Ela Me Machuca Muito

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30/ Abril/ 2016

19:00

Varya Pankratov:

Varya acabava de vestir as roupas que estavam no guarda-roupas de Tom, depois de um banho completo que revigorou a aparência acabada que Tom tinha. Varya estava sedenta por sangue, e estava se preparando pra acabar com mais das suas vítimas, ou resumidamente, os integrantes da máfia de Victor.

Varya prendeu os cabelos pra trás, borrifador três vezes do perfume de aroma amadeirado que Tom usava. Então quando finalmente estava pronta Varya foi até a cozinha no porta chaves pendurado na parede, pegando as chaves da casa e do carro, assim saindo pela porta da frente a trancando por fora, viu que o vizinho da casa ao lado o encarando da varanda, Varya apenas lhe lança um olhar frio oque fez com que o contato visual fosse cortado de uma forma desagradável, em seguida Varya foi até o carro ao lado da calçada, destravando o mesmo e o adentrando dando partida pro seu destino.

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Tom kaulitz:

A cada corredor que Tom passava as coisas ficavam mais medonhas e bizarras,cada corredor tinha cerca de cinco portas em ambos lados das paredes e cada porta possuía uma numeração diferente e fora da ordem crescente.

Tom continuou a caminhar mas o andar em que estava parecia nunca ter fim, até que viu um elevador, ele correu e se aproximou das portas vendo o número de andares pararem no número 7, as portas se abriram e revelaram um homem que aparentava ter 60 anos com cabelos e barba grisalhos usando um sobretudo marrom claro que estava manchado com seu sangue que escorria de seu abdômen completamente aberto, expondo seu intestino pendurado pra fora de seu corpo.

Tom cobriu sua boca em choque ao ver o estado do velho que saia do elevador com os olhos caídos, ele parecia estar exausto, Tom então entrou no elevador e as portas se fecharam começando a descer os andarem sem mesmo ninguém ter apertado algum botão. Os numeros dos andares continuaram a diminuírem até chegar no número 4, onde as portas se abriram novamente,Tom saiu do elevador com receio olhando em volta, nesse andar aviam vasos de plantas decorativas ao longo do corredor, como geralmente tinhas nos hotéis de Magdeburgo.

Tom viu no fim do corredor oque se assemelhava a uma recepção com uma mesa e duas poltronas em ambos os lados, ao se aproximar em passos cautelosos Tom viu uma cabeça feminina em uma das poltronas que estava de costas pra ele, ele se aproximou lentamente vendo a mulher pálida de cabelos negros escorridos e olhos castanhos escuros,ela usava um vestido marrom avermelhado de tecido fino e olhava fixamente para frente, apontando com o dedo indicador pra mesma direção que olhava com os mesmos olhos de um homem que acabara de voltar da guerra.

Tom olhou na direção que a mulher apontava e viu um corredor mal iluminado, voltou seu olhar pra mulher mas ela já não estava mais lá, ele suspirou tomando coragem segundo em passos largos na direção do corredor começando a passar por ele vendo que não aviam portas em ambos os lados das paredes, diferente dos outros, esse corredor ela estreito e não aviam os vasos de plantas nem o carpete vermelho no chão.

Na medida que Tom caminhava mais pra dentro do corredor, ele via vários quadros na parede, nesses quadros tinham fotos de freiras e crianças no que parecia ser um convento, várias freiras estavam nos quadros junto de crianças que aparentavam sempre ter uma expressão preocupada e assustada, como se estivessem a espera de algo terrivel.

Tom parou de andar quando um quadro em específico chamou sua atenção, ele o pegou pra ver mais de perto, vendo uma pequena garotinha de cabelos negros com franja sentada no colo de um homem, que tinha cabelos pretos curtos e olhos cinzas, ele sorria de um jeito estranho e nem um pouco feliz, a garota pelo contrário tinha uma expressão desconfortável e triste, mais oque chamou atenção de Tom foi que a garota tinha olhos de cores diferentes, tendo o esquerdo verde e o direito azul.

-Varya...-Tom disse em um sussurro, ouvindo baixos murmuros atrás de si, ele se virou vendo a origem dos murmuros. Avia um homem com cabelos molhados que iam até seus olhos, ele estava molhado como se tivesse pegado uma chuva, o homem estava a cerca de vinte centímetros de distância do rosto de Tom e falava desesperadamente.

