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James não procurou Mary até a manhã seguinte. Ela estava debaixo da árvore no pátio com as outras meninas do sétimo ano da Grifinória e da Corvinal. Ao ver James se aproximando, ela colocou uma longa mecha de cabelo escuro atrás da orelha e lhe lançou um sorriso. James claramente não retribuiu o sorriso, apenas manteve a testa firmemente franzida. Ele não olhou para a confusão no rosto dos amigos dela: eles nunca o tinham visto tão zangado antes. O rosto de Mary caiu.

"Posso falar com você?" James perguntou, os olhos fixos na expressão culpada de Mary. Ela assentiu, mas não fez mais nenhum movimento, o que levou James a acrescentar: "Sozinho?"

Ela o seguiu para longe do grupo de garotas, agora sussurrando por trás das mãos levantadas. Eles continuaram andando até chegarem a uma área mais isolada do castelo. Havia alguns garotos do quinto ano da Grifinória brigando por perto, mas era isso. James parou e se virou para Mary, que ainda tinha uma expressão perplexa.

"Você beijou Severus?" James perguntou, sua mandíbula cerrada com firmeza. Mary franziu a testa em confusão. O que quer que ela esperasse, certamente não era isso.

"James, querido, eu já te disse. Ele veio até mim, e não o contrário", respondeu Mary, mas seu rosto a traiu. James sabia que ela estava mentindo no momento em que mordeu o interior da bochecha. Foi breve, mas James percebeu.

James fechou os olhos e empurrou os óculos para cima do nariz. Se ela insistisse em mentir, toda essa provação seria muito mais dolorosa.

"Só vou perguntar mais uma vez. Você beijou Severus e mentiu para mim sobre isso?" James perguntou, os punhos cerrados ao lado do corpo.

"Não", repetiu Mary. Os olhos dela se desviaram dos dele.

"Você está mentindo," James retrucou, fazendo Mary olhar para ele. "Eu sei que o que ele disse era verdade, que você se empurrou para cima dele. Depois de todas as mentiras que você fez, acho que mereço ouvir a verdade de você."

Isso fez Mary finalmente desmoronar. Seu rosto se contorceu de raiva, puxando os lábios macios para baixo em uma carranca distorcida e estreitando os olhos.

"Tudo bem, se é a verdade que você quer, então ficarei feliz em atendê-lo, James. Eu me aproximei dele, mas não porque tenho alguma queda patética por ele ou qualquer besteira que eu tenha dito a ele," Mary cuspiu. James recuou.

"Espere, o que-," James tentou intervir.

"Eu sabia que ele iria correr direto para você com o rabo entre as pernas. Então tudo que eu tive que fazer foi convencê-lo de que ele era o culpado, e eu peguei você só para mim novamente", explicou Mary, braços finos cruzou sobre o peito enquanto olhava para James.

"O que você quer dizer?" James perguntou.

"Você passa todo o seu tempo com Snape," Mary cuspiu o nome dele como se fosse um palavrão, "e você me negligenciou. Agora que ele finalmente saiu de cena, tenho toda a sua atenção novamente."

"Então você pensou que a única maneira de me trazer para você novamente - o que é uma merda, devo acrescentar - era me trair com um dos meus melhores amigos? Você não pode me manter como um de seus bichinhos de estimação!" James disse incrédulo. Os olhos de Mary se arregalaram.

"Mas você não vê que eu tive que fazer isso? Eu só estava tentando ajudar você", Mary tentou raciocinar.

"Tentando me ajudar?" James indagou, franzindo a testa.

"Bem, sim." Quando James ainda não entendia do que ela estava falando, Mary continuou. "Ah, vamos lá , James. Você não pode me dizer que não percebeu o jeito que ele olha para você. Não é natural, e eu não quero que você fique perto de uma bicha ..."

Um toque, um beijo, um sussurro de amor ( TRADUÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora