- Elize!- exclamaram todos em uníssono
A jovem chata e mimada que estava hospedada na casa de Emilye em Viena havia conseguido irritar a todos. Isack, seu irmão, estava com os olhos semicerrados, Albert, seu noivo, apertava os punhos, o jardineiro sr. Gustav balançava a cabeça em desaprovação, e até as empregadas Jaqueline e Lívia trocavam olhares exasperados.
Emilye suspirou. Elize era como uma mosca insistente, sempre zumbindo ao redor, perturbando a paz da casa. - Estou cansada dessa garota - ela disse, sua paciência esgotada - Devíamos ignorá-la. Talvez assim ela desista de nos atormentar.
Todos concordaram com veemência. Era a única solução sensata. Ignorar Elize parecia a melhor maneira de preservar a sanidade mental de todos.
No dia seguinte, o sol brilhava sobre Viena, e Emilye, Albert e Isack estavam ansiosos por um passeio. Paris e suas missões perigosas ficariam para trás por algumas horas. Mas, como se o destino adorasse pregar peças, Elize apareceu na cozinha, determinada a se juntar a eles.
- Eu também vou com vocês!- Elize declarou, com aquele ar petulante que todos conheciam tão bem.
Isack olhou para Emilye, seus olhos suplicaram por uma saída.
- Elize, este passeio é apenas para nós três. Precisamos de um tempo para relaxar e recarregar as energias- explicou Emilye.
Elize franziu o cenho e cruzou os braços.
- Vocês acham que sou oque? Me excluem só porque não sou nobre de nascença, não é? Bem, eu vou provar que sou tão boa, na verdade melhor que qualquer um de vocês!
Emilye revirou os olhos. Ela já estava cansada das birras de Elize.
- Albert, você tem alguma ideia de como podemos nos livrar dela?- sussurrou para o noivo que estava sentado a sua direita.
- Ah? Sim, sim claro- disse Albert tentando pensar em algo- Elize porque não vai ajudar o senhor Gustav no Jardim?
- Atrapalhar você quis dizer- disse Isack entre risos, e logo levou um olhar fuzilador de Elize que bufou, mas aceitou.
(...)
Enquanto caminhavam pelas ruas de Viena, Emilye sussurrou para Albert:
- Se Elize aprontar outra, eu juro que a coloco na guilhotina eu mesma.
Albert riu.
- Não seja tão dura, minha querida Le Chevalier. Talvez ela aprenda uma lição e se torne menos insuportável!
E assim, entre risadas e segredos, o trio continuou sua jornada, sem a incômoda presença de Elize... pelo menos era oquê eles pensavam.
As ruas de Viena estavam cheias de vida e cor. Emilye, Isack e Albert caminhavam lado a lado, admirando as barracas repletas de curiosidades e artesanatos locais. O sol brilhava alto, refletindo nas fachadas ornamentadas dos prédios históricos, enquanto os sons da cidade criavam uma melodia vibrante.
Enquanto passeavam, um vendedor chamou a atenção de Isack com uma lâmpada de aparência antiga e ornamentos intricados.
- Esta lâmpada é mágica - disse o vendedor com um sorriso astuto- capaz de conceder desejos a quem a possuir.
Isack, fascinado pela ideia de uma aventura como nos contos que tanto amava, já se imaginava como o herói de sua própria história. No entanto, Albert, sempre o mais racional do trio, segurou o braço de Isack e o puxou gentilmente para longe da barraca.
- Não acredite em tais truques - advertiu Albert - Quer magia? A verdadeira magia está na beleza e nas histórias desta cidade, não em objetos supostamente encantados.
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⚜️ 👑 Le Chevalier de la rose blanche 👑 ⚜️
Ficción histórica1793, No auge da revolução francesa uma jovem monarquista chamada Emilye de la Seine assume uma identidade secreta: Le Chevalier de la rose blanche, um cavaleiro mascarado que ajuda os perseguidos pelo governo republicano a fugirem da guilhotina. C...