você e sua equipe, okay?" o homem falou enquanto eu me levantava da cadeira em seu escritório, e pegava minhas coisas para poder seguir ate o meu alojamento, minha nova casa por tempo indeterminado.
"Sim, senhor Capitão"
Bato continência ao homem, e logo ele me dispensa, então finalmente pude me perder novamente por aqueles corredores, até ir para o lado de fora e ir ate as gigantescas tendas onde ficavam os alojamentos militares, e logo pude achar a da minha equipe.
B21🇺🇸
Não podiam saber que tropas brasileiras estavam metidas na guerra, então colocaram bandeiras americanas para marcar nosso alojamento.
🪖🎖️🎞️📽️
Ajeito meu pijama verde escuro em meu corpo, e logo sigo até a beliche onde eu estaria deitada, dividindo com o Primeiro-Sargento Nunes, o homem tinha na casa do final dos seus trinta anos, e era paraquedista, tinha se voluntariado para participar dessa missão, pois pelo o que me disseram ele queria fazer alguma coisa de diferente na vida dele, e como não tinha esposa nem filhos, ele sentia que não tinha nada à perder.
"Boa noite, Sargento" falo, me sentando na beliche de baixo da do mais velho, que estava sentado na beira de sua beliche, com a toalha em volta de seu pescoço, vestindo apenas sua calçada camuflada e suas meias, talvez esperando o banheiro masculino desocupar mais para poder tomar seu banho.
"Boa noite, Tenente" o homem falou e me cumprimentou com um pequeno sorriso, enquanto passava suas mãos em meio de seus curtos cabelos, quase inexistentes para falar a verdade "Amanhã é as quatro? o TFM?"
Balanço minha cabeça concordando, e jogo minha toalha por cima de um dos arames que tinha ao lado de minha cama, na esperança que ela secasse até após o TFM de amanhã, para eu poder me enxugar em paz, após meu banho congelante.
"Acho que um pouco mais cedo, Sargento, Capitão Nascimento que repassar nossas primeiras ordens amanhã as cinco, pra gente poder começar logo amanhã mesmo" falo tirando minhas havaianas, e me ajoelhando no chão, puxando o terço verde escuro de uma de minhas mochilas.
"Sim, senhora, deixarei nossa equipe pronta antes das quatro então"
"Obrigado, Sargento" falo ajustando o terço em minhas mãos, enquanto o mais velho pulava de sua beliche para tomar seu banho e tirar o podre de seu corpo.
Faço o sinal da cruz em meu corpo.
"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém" sussurro e logo começo a rezar o terço de tamanho médio em minhas mãos.
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CIVIL • WAGNER MOURA
RomansaE se você se apaixonasse no dia da sua formatura? E se tivesse quase zero chances de dar certo? Você se arriscaria? [...] • ORIGINAL;