09.

572 61 214
                                    

— João Romania point view —

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— João Romania point view —

– Não nego. Ter recebido uma carta de um “admirador” tão poético me fez surtar como nunca antes ‘pros meus amigos.

Não nego também que tentei descobrir o dono daquele codinome estranho. Sério, quem em sã consciência coloca “Tf” no final de uma carta? Bom, meu “admirador” coloca.

É estranho pensar que há alguém interessado em mim, e eu não conheço
esse alguém. Pode ser qualquer pessoa.

Pode ser da faculdade, do meu grupo de colegas, das milhares de festas que Malu dá e chama pessoas que eu desconheço. Pode até ser alguém do “Trio de cinco”. Mas, essa última opção, eu considero impossível.

Na real, eu não gostaria de considerar essa última opção impossível, até porque, me dói um pouco.

Eu sempre admirei Pedro muito mais do que qualquer melhor amigo admira. Sempre o observei muito mais do que qualquer melhor amigo observa. Sempre fiz questão de tê-lo comigo, a todos os momentos, mais do que qualquer melhor amigo faz. Sempre quis o chamar de namorado. Coisa que melhores amigos, sem segundas intenções, não desejam.

Nós nós conhecemos desde a infância, mas esse sentimento surgiu na adolescência.

Eu percebi que queria Pedro como meu namorado quando ele me contou sobre uma de suas paquerinhas de escola e eu não consegui sorrir sem sentir ciúmes. Era como se eu estivesse prestes a explodir, ou, a gritar com qualquer garota ou garoto que tentasse se aproximar de Pedro.

Esse é o problema de sentir demais.

Você acaba por sentir coisas que não devia. Pelo menos, eu achava que não devia sentir aquilo pelo meu melhor amigo de infância.

Com o passar do tempo, Pedro parou de falar sobre suas paqueras, e passou a não falar mais sobre sua vida amorosa. Nunca entendi o porquê. Ele nunca chegou a me contar.

Talvez ele quisesse entender mais sobre si próprio, ou talvez, sobre seus sentimentos.

Então, por tais coisas, a chance de ser Pedro o dono dessa carta que foi destinada a mim, é praticamente zero.

Mas, eu gostaria que fosse cem.

Sai de meus devaneios quando meu celular se acendeu, indicando uma mensagem.

Era malu.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Decidi obedecer a garota porque sabia que, se eu não obedecesse, ela certamente viria até minha casa e acabaria comigo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Decidi obedecer a garota porque sabia que, se eu não obedecesse, ela certamente viria até minha casa e acabaria comigo.

Minha melhor amiga é uma mulher de poucas palavras, e de muitas ações perigosas.

Desci até a caixa de correio, e senti meu corpo gelar. Realmente tinha outra carta ali.

A peguei, e corri para dentro de casa, bagunçando os tapetes. No momento, aquilo não era o mais importante.

Cheguei ao meu quarto com o coração batendo forte. Eu não entendia o porquê estava assim, sendo quê, eu mal sabia quem era a pessoa que me escrevia.

Trêmulo, abri a carta e li;
"São Paulo.

E se eu te olhar cem vezes, acredite, em cada uma delas estarei me apaixonando um pouco mais.
Att: tf."

Prensei meus lábios e sorri com o escrito. Alguém realmente estava apaixonado por mim.

Mas, certamente, não é a pessoa que eu gostaria que estivesse.

– Nanda.

Tem Carta Pra Mim? - Pejão. Onde histórias criam vida. Descubra agora