desnortearte

3 0 0
                                    

eu coloquei uma frase de as vantagens de ser invisível na bio desse site porque desde que eu li esse livro, me identifico muito com o Charlie.

Algo que me define muito é me arrepender muito mais pelas coisas que deixei de fazer/dizer, do que pelas coisas que já fiz, e isso me deixa com uma péssima sensação de coadjuvante, por tantas vezes estar presente mas não realmente alí. como se eu fosse um telespectador da minha própria vida enquanto atuo em um pequeno papel na vida das pessoas ao meu redor.

"eu me sinto infinito" é uma coisa clichê de se ouvir, mas acredito que todos nós já nos sentimos dessa maneira, e ser uma pessoa internamente intensa e não saber como externalizar isso é queimar sozinha por muito tempo, e quando passa a combustão toda aquela fumaça me impede de enxergar com claridade e consequentemente eu fico triste e arrependida, mas determinada a não hesitar na próxima vez. mas quando sinto começar uma fagulha, logo me sinto deslocada e tudo acaba se repetindo de novo.

não sei porque existe gente assim mas foi bom me indentificar com alguém mesmo que esse alguém não exista. o final do livro com a liberdade do Charlie me deixou feliz por ele e com vontade de cortar minhas próprias correntes, mas primeiro eu preciso encontrar o que me prende a mim mesma. mas de uma coisa eu tenho certeza, não quero queimar em silêncio depois dessa pandemia.
(01/11/2020).

Despejos entre coxias e constelações próprias Onde histórias criam vida. Descubra agora