-Ela tem um bixinho de estimação, mas é melhor ele aprender a se comportar e aceitar as ordens dela!-o homem disse tremendo enquanto as gotas pingavam de seu corpo.

-Bixinho de estimação. Onde ele está?-Tom perguntou ao homem que apontou pro final do corredor onde avia uma porta preta.

Tom colocou o quadro de Varya no respectivo lugar na parede e andou em passos largos e apressados até chegar na porta, ele tocou a maçaneta ouvindo alguns grunhidos e gemidos que mais pareciam ser de dor, Tom segurou firme a maçaneta a girando em um movimento rápido. A porta se abriu instintivamente e Tom olhou dentro do quarto, não tinha nenhum móvel e as paredes de concreto eram velhas, no chão bem no centro do quarto estava a figura magra, alta e nua de seu irmão, ele estava com pequenos cortes por boa parte de seu corpo, como se tivesse corrido por uma mata sem roupas. Bill chorava resmungando e gemendo de dor sem forças pra se levantar.

Tom entrou em choque, oque Varya avia feito com seu gêmeo?, ele correu até Bill caindo de joelhos ao lado do corpo exausto do mesmo que abriu os olhos banhados pelas diversas lágrimas, se deparando com o irmão que também chorava vendo sua situação. Tom acariciou o rosto de Bill não querendo acreditar no que via, seu doce irmão ferido da forma que ele nunca imagiraria.

-Tom... não devia estar aqui.-Bill disse fracamente.

-Oque ela fez com você Bill?-Tom perguntou o puxando ajudando ele a se sentar, vendo que as roupas de Bill estavam jogadas no chão, Tom as recolheu logo começando a ajudar o irmão a se vestir.

-Eu não quero falar sobre isso Tom.-Bill disse se levantado com dificuldade vestindo sua calça.

-Bill... Oque ela fez?-Tom perguntou, queria ter certeza se realmente era oque ele estava pensando. Algum segundos de silêncio foram feitos por Bill, até ele tomar coragem pra responder a pergunta de seu irmão.

-Ela me machuca muito. Eu implorou para que ela pare, mas quanto mais eu grito mais ela continua, até se satisfazer e me descartar no chão.-Bill disse olhando fixamente pro chão enquanto suas lágrimas desciam pelo seu rosto fazendo um rastro até seu pescoço.

Tom não falou nada apenas abraçou Bill fortemente como se fosse o seu último abraço, sentia a dor pelo irmão, sentia o quanto aquilo o machucava emocionalmente, se sentiu inútil por não ter conseguido o ajudar pela segunda vez, Tom chorava com uma mistura de ódio por Varya e tristeza por Bill, porque ela não os deixava em paz, ela já avia sulgado até o último fio de felicidade deles. Ela avia roubado suas vidas.

-Me perdoa por não ter conseguido te ajudar!-Tom suplicou entre as lágrimas com a voz tremula, agarrando firmemente nas roupas de Bill.

-Você não teve culpa!-Bill falou soluçando enquanto as lágrimas desciam inconscientemente.

-Eu vou tirar agente daqui!-Tom falou se separando olhando no fundo dos olhos do irmão cujo os mesmos estavam com a sombra preta borradas por suas lágrimas de dor.

-Temos que encontrar Pavel e cair fora desse lugar!-Bill falou limpando as lágrimas enquanto respirava fundo determinado a ter sua liberdade e paz. Eles caminharam passando pela porta começando a atravessar o corredor escuro e estreito, o caminho silencioso era ensurdecedor e tom guardava tantas duvidas que começou as jogar a limpo.

-Bill. Poque estamos com a aparência de quando éramos jovens?- Tom perguntou seguindo o irmão pelo corredor.

-Quando você entra no mundo espiritual ele revela quem você realmente é. Nós tínhamos idade para sermos adultos, mas ainda éramos jovens mentalmente.-Bill falou enquanto andava até chegarem no final do corredor.

-Como eu não percebi que ela avia prendido você aqui?, estavamos conectados eu podia ver toda a vida dela!-Tom disse franzindo as sobrancelhas em confusão vendo Bill se virar pra encara-lo.

-Você só viu oque ela permitiu que você visse!-Bill falou sério voltando a olhar pra frente continuando a andar.



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