【 adp. 𝘃𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗵𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿. + 🧜♀️ 】
O oceano ainda é um lugar misterioso, pouco explorado pelo ser humano. Estima-se que apenas 5% de todo o território oceânico é conhecido pelos homens. Em sua vida como biólogo marinho, Vinnie vai descobrir...
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ARIA WOOD
Eu não fazia ideia de quem ele era, foi um momento bem peculiar, eu diria. Porém, não me surpreendia tanto. O fato de eu ser uma sereia me dava um ar atrativo muito maior do que o de qualquer humana comum. Era normal eu ser elogiada ou receber flertes o tempo inteiro quando estava ao redor dos homens.
Depois que ele se afastou, continuei o meu serviço, passando o esfregão no chão daquele corredor.
— Eu vi mesmo isso? — pude ouvir Alex se aproximar. Ele era meu vizinho de quarto na pensão e também trabalhava aqui como zelador. Foi inevitável criarmos uma amizade.
— Viu o que? — comecei a rir, já sabendo do que se tratava.
— Você sabe quem era aquele cara dando em cima de você?
— Acho que ele disse que o nome dele é Vinnie. — dei de ombros.
— Vinnie Hacker. O biólogo surtado que jura que seu pai foi morto por uma sereia.
— O que? — deixei o esfregão cair no chão.
— Minha nossa, o que foi? Parece até que eu disse uma coisa horrível. — me olhou com estranheza.
— Nada. — peguei o esfregão do chão. — É que eu nunca ouvi algo assim antes.
— Faz alguns meses, ele e o pai montaram uma equipe para explorar a cratera que fica a uns cem quilômetros da praia. Alguma coisa aconteceu e toda a equipe sumiu no mar, menos o Vinnie. Não aconteceu nenhum naufrágio, porque o barco estava intacto. As pessoas até tentaram perguntar ao Vinnie, mas ele só diz que todos os homens se jogavam voluntariamente no mar e foram levados um por um por uma sereia. — Alex terminou a história com uma gargalhada, mas eu continuei o olhando séria. — Meu Deus, era pra ser uma história engraçada!
— Isso não é engraçado, esse homem pode ter um problema. — desviei o olhar.
— Relaxa, ele ficou internado por uns meses e já se recuperou. Vai voltar a trabalhar amanhã, eu acho.
— No laboratório junto com a Dra. Stassie.
— Ele faz mais pesquisa de campo no mar. Mas eu acho que depois de todo esse trauma, talvez ele fique mais tempo em laboratório.
— Entendi... — será que ele me reconheceria? Bom, pelo menos ele havia conversado comigo normalmente.
— Incrível como qualquer homem que te conhece se interessa. O que você tem?
— Isso não é verdade. — sorri de canto.
— Claro que é! Eu mesmo fiquei maluquinho quando te conheci, só não estamos juntos nesse exato momento porque você é uma ótima amiga e eu não quero estragar isso. — ergueu o queixo convencido.
